Correio da Cidadania

Comitê Popular da Copa de SP faz ato-debate em contraponto ao Congresso da FIFA

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Com participação das Mães de Maio e MPL, o "Congresso do Povo - Copa das Tropas" acontece no espaço público e debate a violência estatal e criminalização dos movimentos sociais.

 

O Comitê Popular da Copa de SP inaugura, nesta terça-feira (10), seu calendário de atividades paralelas à Copa do Mundo da FIFA. No mesmo dia em que se inicia o Congresso da FIFA, que reunirá 209 federações num hotel da Zona Sul da cidade de São Paulo, a articulação de movimentos sociais, coletivos e militantes que desde 2011 questiona e resiste aos impactos negativos do megaevento no país, chama o "Congresso do Povo - Copa das Tropas", a fim debater a violência estatal, a higienização das ruas do centro das cidades, a perseguição e a criminalização dos movimentos sociais.

 

Com participação das Mães de Maio, Movimento Passe Livre (MPL), Comitê Pela Desmilitarização da Polícia, Movimento Palestina para Todos (MOPAT), Comitê Contra o Genocídio da População Negra, Pobre e Periférica, entre outros, o debate acontece no espaço público (em frente ao Teatro Municipal de São Paulo), a partir das 17h. Além das falas dos movimentos sociais e organizações convidadas, o Congresso do Povo conta também com apresentações musicais, intervenções teatrais e projeções.

 

Houve um investimento de quase R$ 2 bilhões em aparato de repressão para a Copa do Mundo. Prisões “preventivas” e a criação de Tribunais “especiais” para julgar manifestantes detidos mais rapidamente, ou mesmo para julgar greves estão previstas para o período do torneio. Soma-se a isso um inquérito político no DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) que interrogou mais de 300 pessoas por participarem de atos e intimou dezenas para comparecer em delegacias nos horários de protestos.

 

O Comitê Popular da Copa de SP e os demais movimentos participantes exigem "o fim dos inquéritos políticos e de tribunais especiais em nome da garantia do direito à ampla defesa e ao devido processo legal e do direito à greve, que estão na Constituição. Assim como a desmilitarização das polícias, fator fundamental para construir uma sociedade mais justa e democrática, deixando para trás as sombras de um Estado penal autoritário".

 

Participantes da mesa de debates:

Comitê pela Desmilitarização da Polícia e da Política

Comitê Contra o Genocídio da População Negra, Pobre e Periférica

Mães de Maio

MOPAT — Movimento Palestina Para Todos

MPL — Movimento Passe Livre

 

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