Correio da Cidadania

Jornada de ocupação de sem-teto chega ao fim

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Depois de encerrar a jornada de ocupação, que atingiu 10 estados brasileiros, os integrantes da União Nacional por Moradia Popular se reunirão na próxima segunda para fazer uma avaliação das atividades. Uma das pautas, a depender da abertura de diálogo com o governo, será a realização de uma segunda jornada de ocupações para o segundo semestre. Atualmente, o Brasil, segundo dados da organização, precisaria de quase 8 milhões de moradias novas.

 

 

Ainda hoje estava sendo aguardado o resultado de uma reunião entre o Ministério das Cidades, Secretaria do Patrimônio da União, e outras pastas, para discutir o assunto. A expectativa da coordenação das ocupações é como será viabilizada as demandas feitas pelos sem-teto.

 

Sidney Eusébio Pita, coordenador estadual da União, em São Paulo, enfatizou que as políticas públicas para a área habitacional ainda são muito tímidas e os programas do governo não atendem a todas as demandas.

 

"Hoje, no Brasil, é necessário construir 8 milhões de novas moradias. Só em São Paulo, onde a situação é das piores, precisam ser construídas 150 mil. E estamos falando na questão quantitativa. No que diz respeito à qualitativa, também são outras milhares", afirmou à Adital.

 

A jornada de ocupação aconteceu em Brasília, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, entre outros. A coordenação elencou uma série de reivindicações, mas as principais foram a criação de um Fundo Nacional de Habitação e o acesso aos recursos destinados para a habitação previstos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), estimados em 6 bilhões de reais.

 

Através do Plano, a verba será repassada para as prefeituras. No caso de São Paulo, acrescenta Sidney, este procedimento não surtirá efeito. "Por toda nossa experiência, as pessoas que mais precisam não vão ter acesso a este recurso, pois o governo daqui não é nosso parceiro", disse, acrescentando que a União ainda trabalha com a tentativa de que o Ministério das Cidades faça uma interlocução para que as demandas cheguem até o governo de São Paulo.

 

 

Fonte: Adital

http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=27115

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