Correio da Cidadania

Grito dos(as) Excluídos(as) 2015

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“Sonho que se sonha só é ilusão; sonho que se sonha junto é solução”

(Dom Helder Câmara)

 

O tema do Grito dos(as) Excluídos(as), que chegou à sua 21ª edição, foi: “vida em primeiro lugar”. O lema deste ano de 2015 foi: “que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”

 

O objetivo geral: “Valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor, construindo ações a fim de fortalecer e mobilizar pessoas para atuar nas lutas populares e denunciar as injustiças e os males causados por esse modelo econômico neoliberal e excludente, ocupando ruas e praças por liberdade e direitos”.

 

Os objetivos específicos:

 

  • “Defender a vida humana em todas as suas dimensões, dando voz aos excluídos(as) para garantir seus direitos e construir alternativas a este sistema capitalista.

 

  • Construir espaços e ações participativas a fim de fortalecer, organizar e mobilizar os(as) excluídos(as) a lutar por uma nova sociedade, denunciando as injustiças cometidas pelo atual modelo econômico e a criminalização dos movimentos e das lutas populares.

 

  • Exigir do Estado a garantia de acesso aos direitos básicos como educação, saúde, transporte, segurança, alimentação saudável, água potável, energia, saneamento e moradia. Lutar contra a privatização dos bens naturais e dos serviços públicos.

 

  • Continuar cobrando do Estado uma auditoria pública da dívida interna e externa, que a cada ano causa um rombo maior no orçamento geral da União”.

 

Em nível nacional (regional e localmente poderão ser destacados outros), os eixos temáticos da luta do Grito dos(as) Excluídos(as) deste ano foram: a unidade dos trabalhadores e de todos os excluídos (oprimidos(as), explorados(as), descartados(as)); a democratização dos meios de comunicação (que estão concentrados nas mãos de poucas famílias e servem para a alienação e manipulação da sociedade, em benefício dos interesses dos poderosos); a defesa dos direitos básicos (terra, teto, trabalho, soberania alimentar, dignidade humana, educação, saúde, seguridade, transporte público, saneamento, água); o combate às diferentes formas de violência; a função do Estado; a participação política; a ocupação das ruas, praças e espaços públicos.

 

Ainda é tempo de grandes utopias. Como nos alerta Pedro Casaldáliga: “podem nos tirar tudo, menos a fiel esperança!”.

 

(Fonte: Jornal Grito dos(as) Excluídos(as), ano 21, número 62, abril de 2015).

 

Em Goiânia (onde no dia 20 de agosto já houvera o Ato Público pela Democracia, organizado pela Frente Popular), por sugestão e iniciativa do Núcleo Alto da Poeira (Região Noroeste) da CRB Regional, tivemos neste ano um Grito dos(as) Excluídos(as) um pouco diferente dos anteriores: uma “Roda de Conversa”, abordando e debatendo, com a colaboração de assessores, quatro temas que afetam mais diretamente a vida da população:

 

  • Privatização de serviços públicos
  • Financiamento de Campanhas Eleitorais;
  • Redução da maioridade penal;
  • Influência da Mídia na formação da opinião pública.

 

Férias: comunico aos prezados leitores e leitoras que - devido a um período de férias (depois de mais de três anos) - voltarei a escrever na última semana de outubro, retomando os pontos marcantes do Discurso do Papa Francisco aos participantes do 2º Encontro Mundial dos Movimentos Populares.

 

 

Frei Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP), é professor aposentado de Filosofia da UFG.

 

E-mail: mpsassatelli(0)uol.com.br

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