Correio da Cidadania

“Foder o povo”

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Pedro Ladeira, Folhapress

No áudio vazado do delegado Waldir (PSL), quando ele estava absolutamente enraivecido com a puxada de tapete, pra não falar da possibilidade de implosão do Bolsonaro e os demais detalhes sobre “o áudio” não explicado, apenas uma coisa me chocou: foi ouvir que quando ele, Bolsonaro, quis aprovar a reforma da Previdência para "foder o povo" (não necessariamente nessa ordem) ligou para ele, Delegado Waldir. Lógico que ele votou a favor da reforma da Previdência que vai “foder o povo”. E todos os outros que apertaram o sim na Câmara dos Deputados.

Aí fiquei pensando que o “foder o povo” deve ser uma expressão muito usada e consumada nos escaninhos do poder atual. Afinal, estão “fodendo o povo” diariamente, seja pela falta de políticas públicas, seja pela falta de cumprimento das leis ambientais, seja pela retirada de dinheiro da educação e da saúde, seja pelo descaso com o vazamento de óleo no litoral do Nordeste, seja pelas queimadas no anunciado dia do fogo na Amazônia, seja no projeto em discussão nas comissões do Congresso que pretende liberar a mineração em terras indígenas, seja no desaparecimento do Queiroz, seja na questão das milícias, seja no apontar e atirar nos inocentes, seja na própria reforma da Previdência, seja no tráfico de drogas em voos oficiais, seja na ascensão da família Bolsonaro ao reinado do Brasil.

Reli o que escrevi acima e cheguei à conclusão de que ainda faltou muita coisa para mencionar as formas como o governo Bolsonaro faz o que intitula o texto. Mas, tudo bem, quem for ler esta crônica vai se lembrar de outras tantas.

Telma Monteiro

Ativista sócio-ambiental, pesquisadora e educadora

Telma Monteiro
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