Correio da Cidadania

Eleições na Guatemala e Equador

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Eleições na Guatemala e Equador
Foto: Twitter da campanha

O primeiro turno das eleições no Equador, processo que se configurou bastante violento, fechou sem maiores surpresas. A candidata do correísmo, Luisa González Alcívar (Revolución Ciudadana, Lista 5), e o empresário Daniel Noboa Azín (Acción Democrática Nacional, Listas 4-35), filho do magnata Álvaro Noboa, família de longa tradição na política, são os que disputarão o segundo turno no dia 15 de outubro. Mais de 17% dos eleitores não compareceram às urnas.

Luisa venceu com 33% dos votos e Noboa ficou em segundo com 24%.
Segundo o CNE quase metade dos eleitores no exterior não conseguiram votar por conta de um ataque na plataforma digital.

Na Assembleia Nacional a Revolución Ciudadana pode chegar a 42% das cadeiras, ficando em segundo lugar a aliança Gente Buena-Movimiento Construye com mais de 20%. A candidata desta aliança acabou em terceiro lugar com 16%. Já a aliança Acción Democrática Nacional, do candidato Noboa, conseguiu apenas 13% dos votos. O partido Social Cristiano ficou com 11,19%.

Além das eleições gerais também foi realizado um plebiscito para decidir se o governo deve proteger o Yasuní e o Chocó Andino, importante espaço de preservação ambiental que estava sendo prestes a ser invadido pelas petroleiras e mineradoras, e a população votou em sua maioria pelo sim. O Yasuní e o Chocó Andino devem deixar o petróleo lá no fundo da terra. A votação foi celebrada como um sim à vida.

Guatemala


Foto: do Twitter de Arévalo

A Guatemala viveu o segundo turno das eleições presidenciais. Bernardo Arévalo, do Movimiento Semilla venceu com 58% dos votos, apesar de ter enfrentado uma campanha minada de processos judiciais, já que sua presença no segundo turno não era esperada. Sandra Torres ficou em segundo com 37% dos votos e ainda pode questionar os resultados na justiça. Tudo indica que o partido de Torres seguirá tentando impedir a posso de Arévalo. Segundo Torres houve irregularidades no primeiro turno. Mas, a considerar a votação massiva em Arévalo, é muito pouco provável que o resultado do primeiro turno tenha tido problemas.

Bernardo Arévalo concorreu por um partido pequeno e aparecia com poucas chances, mas logrou ir para o segundo turno. Ele é filho de um ex-presidente do país, Juan José Arévalo, primeiro presidente eleito depois da revolução de 1944. Governou o país buscando melhorar a vida da maioria empobrecida e por isso sofreu mais de 30 tentativas de golpe.

Seu filho, Bernardo, apesar de saudado como um candidato da esquerda mais bem segue o caminho do centro. Agora é ver como ele se move no governo, tendo ainda de enfrentar os entraves na Justiça e um parlamento hostil.

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Elaine Tavares

Elaine Tavares é jornalista e colaboradora do Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC

Elaine Tavares
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