Correio da Cidadania

Os manifestantes em delírio sentados neles, as bandeiras, 40 mil pessoas lacrimejando, gritando vivas na Praça da Liberdade e um membro da Fraternidade Muçulmana rezando à volta dos tanques.

É importante notar que eleições em conformidade com o velho regime não produzirão mudança; e a oposição real e o povo estão exigindo primeiro a mudança da constituição, depois, eleições.

"A Minustah deveria pacificar o país e hoje estamos pior. A Minustah mata haitianos", denunciou Ladiou Novembre, professor de ensino médio em Porto Príncipe.

O movimento revolucionário na Tunísia tornou-se farol para milhões. Pode levá-los a desafiar governantes. A situação está madura. Há potencial para que a luta vá além da simples troca de governo.

A audácia golpista não tem limites: com o voto parlamentar, foram retomados sem a menor timidez os mesmos propósitos atribuídos a Zelaya e usados como argumento para o golpe militar.

O México de Zapata e Villa, supostamente aniquilado pela ala burguesa da revolução, permanece vivo e com novas formas de atuação, inclusive rompendo com pressupostos ortodoxos do que é ser revolucionário.

Cerca de 70 mil militares sul-coreanos tinham sido mobilizados para "exercícios" de guerra, precisamente para a fronteira marítima entre os dois países – que é território em disputa.

Em nenhum momento, Zapata e Villa assumiram o poder. No entanto, eles não deixaram que a revolução seguisse apenas o pressuposto da homogeneidade. "Queremos um mundo onde caibam todos os mundos".

Justamente a radical transparência dos telegramas involuntariamente revelados é o que incomoda. Ao mesmo tempo esta radicalidade alberga algo da quintessência do serviço público.

A conivência entre o Wikileaks e o cartel dos cinco é absoluta. A partir do seu twitter, o Wikileaks já se remetia a eles assumindo que a sua página ficaria fora de serviço.