Correio da Cidadania

“Eventos extremos alertam que precisamos repensar nossas relações sociais, econômicas e com o meio ambiente”

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Não é de hoje que os brasileiros convivem com eventos climáticos extremos. Uma forte onda de calor, acompanhada de estiagem, por exemplo, esteve em pauta em São Paulo anos atrás, bem como recentes inundações. Enormes incêndios florestais também acabaram devastando porções de floresta amazônica no início deste ano, entre outros eventos que, quanto mais o tempo passa, mais severos vão se tornando. O exemplo mais recente ocorreu há quatro semanas com a passagem do ciclone-bomba em Florianópolis, que com seus fortes ventos causou pelo menos 10 mortes, além de diversos prejuízos em infraestruturas de moradia, telecomunicações, abastecimento de água e eletricidade. Sobre a passagem desse ciclone, a intensificação dos eventos extremos e sua relação com a ação humana sobre o meio ambiente, entrevistamos Paulo Horta, biólogo e professor da UFSC, especialista em mudanças climáticas e ecologia marinha.

“Apesar de não ter sido tão intenso como foi o Furacão Catarina (que atingiu a região em 2004 com ventos de até 150km/h) do ponto de vista da velocidade dos ventos, o ciclone-bomba matou mais gente. Isso é extremamente preocupante para a região e para o Brasil. Significa que não aprendemos com os eventos anteriores do ponto de vista estrutural e institucional. Não tivemos planos de contingenciamento que proporcionassem os comportamentos e as medidas que, por fim, aumentariam a segurança das pessoas, das famílias, das casas etc. Tivemos muito tempo para nos adaptar e infelizmente nada estrutural foi feito”, lamentou o pesquisador.

Para além da biologia, Horta coloca a importância fundamental que existe na educação, uma vez que identifica na desinformação da sociedade um dos principais problemas relacionados com a falta de medidas que combatam as mudanças climáticas. Além disso, reconhece que seria praticamente impossível colocar em prática uma nova lógica de relação com o meio ambiente sem que haja, em paralelo, mudanças radicais em nossas relações sociais e econômicas.

“As mudanças climáticas acabam, nesse cenário, alimentando mais mudanças climáticas. A maneira que nós estamos usando os recursos naturais, queimando combustíveis fosseis, desmatando as áreas verdes e poluindo os mares. Tudo isso alimenta mudanças climáticas que aumentam as secas, as crises urbanas e rurais, o que acaba demandando mais área para plantar, maior produção de energia, mais emissão de dióxido de carbono. Portanto, mantida essa organização da sociedade, nós só devemos aprofundar a crise climática. Precisa haver uma ruptura muito profunda com essa lógica de organização social e de exploração econômica”, analisou.

Leia a entrevista completa abaixo:


Paulo Horta é doutor em ciências biológicas pela USP e pós-doutor em ecologia marinha pela Plymouth University (Reino Unido). Atualmente é professor da UFSC, onde coordena pesquisas relacionas aos impactos ambientais decorrentes das mudanças climáticas e poluição dos oceanos.

Correio da Cidadania: Tivemos recentemente em Florianópolis e região a passagem do ciclone-bomba, que causou uma série de prejuízos à população. Como avalia este evento em particular?

Paulo Horta: Essa região do sul do Brasil, em que nós nos encontramos, é uma região em que naturalmente, por conta da localização, está sujeita a tais eventos. Temos muito perto daqui uma região que podemos chamar de berço desses ciclones extratropicais.

Sobre esse evento em particular, e digo após conversar com alguns climatologistas conhecidos, parece que houve variações de pressão e convergência com o momento de chuva intensa, o que produziu o efeito bomba com ventos muito mais fortes do que tradicionalmente apresentam os ciclones por aqui. Foi essa combinação que o tornou mais severo e destrutivo. O que é triste de ver nesse evento é que nós tivemos cerca de 10 mortes. E apesar de não ter sido tão intenso como foi o Furacão Catarina (que atingiu a região em 2004 com ventos de até 150km/h) do ponto de vista da velocidade dos ventos, o ciclone-bomba matou mais gente. Isso é extremamente preocupante para a região e para o Brasil.

Significa que não aprendemos com o Furacão Catarina e outros eventos extremos anteriores, do ponto de vista estrutural e institucional. Não tivemos planos de contingenciamento que proporcionassem, então, os comportamentos e as medidas que, por sua vez, aumentariam a segurança das pessoas, das famílias, das casas etc. Tivemos muito tempo para nos adaptar e infelizmente nada de estrutural foi feito. Quando eu digo ‘estrutural’, estou falando de legislação, de saberes, de educação e de uma comunicação mais efetiva, como um todo, para evitar que essas mais de dez pessoas morressem, além dos muitos impactados pela falta de luz, água, telecomunicações, entre outros estragos.

Tudo isso nos mostra que o Estado brasileiro não leva a sério a questão do clima, ou que, no mínimo, não faz o necessário para que a população possa se preparar para esse tipo de evento.

Correio da Cidadania: O que pensa sobre eventos extremos? Por que esse tipo de situação vem ganhando contornos de ‘novo normal’, como vemos em alguns meios de comunicação?

Paulo Horta: É inadmissível em uma das maiores economias do mundo nós não termos as questões das mudanças climáticas e seus planos de contingenciamento não estarem sistematicamente embebidos no sistema de educação. As crianças são grandes multiplicadores, potencialmente, dessas informações, e nós poderíamos muito bem ter diluído tais informações nos sistemas de educação para que de fato as pessoas soubessem mais a respeito para que, assim, pudéssemos apresentar e desenvolver respostas mais imediatas. Ou seja, sem um mínimo de conhecimento público sobre a questão, qualquer proposta vinda dos pesquisadores acaba ficando muito distante da viabilidade. É muito triste ver a nossa fragilidade diante de eventos que prometem ser cada vez mais intensos e severos.

Quando falamos em eventos extremos podemos falar de uma tempestade como aquela que foi vivenciada em Florianópolis; podemos falar de uma seca severa como também foi vivenciada no início deste ano; podemos falar de onda de calor, ou seja, de um momento em que as temperaturas ficam muito acima do normal, ou das médias para aquele determinado período. O central é entender que, infelizmente, estamos entrando em um período no qual fica inequívoca a diferença, onde a frequência e a intensidade desses eventos produzem prejuízos a vidas humanas, com seus mortos e feridos, além de produzir prejuízos sociais. Muita gente por exemplo ficou sem luz ou água após o ciclone em Florianópolis. Aqui em casa ficamos três dias sem luz. Isso sem falar em danos na estrutura da cidade, como vimos estradas arrastadas, casas sem telhados e, é claro, mais de 350 escolas em Santa Catarina que foram danificadas.

De fato temos prejuízos muito grandes que são, também, prejuízos econômicos. São muitos recursos que anualmente se perdem em função da nossa omissão quando se fala em emissão de gases estufa, quando se fala em mudanças climáticas, quando se fala nas necessidades de adaptação, de mitigação e de estudo. Assim, tais eventos extremos já são parte da nossa realidade, sem dúvida nenhuma.

No entanto, não gosto quando os tratamos como ‘novo normal’, como você citou, porque não é normal. Devemos recusar a aceitação dessas ocorrências que estamos vivendo, como se fossem partes de uma normalidade, e elas não são. São, contudo, resultado de um ciclo de muitos vícios sociais e econômicos que levaram à degradação dos sistemas naturais de uma maneira muito intensa. Nós já perdemos produtos e serviços de muitos ecossistemas que são fundamentais para a manutenção e equilíbrio do planeta.

É fundamental a gente lembrar de quando, enquanto humanidade, vimos pela primeira vez o nosso planeta sob a perspectiva de um astronauta que estava na lua. Ali foi possível termos dimensão do quão delicada é a nossa existência.

Dependemos de uma camada muito estreita de atmosfera. Nosso planeta tem um raio pouco maior que 6 mil quilômetros de diâmetro e nós dependemos de uma atmosfera que está ali em não mais do que 8 quilômetros. Para além dessa pequena franja o oxigênio já é insuficiente para nós, então dependemos dessa camadinha muito fina e muito delicada que nos mantém vivos. E é justamente essa camada que nós estamos poluindo. Essa gota d’água que cobre nossa superfície, do ponto de vista relativo, que estamos poluindo e contaminando com venenos, que ora chamam de ‘agrotóxicos’, ora de ‘defensivos agrícolas’, mas na verdade são simplesmente venenos. Isso tudo, somado a uma série de outras questões, como aquelas relacionadas ao desmatamento, produz as crises que estamos vivenciando. Logo, não pode ser normalizado. É contra essa perspectiva que quer normalizar inclusive uma pandemia que a gente tem de lutar severamente contra.

É importante sempre resgatar que já queimamos trilhões de litros de petróleo, gás natural e todo tipo de combustível fóssil, e que isso alterou a química da atmosfera e dos oceanos. À medida que acontece, há o processo de transformação do clima do planeta. Nós estamos aquecendo.

Um colega climatologista colocou a seguinte figura de linguagem: que nós estamos efetivamente alimentando uma bomba. A bomba figurativa, como qualquer bomba, tem um pavio e um explosivo. A gente às vezes encurta, às vezes alonga, e não sabemos muito bem o que estamos fazendo com o pavio. Em vários momentos uma bombinha explode aqui, outra explode ali, nos mostrando que esse pavio é variável, mas que ao que parece está ficando mais curto a cada dia. Agora, estamos aumentando cada vez mais a quantidade de explosivos que estamos colocando nessa bomba, enquanto alimentamos as mudanças climáticas forjando a nova normalidade, ou pseudonormalidade. Daqui a pouco quem vai junto quando essa bom explodir, de fato, podemos ser nós, seres humanos.

Tem uma frase do James Hansen, um cara que foi climatologista chefe da NASA, caçado por George Bush, massacrado. Em um livro que ele escreveu, disse mais ou menos o seguinte, em tradução livre: “a contínua exploração de petróleo, de todos os combustíveis fósseis no planeta ameaça não apenas as outras espécies mas também a sobrevivência da própria humanidade”. Algo que ameaça a sobrevivência da humanidade não pode ser considerado normal. Essa bomba que estamos alimentando pode explodir a nós mesmos. O planeta continua, a vida deve ficar diferente mas vai continuar, porém é muito provável que a espécie humana não. É triste.

Correio da Cidadania: Como podemos relacionar isto a todo um contexto de eventos e catástrofes ambientais que temos visto, desde os rompimentos de barragens em Minas Gerais, passando pelos grandes incêndios na Amazônia que respingaram no Sudeste, as inundações em São Paulo e, por que não, a recente nuvem de gafanhotos que também andou em pauta?

Paulo Horta: Está relacionado. À medida que vamos poluindo e depredando os ecossistemas, esses eventos catastróficos gigantescos vão acontecendo e produzindo muita sensibilização, como vimos em Mariana e Brumadinho. À medida que víamos aquela nuvem cinza se aproximando de São Paulo no ano passado, resultado do incêndio na Amazônia, isso produz muita sensibilização. As inundações que acontecem em São Paulo, também nas regiões costeiras, também produzem muita sensibilização.

È lamentável que tais eventos não sejam profunda e exaustivamente tratados. Precisam deixar um legado nesse sentido, de serem incorporados nos mais diversos saberes coletivos, da escola ao jornal, de casa ao trabalho, para que de fato nós possamos entrar na psique humana, na psicossociologia das soluções. Ditas ‘tragédias’ são inadmissíveis e por isso é fundamental que essas questões entrem na pauta da sociedade e da mídia, e sejam exploradas.

Nós temos esses eventos relacionados ao rompimento das barragens de Brumadinho e Mariana, que produzem impactos que chegam no ambiente oceânico por centenas de quilômetros, deixando um rastro de prejuízos ambientais gigantescos que fragilizam a capacidade que tais ambientes têm de reter o dióxido de carbono, por exemplo. Isso alimenta ainda mais o sistema climático que vivencia francas mudanças. Ou seja, a gente alimenta ainda mais o processo de aquecimento do planeta por comprometer a capacidade que o planeta tem de sustentar a temperatura em limites que, para nós seres humanos, seriam essenciais à nossa sobrevivência.

Ainda sobre esses eventos: quando queimamos a Amazônia, não só estamos liberando mais dióxido de carbono para a atmosfera, mas também estamos limitando a capacidade daquele ecossistema de reter cada vez mais dióxido de carbono. Não só na floresta, mas no solo. Quando a gente fala que isso está produzindo grandes desdobramentos, é essa perspectiva de que o processo de uso do nosso planeta, a forma que nós usamos os recursos naturais, a forma que produzimos energia termoelétrica, ainda queimando carvão como fazíamos no século retrasado, é inadmissível. Precisamos redefinir, entre muitas outras coisas, as matrizes energéticas em nível planetário.

As soluções simplistas ou simplórias que são dadas, são criminosas. Quando o pessoal usa inseticida pra combater um enxame de gafanhotos, a receita dada pelo governo brasileiro e também pelo da Argentina, sem dúvida nenhuma mata-se boa parte dos gafanhotos, mas acaba se poluindo uma bacia hidrográfica que é de substancial importância não para um país ou dois, mas para todo o Atlântico Sul. Não temos a dimensão das consequências da utilização desses venenos em larga escala e nem em médio e curto prazo. Os desdobramentos ambientais fragilizam a capacidade que o planeta tem para dar alguma estabilidade climática, e é importantíssimo entendermos. Precisamos tomar muito cuidado com esse tipo de perspectiva dos manejos dos sistemas naturais que envolvem nossas práticas econômicas e sociais, entre outras.

Correio da Cidadania: O que mais isso diz sobre a influência humana nas mudanças climáticas?

Paulo Horta: Nesse cenário as mudanças climáticas acabam alimentando mais mudanças climáticas. A maneira que nós estamos usando os recursos naturais, queimando combustíveis fosseis, desmatando as áreas verdes e poluindo os mares, alimenta mudanças climáticas, que, por sua vez, aumentam as secas, as crises urbanas e rurais, o que acaba demandando mais área para plantar, maior produção de energia, mais emissão de dióxido de carbono que por sua vez intensifica o aquecimento e as mudanças no clima, alimentando o ciclo vicioso.

Portanto, mantida a perspectiva social e econômica nós só devemos aprofundar a crise climática. Precisa haver uma ruptura muito profunda com essa lógica de organização social e de exploração econômica, porque ela vai nos levar ao abismo, a uma catástrofe. Mais ou menos como as pequenas e localizadas catástrofes que estamos vivenciando, e que são uma espécie de aviso. São mensageiros muito importantes do que está por vir, e, de fato, não podemos ignorar essas mensagens.

Correio da Cidadania: Que tipo de soluções ou medidas, de curto, médio e longo prazo, podem ser adotadas para lidar com esse problema?

Paulo Horta: Do ponto de vista de soluções, existem muitas. The Green Economy, ou a Blue Economy que trata dos oceanos, traz muitas soluções. Temos como, por exemplo, fazer geoengenharia. Hoje conseguimos, com a tecnologia existente, restaurar áreas degradadas no Brasil, seja pelo desmatamento, pela agricultura intensiva, pela pastagem ou pelo fogo. Se a gente restaurar as áreas degradadas estaremos sequestrando muito carbono de volta, tirando o carbono da atmosfera. Se restaurarmos áreas degradadas dos manguezais, da mata atlântica, dos bancos de gramas marinhas, dos bancos de algas, tudo isso deve gerar muito sequestro de carbono e deve, sem dúvida nenhuma, contribuir para um processo de mitigação das mudanças climáticas. Para isso é fundamental a ruptura com a matriz energética que existe especialmente no hemisfério norte. Por aqui, além de termos que impor o desmatamento zero no Brasil – não podemos admitir esse absurdo no século 21 –, nós precisamos de fato construir essas alternativas que promovam justiça social. Porque sem justiça social as soluções ecológicas nunca vão se implementar completamente.

Precisamos acabar com a desigualdade social e dar uma educação muito forte para as pessoas no que se refere ao conhecimento sobre o nosso planeta, para que de fato essas mudanças sejam estruturais na sociedade.

Vejo no momento de pandemia e, quem sabe de pós-pandemia, mais que a oportunidade, mas a necessidade de falarmos sobre isso, de colocarmos uma pauta que seja socialmente responsável e ecologicamente sustentável. É possível com as informações e conhecimentos que nós já temos enquanto humanidade. Não precisamos desenvolver nada novo, muita coisa já está pronta. A ciência já faz isso, agora precisamos ter vontade política e pressão pública para que seja colocado na prática.

Correio da Cidadania: O que precisamos repensar, em termos de consumo, no âmbito mais individual e micro?

Paulo Horta: Além dessas questões que podemos considerar como de larga escala, nós devemos estar atentos para as mudanças pessoais, individuais. O indivíduo mudando seu comportamento e a sua percepção de interdependência do sistema natural é um dos fatores que vai nos permitir que essas coisas possam ser alteradas. Aos poucos, da poluição doméstica até a poluição da industrial, passando pelas omissões ou pelas ações criminosas de estados e corporações.

Mas para que nós tenhamos as alterações políticas e institucionais, também as pessoas precisam repensar seu consumo e estilo de vida, afinal, também fazemos parte do que precisa mudar. Se não mudarmos a forma como vivemos e nos relacionamos com o planeta, vamos para sempre continuar elegendo essas ‘coisas’ que a gente acabou elegendo mais recentemente – e essas ‘coisas’ deixam passar ‘boiadas’, como estamos vendo, porque é o que fazem. Eles são assim e vão fazer isso, não há nenhuma surpresa.

São excrecências. É de uma ignorância e de uma maldade tão grande que é difícil nominar. Precisamos convencer as pessoas de que isso é importante e de preferência elegendo governantes que tenham uma preocupação com a educação, para que as pessoas possam se instruir e instruir a sociedade para buscar as soluções.

Nós tentamos muito no começo dos anos 2000 produzir transformações de baixo pra cima e eu acredito que esse é o melhor caminho. Pensando nisso, a comunidade precisa ser municiada de informação, precisa se organizar, e de fato ir mudando o seu quarteirão e o seu bairro, para que sirva de exemplo para mudar a cidade e todo o seu entorno. Mas para que isso aconteça a gente precisa de instituições públicas muito fortes, e assim como o SUS está sendo fundamental para evitar uma calamidade ainda maior, precisamos de muitas outras instituições públicas fortalecidas e participantes.

Entre elas, precisamos fortalecer o sistema de educação, o sistema de vigilância climática, instituições como o CEMADEN (Centro Nacional de Alerta de Desastres Naturais) e o Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária), elas precisam ser municiadas para que possam contribuir com esse processo de formação de base na sociedade. São ferramentas para que possamos nos organizar e efetivamente proporcionar as transformações sociais necessárias, para, aí sim, vivenciar uma nova ‘normalidade’, porque enquanto estivermos vivenciando essa loucura generalizada temos de tomar cuidado para não banalizar, o que acaba acontecendo, tanto em relação ao planeta quanto a outras áreas.

Daqui a pouco nos habituaremos a andar na rua de máscara achando que é o ‘novo normal’. Esse é o meu grande medo.

Conheça o trabalho do entrevistado

LAFIC – Laboratório de Ficologia da UFSC

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Raphael Sanz é jornalista e editor-adjunto do Correio da Cidadania.

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