Correio da Cidadania

O sabor da Idade Média temperado com muito humor

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Nos séculos 17 e 18, após a Renascença portanto, a Sicília vivia ainda na Idade Média. Os costumes e leis permaneciam os mesmos. Os camponeses continuavam servos da terra, explorados pelos nobres, que tinham sobre eles poder de vida e morte, presos a crendices e superstições, das quais se aproveitava a Igreja para tirar também seu quinhão.

 

Em “O Rei de Girgenti” (hoje Agrigento), Andrea Camilleri, um dos mais festejados romancistas europeus de hoje, aborda estes seríssimos temas, fazendo crítica social através de um humor inteligente e de uma ironia sem contemplações.

 

Enquanto de fato existiu em Girgenti um camponês de nome Zozimo, alçado a rei por uma rebelião popular, os fatos descritos no livro não aconteceram, são pura ficção. Mas a recriação que Camilleri faz da Sicília na época foCalizada tem um sabor inconfundivelmente medieval.

 

A história de Zozimo, líder de uma revolução camponesa contra os poderosos da região, é enriquecida por personagens muito engraçados, como também todo o desenrolar da ação até o fim que, não sendo um “happy end”, mesmo assim deixa o leitor com aquela sensação agradável de quem viveu uma experiência extremamente compensadora. 

 

 

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 "O Rei de Girgerti", de Andrea Camilleri

 ISBN: 8501064084
 Editora: RCB
 Número de páginas: 382
 Encadernação: Brochura
 Edição: 2004

 

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