Correio da Cidadania

Pacifistas de Israel respondem

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O Correio da Cidadania publica esta semana uma carta-resposta ao texto de
Michael Warchavski, "Não, absolutamente não", que tece críticas ao movimento israelense Paz Agora.

 

 

Estimados colegas do Correio da Cidadania,

Já estive junto com o diretor deste veículo, Plínio Arruda Sampaio, por várias vezes, em muitas campanhas e nunca conversamos.

 

Sou da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo e já nos vimos em reuniões e em atos, como, por exemplo, aquele em defesa de militantes do MST injustamente processados criminalmente, que ocorreu na Sala do Estudante da FADUSP, quando falei em nome de D. Paulo.

 

Sou, de longa data, seu eleitor e admirador, muito mais quando não se rendeu às benesses do poder e ajudou a fundar o PSOL. Assim, sou mais que seu companheiro da Comissão Justiça e Paz.

 

O motivo de minha mensagem é um texto que o Correio está divulgando, de apoio ao povo palestino.

 

Sem dúvida alguma que o povo palestino precisa de apoio político, humano e material em face da terrível postura do governo israelense, como nos bombardeios em Gaza que mataram mais de 1.300 pessoas; na política de ocupações na Cisjordânia, que inviabilizam a construção de um Estado Palestino; no bloqueio econômico e material aplicado a Gaza, que impõe duras condições de vida a 1,5 milhão de pessoas, das quais pelo menos 700 mil crianças etc. etc. etc.

 

Contudo, o texto, ao qual o Correio expressou apoio, faz uma grave injustiça ao Movimento Paz Agora, com quem mantive contato próximo em viagem a Israel, e cujos apoiadores brasileiros são, em boa parte, amigos pessoais meus.

 

A postura do governo israelense não reflete o consenso do povo israelense judeu. Pode até ter o apoio da maioria, mas não é consenso. Nesse sentido, cito como exemplos o Partido Meretz e o próprio movimento Paz Agora, que não se cansam de se mobilizar pela busca de uma outra política.

 

Não tenho procuração do Paz Agora, mas posso afirmar que sua política é direcionada à defesa de uma saída justa para os dois povos e, nem de longe, apóiam atos bárbaros e sandices como as que vêm sendo praticados pelo governo de Israel.

 

Assim, pedimos ao Correio que conceda este espaço para resposta, pois expondo injustamente o movimento pacifista de Israel vamos ajudar a enfraquecê-lo ainda mais e, pior, aumentar o campo oposto.

 

Estive conversando com meu amigo Moisés Storch, incansável batalhador pela cultura da paz, e sugeri, eventualmente, uma reunião para conversarmos e tentarmos articular algo que dê visibilidade e ajude, de alguma forma, o movimento pacifista israelense no Brasil.

 

Abraços cordiais,

 

Geraldo Majela Pessoa Tardelli.

 

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