Correio da Cidadania

Rebeliões pelo mundo

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As rebeliões que estão ocorrendo no Oriente Médio, África e Europa indicam que o neoliberalismo está chegando numa situação limite. Cansadas da exploração que vêm sofrendo, há duas décadas, elas resolveram agir com violência.

 

Não há elementos para saber se chegarão ao nosso país. Mas, sem dúvida, estamos diante de uma possibilidade concreta. Após vinte anos de refluxo da pressão popular, quem sabe o exemplo dos povos revoltados tenha alguma influência no ânimo das nossas massas populares.

 

O acontecimento das rebeliões precisa ser analisado sob dois ângulos: por um lado, é bastante positivo, pois estimula o despertar das massas populares do sonambulismo que as tornou inertes; por outro lado, implica no risco de que a burguesia, alertada e temerosa, resolva agir preventivamente e restrinja ainda mais essa democracia restrita que temos.

 

Por isso, a esquerda precisa estar atenta e acompanhar pari passu a evolução desses processos. Para tal, precisa estar em contato permanente com a massa, pois só assim conseguirá captar, em tempo oportuno, sua disposição de luta.

 

Ao que parece, os processos são espontâneos e não respondem a nenhuma consigna partidária.

 

Assim, é importante que os partidos de esquerda, hoje perdidos num esforço eleitoreiro desgastante, apenas para conquistar migalhas do poder burguês, mudem de discurso e de conduta.

 

De outro modo, serão fatalmente atropelados.

 

Comentários   

0 #2 memória d'um maio de 1968Rafael Caetano 19-08-2011 18:12
Durante o mês de maio de 1968 estudantes e jovens de diversas partes do mundo saíram às ruas em manifestações a favor de propostas que mudaram e contestaram modos de vidas na sociedade burguesa de então. Hoje: a primavera dos povos islâmicos; os estudantes do Chile; As reivindicações dos jovens na Espanha; a Inglaterra e os manifestos dos jovens. E o Brasil? Por que esse silêncio das potências transformadoras nas universidades que foram linhas de fuga e início de movimentos contestadores?
Como ir além de greves e manifestações que são comandadas por parcelas que estão vinculadas aos programas dos partidos eleitorais e por isso afirmam o “bom funcionamento do sistema burguês de representação política? As estruturas e modos de ser das universidades brasileiras não atrofiam essas forças e energias transformadoras? No Âmbito da ação o que se faz? e no pensamento ainda se pensa ou se segue bulas secularizadas pelas ideologias oficiais?
Será que os movimentos sociais ainda podem fazer a dobra sobre si no seu movimento histórico e mudar o seu modo de ser? Veja, por que alma nenhuma, nem a UNE, apóia a faxina contra a corrupção em Brasília?
Muitos escolhem pensar com os arquétipos oferecidos e esquecem-se de pensar por si? Cadê o debate público que questione? Por que os M.S não criam uma rede de comunicação? Será que os movimentos tradicionais não viraram um entrave as potências transformadoras de modificar a sociedade? Não esqueçam, amigos, as revoluções assistidas por nós vêm das periferias!

Durante anos os movimentos ditos de esquerda com viés Marxista deu preferência a práxis no lugar do pensamento, isto com o objetivo de buscar uma ciência revolucionária que desse conta do todo, veja Engels e sua filosofia da natureza.Ledo Engano. A dialética funciona para construir um discurso que avance ad infinito, mas é cruel porque o favorecimento da práxis e o desfavorecimento do pensamento levaram á uma estatização do pensamento dito revolucionário nas bases dos movimentos sociais. Pensar acabou sendo privilégio de alguns dirigentes. O que era filosofia- e Marx é antes de tudo um filosófo- virou ideologia.
Dessa forma as potências questionadoras e marteladoras do pensamento foram castradas e taxadas de desvio ideológico. Se for pra poder pensar por si queremos sim ser "desviados" e desviadores. O que sobra? Muita ação alinhada ao poder do Estado e pouco pensamento radical sobre o presente. Só iremos começar a agir de forma e agir sempre, como máquinas, e não pensar nosso presente? Se apenas agirmos quem criará novos modos de ser na? O que são os estudantes hoje?
A massa não quer ser conduzida pelas elites esclarecidas da esquerda; ela quer e já tem seus modos de contestar que como uma força cerca emerge e colocar abaixo tudo, até mesmo a suposta liderança dos partidos de esquerd
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0 #1 À esquerda de quem ?Jorge Oliveira 08-08-2011 22:13
Esquerda representativa e séria iria para o poder este, dito controlado pela burguesia, justamente para fazer valer o apoio recebido e sustentar, como obrigação e legitimidade, a educação para a luta e a organização popular. Poderia facilitar e fortalecer justamente os princípios propagandeados na sua conquista e não retroceder desse o que desse. Mais medo de lutar no poder do que fora dele ? Ou o poder (re)compensa mesmo a capitulação ?
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