Correio da Cidadania

A pandemia da mudança

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É uma boa oportunidade de nos revisarmos. Revisarmos nossa vida anterior, revermos nossos hábitos, conflitos, relações sociais, relações com o meio ambiente.

A introspeção e o voltarmos para dentro de nós podem ser um exercício de reencontro com aquilo que de bom um dia abandonamos. Desde a infância, ou desde a adolescência ou ainda em fases diversas da vida adulta. Essa revisão poderá nos mostrar onde erramos na condução da vida que nos levou a este caos.

Sim, porque todos somos responsáveis. Desde aqueles que fumam e acham que o cinzeiro é o destino certo da bituca ou a rua, através da janela do carro – cinco anos para desaparecer. Desde aqueles que em algum lugar deste planeta acham que cortar uma única árvore ou fazer uma queimada não prejudica ninguém, esquecendo que vivemos à mercê das alterações do clima do planeta e suas terríveis consequências.

Desde aqueles que consomem sacos plásticos que em algum momento serão encontrados no estômago de algum animal no mar. Desde aqueles que desdenham povos originários como se eles aqui não estivessem antes de nós e fossem seres inferiores. Desde aqueles que acham que rios e córregos levam e lavam seus excrementos. Desde aqueles que não entendem a importância do consumo consciente. Desde aqueles que acham que agrotóxicos são “defensivos”.

Sei que tudo isso já tem sido repassado e reafirmado ao longo de décadas. No entanto não aprendemos e continuamos a exigir da natureza muito mais do que oferecemos. Chegou a hora de entender que o estar aqui é passageiro, é um átimo se pensarmos na grandeza do universo. Olhemos o firmamento à noite e vamos compreender o quando somos ínfimos e finitos.

Momentos de reflexão, momentos de assimilar nossa importância individual para superar o novo e aterrorizante desconhecido, a pandemia da mudança.

Telma Monteiro

Ativista sócio-ambiental, pesquisadora e educadora

Telma Monteiro
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