Correio da Cidadania

Venezuela formaliza saída da comissão de direitos humanos da OEA

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Governo alega falta de neutralidade nas decisões da corte em relação à Venezuela.

 

A Venezuela formalizou seu pedido para sair da Comissão e da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA). O governo de Hugo Chávez alega falta de isenção e neutralidade nos julgamentos da Corte em relação à Venezuela. Pelas regras do organismo internacional, a formalização deve ocorrer com 1 ano de antecedência até a conclusão do processo.

 

"Espero que em algum momento nós tenhamos uma comissão séria e que possamos lutar com outros governos em defesa dos direitos humanos”, disse Hugo Chávez ao anunciar a formalização do pedido de saída. O governo acusa a Corte de levantar dúvidas sobre o respeito e a preservação dos direitos humanos no país.

 

Peña e Ianomâmis

 

O governo venezuelano arrola vários casos de discórdias, um dos principais foi em relação da Raúl Diaz Peña, preso por promover atentados a bombas contra as embaixadas da Colômbia e Espanha. O governo rebate as críticas da Corte afirmando que Peña recebeu toda a assistência enquanto estava preso e todos os trâmites processuais foram respeitados - considerado terrorista, Peña vive nos Estados Unidos atualmente.

 

Mas o caso mais recente envolve o suposto massacre de índios yanomamis na Amazônia venezuelana, sobre o qual não há mais informações além de relatos da ONG inglesa, Survival, e de uma associação indígena. O governo venezuelano investiga o suposto massacre, mas nada encontrou até o momento que o comprovasse.

 

Lista de Abusos

 

O chanceler venezuelano Nicolás Maduro afirmou que tem uma "lista grande de abusos e violações" da Corte contra a Venezuela, citando como exemplo que a CIDH foi "o único organismo internacional multilateral que reconheceu o governo de 48 horas de Pedro Carmona Estanga" - este, assumiu a presidência durante o golpe contra Chávez em 2002.

 

Maduro cita também o caso Peña e o do massacre de yanomamis, sobre o qual narra que "Chamaram nossa embaixada na OEA para nos informar sobre o massacre e mal colocaram o telefone no gancho e já publicaram um comunicado agressivo contra a Venezuela, qualificando um massacre que nunca aconteceu", disse Maduro à agência oficial de notícias da Venezuela.

 

O chanceler explicou ainda que há 10 anos a Venezuela pede mudanças profundas na Corte para que não continuem violando o órgão. "Temos tido paciência por mais de dez anos sofreste agressões e dez anos pedindo mudanças".

 

Fonte: Caros Amigos.

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