Correio da Cidadania

Manifesto pelo meio ambiente e pela democracia

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Queimada é crime inafiançável, nos EUA - Projeto Colabora

Ameaças à democracia se juntam às piores práticas de exploração do meio ambiente que agravam o desequilíbrio climático, somando forças com a extinção de órgão reguladores e enfraquecimento da legislação ambiental no Brasil.

Os brasileiros estão vivendo um momento difícil. Forças retrógradas empurram um país promissor e formado por um povo valente e dócil para o caos. Nós somos livres e essa liberdade custou muitas vidas ao longo da história. Neste momento essa liberdade e a democracia estão em xeque com o risco de perdermos os esforços que nos trouxeram até aqui. O resultado da eleição do próximo domingo (2 de outubro de 2022) fará diferença para o futuro de insegurança proposto pelo avanço da extrema direita representada pelo atual governo. Sabemos que não só no Brasil, mas no mundo, as forças do fascismo pairam sobre a liberdade dos povos. Racismo, misoginia, antiambientalismo, homofobia, ataques às religiões de matriz africana são exemplos de comportamentos criminosos ou antidemocráticos que poderão se acirrar e impedir o desenvolvimento desta nação ainda promissora, mas na iminência de perder sua liberdade.

Ameaças à democracia se juntam às piores práticas de exploração do meio ambiente que agravam o desequilíbrio climático, somando forças com a extinção de órgão reguladores e enfraquecimento da legislação ambiental no Brasil. Apesar de décadas de avanço na conquista de uma legislação robusta de proteção do meio ambiente, biodiversidade, povos originários, o que vemos agora é o retrocesso provocado por aqueles que hoje, em nome de um movimento depredatório, procrastinam a ocupação e exploração de territórios ocupados por florestas, rios, indígenas, quilombolas e ribeirinhos.

O Brasil está em perigo. A Amazônia está ameaçada. O Pantanal está ameaçado. O Cerrado está ameaçado. A fauna está ameaçada. A mineração e o garimpo são monstros selvagens manipulados por mercados de commodities exploratórias que poluem, degradam e matam. O agronegócio predatório avança sobre territórios imemoriáveis. O fogo torna carvão a floresta. A miséria já consome milhões de brasileiros. Faltam remédios, falta comida, falta saúde, falta respeito ao povo brasileiro.

O Brasil está em frangalhos, em mãos suspeitas e gananciosas de políticos corruptos que desconsideram o direito fundamental dos brasileiros a um meio ambiente equilibrado. É momento de destruir as armadilhas que nos prepararam e para isso conclamamos todos os ambientalistas, brasileiros ou não, para que no dia 2 de outubro de 2022 votem com a sabedoria do amor. Conscientes do esforço empreendido nas duras lutas ambientais travadas pela sociedade, com a Constituição de 1988, para a construção de um Brasil exemplo ambiental para o mundo.

Você pode assinar o manifesto aqui:  https://petitions.sumofus.org/petitions/manifesto-pelo-meio-ambiente-e-pela-democracia-1


Já assinaram:

Telma Monteiro, pedagoga e ativista ambiental
Gabriel Brito, jornalista e editor do Correio da Cidadania
Raphael Sanz, jornalista e editor do Correio da Cidadania
Rodolfo Salm, biólogo e ambientalista da região do Rio Xingu
Bancada Caiçara, candidatura coletiva à Assembleia Legislativa de SP
Alberto Acosta, presidente da Assembleia Constituinte do Equador (2007-08)
Antonio Martins, jornalista e editor do Outras Palavras
Leandro Iamin, jornalista e diretor da Central3
Zezé Menezes, bióloga e ativista do Movimento Negro
Fernando Silva, membro do diretório nacional do PSOL
Ricardo Musse, sociólogo e editor de A Terra é Redonda
Givanildo Manoel, militante indígena
Gil Luis Mendes, Ponte Jornalismo
José Eustaquio Diniz Alves, economista e demógrafo
Pelo podcast jornalístico Lado B do Rio:
Fagner Torres
Caio Bellandi
Daniel Soares
Luara Carvalho
Talita San Tiago Tanscheit
Lana de Holanda

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