A Amazônia é nossa!

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Ricardo Maranhão
13/03/2008

 

Um expressivo grupo de entidades e de patriotas vem se reunindo, com regularidade, no Movimento em Defesa da Economia Nacional – MODECON, com o objetivo de estruturar uma ampla campanha em DEFESA DA AMAZÔNIA.

 

O Movimento Nacional em Defesa da Amazônia – MNDA, aberto a todos os brasileiros, militares e civis, trabalhadores e empresários, jornalistas, intelectuais, estudantes, obedecerá ao princípio fundamental que norteou a campanha do PETRÓLEO É NOSSO: será absolutamente suprapartidário e reunirá todos os cidadãos emprenhados na defesa da Amazônia, independentemente de suas posições filosóficas, ideológicas ou religiosas.

 

No momento atual, fatos e circunstâncias compõem um quadro inquietante de ameaças sobre a Amazônia. Este quadro está a requerer a união e a resistência organizada de todos os segmentos da sociedade brasileira, para evitar a perda, para estrangeiros, desta enorme parcela do nosso território.

 

Que fatos e circunstâncias são estes?

 

O desmatamento, criminoso e irresponsável; a biopirataria, saqueando o nosso riquíssimo patrimônio genético; a intensa atuação clandestina (ou ostensiva) de ONG(s) estrangeiras, que agem livremente, sem qualquer controle governamental, explorando populações ribeirinhas, sonegando impostos, promovendo grilagem de terras, iludindo populações indígenas; a hidropirataria; o contrabando e o narcotráfico; a demarcação de terras indígenas, com áreas que chegam a superar a superfície de países europeus, inclusive na faixa de fronteiras, de forma contínua, como no caso recente da Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima (1,7 milhão de hectares - 17000 Km2 -, quase 4 vezes a superfície do município do Rio de Janeiro; o enfraquecimento das Forças Armadas, conseqüência do corte dos recursos orçamentários, dificultando o cumprimento da sua missão constitucional e a sua atuação na região, sobretudo nas faixas de fronteiras; a estratégia de grupos, alguns infiltrados no governo federal, que, a pretexto de defender os índios, e/ou o meio ambiente, impedem ou atrasam, em muitos anos, a implantação de projetos fundamentais para o desenvolvimento do país e a efetiva ocupação da Amazônia; a lei de gestão de florestas públicas, para alguns, permitindo o domínio de vastas extensões do território brasileiro por empresas estrangeiras, comprometendo a nossa Soberania.

 

E por que defender a Amazônia?

 

Porque ela representa 60% do território brasileiro. Sem a Amazônia o Brasil deixaria de ser um dos seis países continentais do mundo, ao lado da Rússia, China, Canadá, Estados Unidos e Austrália. País continente é aquele com mais de 7 milhões de quilômetros quadrados de superfície.

 

Porque a Amazônia é uma região riquíssima, com quase 15% das reservas de água doce do planeta.

 

Ela é a maior floresta tropical e sua biodiversidade não tem similar no mundo. Esta região tem recursos madeireiros extraordinários. Nela foi descoberta, em 1966, a PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS, com dimensões iguais ou superiores às de ABITIBI, no Canadá, e WITWATESRAND, na Austrália, as mais importantes do mundo. Na Amazônia já foram identificadas colossais reservas com o mais alto teor de minério de ferro do planeta, além de bauxita, ouro, cobre, diamantes, nióbio, cassiterita, caolim, petróleo e gás. Tudo leva a crer que as riquezas naturais são muito maiores, uma vez que apenas 10% do território amazônico foram mapeados geologicamente.

 

Este patrimônio incalculável nos foi legado pelos portugueses e consolidado pela ação destemida e competente de grandes brasileiros como Rio Branco, Plácido de Castro e outros, como Rondon e Artur Cezar Ferreira Reis, que sempre lutaram pela sua preservação.

 

Em respeito à memória destes heróis devemos defendê-la e preservá-la.

 

O grande ATO PÚBLICO para lançamento do Movimento Nacional em Defesa da Amazônia já tem data marcada. Será realizado na segunda-feira, 28 de abril, a partir das 17:00 horas, na Associação Brasileira de Imprensa – ABI. O local e a data são simbólicos. A ABI é a Casa da Imprensa Brasileira. Seu auditório foi cenário de grandes movimentos cívicos, como a campanha do petróleo, a luta pelas liberdades democráticas, as "diretas já" e outros. Abril é o mês no qual a Nação Brasileira homenageia Tiradentes.

 

Aproveito o magnífico espaço aberto pelo CORREIO DA CIDADANIA para conclamar todos os brasileiros à luta em defesa da Amazônia. Como o petróleo, ela também é nossa!

 

Ricardo Maranhão, engenheiro, é vice-presidente do Movimento em Defesa da Economia Nacional – MODECON.

 

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