Eleições gerais já (2)

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Otto Filgueiras
16/10/2015

 

 

 

A questão não é apenas estabelecer que a economia capitalista é inviável, que já deu o que tinha para dar e o Brasil quebrou. Isso é importante, pois demarca campo com o lulismo e o social-liberalismo do Partido dos Trabalhadores (PT).

 

Precisamos ir adiante e intervir na conjuntura para que as forças de direita não se fortaleçam. Lutar por Eleições Gerais Já é uma forma de desmascarar a bandeira da direita a respeito do impedimento da presidente Dilma e ao mesmo tempo avançar. De pouco adianta apregoar pelo socialismo para substituir o capitalismo se não nos colocamos como alternativa de poder.

 

Nem tudo está perdido. A extrema-direita não conseguiu aprovar sua proposta de impedimento da presidente no Congresso Nacional. Com a comprovação de que mantinha contas secretas na Suíça para o dinheiro da corrupção, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, se enfraqueceu e não sabemos qual o desfecho.

 

É certo que o governo petista se enfraqueceu e nenhuma força de direita ou esquerda está com as favas contadas de que seu ponto de vista prevalecerá.

 

É hora, portanto, de apresentar nossa posição. Não adianta argumentar que eleições presidenciais agora só favorecerão a direita. No jogo institucional atual, as posições de direita se fortaleceram por causa da grande mídia comercial e também com o lulismo e a posição do petismo oficial, de tentar administrar a crise capitalista presente.

 

A crise econômica do capitalismo obedece a leis próprias e não vai passar, mesmo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diga o contrário.

 

“Eleições Gerais Já” é a única forma de fortalecer o campo marxista dos trabalhadores e permitir, na pior das hipóteses, que as diversas forças da oposição de esquerda se organizem e atuem juntas novamente.

 

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Eleições Gerais Já!


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Otto Filgueiras é jornalista e está lançando o livro Revolucionários sem rosto: uma história da Ação Popular.

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