Mídia manipula e sonega informações sobre recentes acontecimentos de Cuba

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Valéria Nader
07/05/2008

 

A renúncia de Fidel Castro, com respectivo repasse de suas funções para seu irmão Raúl Castro, já havia batido em cheio no velho apetite da grande mídia em tecer as suas especulações sobre os rumos de Cuba. Até aí, no entanto, somente divagações...

 

Mas e agora, com a efetiva tomada de medidas relativas à propriedade agrícola, à possibilidade de aquisição de artigos eletroeletrônicos e à circulação de residentes pelas áreas turísticas - dentre algumas com maior visibilidade em nossa imprensa -, como têm se posicionado os meios de comunicação?

 

As respostas a este questionamento têm fartamente, e facilmente, enveredado pela conclusão de que, finalmente, os cubanos se deliciam no paraíso do capitalismo. Não é preciso entrar em juízos de valor a respeito dos sistemas capitalista ou socialista para crer que se trata de mais um visão "precipitada" dos fatos.

 

Dormiram miseráveis os cubanos sob o socialismo e acordaram falando ao celular no jardim do éden?

 

A lógica de construção do processo revolucionário na ilha caribenha, mesmo se, hipoteticamente, caminhasse para uma derrocada, não autorizaria uma disjuntiva tão primitiva. E nunca é demais lembrar que a aposta na débâcle da ilha com o fim da União Soviética não se configurou, pelo menos por muitos anos, verdadeira.

 

As análises de Altamiro Borges e Salim Lamrani evidenciam alguns dos bastidores, solenemente ignorados por uma grande parte da imprensa, da complexa realidade cubana.

 

Veja também matéria de Gabriel Brito.

 

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