Correio da Cidadania

A importância fundamental e o desprezo com a educação

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Ministro da Educação diz que universidade deve ser 'para poucos' | Guia do  Estudante
A carta magna que Ulysses Guimarães batizou de Constituição Cidadã incluiu a educação, com destaque, entre os direitos fundamentais do povo brasileiro, ao lado do trabalho, da segurança, da proteção à infância, à maternidade e da assistência aos desamparados.

Para os constituintes “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Sobre a educação, como instrumento para a libertação dos homens e das Nações, não faltam manifestações e ensinamentos.

John Dewey, educador norte-americano, registrava que “a ignorância é a maior fonte da servidão”.

José Martí, herói nacional cubano, intelectual, filósofo, ensinava que “é preciso ser culto para ser livre”.

Ênio Silveira, editor brasileiro, afirmava que “quem mal lê, mal fala, mal ouve e mal vê”.

Para Henry Peter “a educação faz um povo fácil de ser liderado, mas difícil de ser dirigido, fácil de ser governado, mas impossível de ser escravizado”.

Todas estas manifestações não sensibilizam os próceres do atual governo federal, que, publicamente, manifestam desprezo pelos cidadãos brasileiros, quando dificultam o seu acesso à educação.

O Ministro da Economia, por exemplo, pressuroso e diligente servidor de banqueiros e endinheirados, indaga: “onde já se viu filho de porteiro na universidade?”. Sua ação deletéria não se limita a declarações infelizes, desastradas, autoritárias. Também reduz, de forma intolerável, as verbas para o ensino, bolsas de estudos, atividades de pesquisa científica e inovação.

As verbas destinadas à merenda escolar, muitas vezes a única refeição das crianças pobres, não são reajustadas há mais de cinco anos.

O ex-titular da Educação, afastado da pasta por denúncias de corrupção, defende “uma universidade para poucos”.

Assim, mais do que nunca, é fundamental a luta proposta por ilustres brasileiros como Cecília Meireles, Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira por uma educação universalizada, pública, laica e gratuita.

Ricardo Maranhão é engenheiro e ex-deputado federal (PSB-RJ).

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