‘Imprensa de idéias tem que buscar sua vanguarda entre os trabalhadores, os estudantes, o povo’

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Valéria Nader e Gabriel Brito, da Redação
23/11/2011


Conversar com o jornalista Raimundo Rodrigues Pereira é como reviver os tempos de um outro jornalismo, autêntico e, ao mesmo tempo, efervescente, primordialmente movido pelo espírito investigativo e corajoso, e cujo objetivo essencial era buscar uma informação relevante para o público. Quesitos que estão a cada dia mais distantes das redações, em um mundo em que a função social do jornalismo parece já ocupar um lugar remoto.


Nesta entrevista exclusiva para o Correio da Cidadania, também reproduzida em vídeo em nossa página (em O jornal Movimento e a Mídia Alternativa), Raimundo discorre sobre a experiência do Jornal Movimento, do qual foi editor à época da ditadura (experiência agora retratada em livro organizado pelo jornalista Carlos Azevedo); sobre a mídia alternativa, de ontem e de hoje; a relação dessa mídia com o poder; a regulamentação social da mídia pelo Estado; e as perspectivas que se abrem com a crise do neoliberalismo e com o atual governo.

 

O jornalista acredita que o governo Lula criou oportunidades ao movimento popular, mas declara que não teve grandes ilusões com este governo, e tampouco as cultiva com relação ao governo Dilma. Neste sentido, para ampliar as possibilidades da mídia alternativa e progressista, Raimundo vê como grandes responsáveis as lideranças do movimento popular, os progressistas, os jornalistas. “Uma imprensa que tem uma circulação um pouco maior terá uma publicidade da parte desse governo, coisa que não existia na época da ditadura (...) Além do mais, formas de transmitir o que se pensa, do ponto de vista jornalístico, se multiplicaram com esses recursos novos, a internet, blogs, redes sociais...”, ressalta.

 

Veja abaixo entrevista completa.

 

Correio da Cidadania: Primeiramente, como o senhor situaria historicamente a experiência do Jornal Movimento, agora retratada em livro, na trajetória da imprensa brasileira, especialmente a imprensa conhecida como alternativa?

 

Raimundo Rodrigues Pereira: O jornal Movimento nasceu no contexto da distensão do regime militar, que acumulava problemas, como mostrou a eleição de 1974, um grande descontentamento, levando o governo Geisel a fazer a chamada distensão lenta, gradual e segura. Isso teve repercussão na oposição, que começou a se dividir. Nesse contexto, surge o Movimento. Éramos a equipe que fazia o Opinião, onde tivemos um desentendimento que culminou na saída de todo mundo. E também havia um grupo no MDB, autêntico, que embarcou de corpo e alma no projeto. Ele foi fundamentalmente de jornalistas e políticos. Dentro do movimento de massa também havia divisão. Tinha gente que achava que a abertura devia ser aproveitada para avançar, enquanto outros entendiam tal atitude como provocação. Nosso grupo entendeu que dava pra avançar um pouco e fizemos um jornal mais ligado às lutas sociais. O Movimento foi isso.

 

Correio da Cidadania: Que quadro comparativo seria possível estabelecer entre a imprensa alternativa à época do jornal Movimento e a atual? A mídia mais engajada social e politicamente, supostamente mais democrática, progressista e à esquerda do espectro político, caminhou de modo evolutivo ao longo dos anos?

 

Raimundo Rodrigues Pereira: Ela teve grandes mudanças. Inclusive, no lançamento do livro sobre o jornal Movimento, em uma espécie de apresentação que fazemos do livro - a diretoria do nosso projeto -, salientamos ser necessário reexaminar o quadro hoje para criar uma publicação com mais alcance e que representasse as necessidades do movimento popular.

 

Ao lado de inúmeras correntes que essa imprensa representa, devia se tentar o esforço de ter uma imprensa profissional do campo popular, com mais recursos, outra tarefa mais específica, resultante da união dos programas desses diversos órgãos.

 

O Movimento era um semanário que juntava um monte de correntes que ainda existem, como o MR-8, que hoje vai constituindo o Partido Pátria Livre. Vários movimentos e correntes do PT também eram do jornal, como, por exemplo, a Democracia Socialista, que editou o Em Tempo; tinha gente do Partidão, da Polop, democratas, empresários progressistas que apoiaram o jornal etc. Isso nos deu uma força muito grande.

 

Pra se ter uma idéia, o orçamento da nossa editora (da revista Retrato do Brasil), a Manifesto, é de cerca de 150 mil reais por mês. O Movimento tinha umas três vezes mais recursos, numa época que não havia praticamente nenhuma publicidade. Vivia do movimento de massas, vendas expressivas em bancas, assinaturas e também a venda mão a mão, uma vez que todos que se julgavam representados pelo jornal o vendiam.

 

Isso, a meu ver, reflete de certa forma o estágio de desenvolvimento do movimento popular. Muita gente, ao olhar o governo Lula e suas realizações sociais, não vê que questões cruciais ao avanço do país não são tocadas. É um governo que tem seus compromissos. Mas um ponto central de uma publicação ampla de tal tipo é a questão nacional. É preciso ver a questão nacional do ponto de vista dos trabalhadores.

 

Por exemplo: a última capa da Retrato do Brasil é sobre o Pré-Sal e o petróleo. O petróleo é extraído em águas profundas, precisa enfiar uma sonda a seis quilômetros em alto mar pra tirar óleo de lá. Uma sonda dessas é alugada a meio milhão de dólares por dia. Nós temos umas duas ou mais dezenas de sondas. E vamos precisar de outras. Se fizermos aqui só o casco, e toda a tecnologia mais alta vier de fora – de equilibrar a sonda em alto mar, analisar rochas por métodos avançados –, ficaremos com os empregos mais baratos e teremos enormes remessas de lucros por parte das multinacionais que se instalam aqui com tal finalidade. No final, o Brasil exportará petróleo e fabricará bens primários, de baixo valor tecnológico. Um tipo de desenvolvimento que reproduz, em outro nível, a dominação colonial, a dominação imperialista.

 

Um dado espantoso do governo FHC é que as remessas ao exterior não passaram de 5 bilhões de dólares anuais. A estimativa do BC para este ano é de 38 bilhões de dólares, só de lucros e dividendos. Portanto, a publicação precisaria de recursos para falar disso, não discursivamente, em palanque, mas mostrando os fatos com convencimento de um público amplo de que se trata de uma verdade de grande repercussão. Tal como nós fizemos, investindo três meses na matéria. Mas não temos recursos mais amplos, pra tocar isso e mais uma série de temas da atualidade. Não é como um semanário, muito mais eficiente no sentido de acompanhar conjuntura e movimentos sociais.

 

Correio da Cidadania: Como enxerga a mídia alternativa no Brasil de hoje, no qual vivemos formalmente uma democracia, pensando nas relações de poder?

 

Raimundo Rodrigues Pereira: Acho que está desempenhando um papel menor. Claro que tem de se levar em conta que a luta hoje é mais complicada, mais difícil. Não é uma luta por liberdade política, no sentido amplo, que pode juntar um monte de correntes. Como dizíamos, e muita gente não acreditava, o Movimento juntou setores da própria burguesia, do próprio latifúndio, grandes proprietários de terra e empresários que foram contra a ditadura.

 

Hoje não é assim. Trata-se de juntar as correntes populares para um tipo diferente de desenvolvimento, já com liberdades políticas amplas. E disputando com a imprensa burguesa, forte, que possui recursos muito maiores do que teríamos normalmente. Portanto, seria necessário um esforço intelectual e jornalístico de maior criação para fazer uma publicação que atendesse tal propósito, um semanário que congregasse essas forças todas.

 

Correio da Cidadania: De acordo com sua fala anterior, pode-se pensar que o governo Lula, com sua magia e simbolismo, acabou por desmobilizar os movimentos sociais e, na mesma medida, acabou por fazer o mesmo com a mídia alternativa, ofuscando um entendimento maior da conjuntura?

 

Raimundo Rodrigues Pereira: Eu sou de opinião de que o governo Lula criou oportunidades ao movimento popular, e que ele é o menos culpado. Quem tem grandes ilusões com o governo Lula (e Dilma) tem porque quer. Eu não tinha e não tenho. É um governo que desempenha um papel. Defendemos o governo Lula na questão do mensalão, dos aloprados, mostrando que existia um esforço pra desmoralizá-lo com uma história fantasiosa, de que o PT é o partido mais corrupto da história do país, aquela coisa que a revista Veja transformou num bordão e num jornalismo da pior espécie.

 

Correio da Cidadania: Mas não falta compreensão dos próprios movimentos populares da importância da comunicação na luta de classes, voltada a seus interesses, com esse mencionado poder de disseminação de idéias, pra competir, de fato, com o espaço ocupado por Vejas e afins? Não falta essa preocupação maior na pauta dos movimentos e populares?

 

Raimundo Rodrigues Pereira: Há questões que são da nossa responsabilidade, da responsabilidade das lideranças do movimento popular, os progressistas, os jornalistas, que devem aproveitar as condições dadas. Uma imprensa que tem uma circulação um pouco maior terá uma publicidade da parte desse governo, coisa que não existia na época da ditadura. Se somar à publicidade uma publicação que desperta um interesse maior, por contemplar de forma mais ampla o interesse do público, pode-se ter mais sucesso.

 

Assim, a questão é o modelo jornalístico, o que fazer para buscar esse público mais amplo, o que a meu ver subentende uma compreensão política da situação, a necessidade de criar mais massa em torno do movimento popular, o que não exclui a imprensa partidária e seus avanços, a imprensa temática, que tem suas preocupações específicas e também precisa continuar a existir.

 

Além do mais, formas de transmitir o que se pensa, do ponto de vista jornalístico, se multiplicaram com esses recursos novos, a internet, blogs, redes sociais...

 

Correio da Cidadania: O polêmico tema sobre a regulamentação da mídia ganhou força nos anos Lula. O que pensa da idéia de regulação social através do Estado, defendida por expressivos segmentos sociais, e as reações de repúdio da mídia tradicional?

Raimundo Rodrigues Pereira: Bom, existem questões que precisam ser tratadas pelo ponto de vista da lei. Com a revogação da antiga lei de imprensa, não existe mais regulamentação para uma série de questões. O direito de resposta: ele está assegurado a todos na Constituição. Não é brincadeira, mas acho que deveria existir uma lei como aquela que te permite reclamar da qualidade dos produtos. Te vendem um jornal mal acabado, mal revisado, com informações erradas... A qualidade de nossa imprensa também piorou neste aspecto, pois várias coisas foram feitas no sentido de reduzir o tempo de preparação da notícia, incentivar a busca pela última novidade etc. Esse é um aspecto.

 

O outro aspecto implica em tentar combater o controle claríssimo do grande capital sobre a grande mídia, regulando como eles vão usar o direito deles de se expressar livremente. Querer regular o que a Folha e o Estadão devem dizer é um esforço a meu ver inútil.

 

Se o governo quer se contrapor a isso, porque tem legitimidade política para tal, faça como o Getúlio Vargas. Getúlio fez o Última Hora, um dos melhores jornais que se inventou no Brasil. O Getúlio pegou um empresário de talento, Samuel Wainer, financiou, os bancos abriram crédito, e se fez um grande jornal. O Última Hora era um excelente veículo, em todas as áreas, política, cultural, um jornal animado, com colunistas brilhantes. Foi um enorme sucesso, com o surgimento de vários similares. E foi destruído pela ditadura. Por quê?

 

Porque tinha uma bandeira diferente. Não eram as elites tradicionais tentando jogar Vargas para trás do ponto para onde já tinha avançado. Em seu segundo mandato, era uma pessoa progressista, que estava vendo o problema da espoliação do país e seu desenvolvimento, com vínculos com a independência nacional.

 

Portanto, creio que regular essa mídia é malhar ferro frio. Não se vai conseguir fazer esses grandes jornais se comportarem de acordo com uma cartilha, com uma regulamentação pra eles. Nunca me sensibilizou muito essa idéia. Claro que deve existir lei pra concessão de rádios, TVs etc. Mas veja que os principais órgãos da imprensa, de modo geral, são os jornais escritos, porque é onde se reúne o maior aparato de intelectuais. Um jornal escrito, além de dezenas e dezenas de jornalistas, tem dezenas e dezenas de intelectuais, colaboradores, recursos. Tudo a serviço da investigação dos assuntos, apontando novidades, que viram assuntos do rádio, da televisão, que não possuem tal aparato.

 

Assim, é preciso ver a imprensa como um núcleo de intelectuais. Porque o jornalista é um tipo de intelectual também, de um certo nível, agregado a intelectuais que pensam as questões mais profundamente, menos ligados ao dia a dia, que vêm de uma visão da realidade. Não é uma coisa simples, mas é esse conjunto que deve ser criado, um conjunto amplo, principalmente quando nos vemos em época que não configura situação de isolamento do campo progressista, em nível global.

 

Vejamos que a União Soviética surgiu e se desenvolveu sob um cerco enorme, não tinha o acesso ao mercado que tem a China atualmente. Hoje, leio o Economist apostando no Yuan como moeda internacional dentro de dez anos. O Yuan no lugar do dólar em 10 anos! E eles entraram mundo afora com um regime que se diz “ditadura do proletariado”. Claro que se diz isso em relação a Cuba e, sempre que podem, em relação à China, mas não é por aí que se determina nada, a China está aí... Podemos comprar um carro de uma montadora chinesa estatal, para a qual o Faustão faz propaganda. A Jac Motors é estatal. E aqui no Brasil, quando se fala de criar uma estatal, dizem “que absurdo!”. O mundo está muito mudado e é preciso pensar nessa etapa que ainda enxergo como uma tentativa de construção do socialismo, que no Brasil possui inúmeras tarefas no sentido de mostrar o mundo tal como ele é hoje.

 

Correio da Cidadania: A atual crise do capitalismo, com o escancaramento dos desastres sociais e ambientais a partir do acirramento do neoliberalismo, poderá trazer parte do público cativo dos veículos mais tradicionais para novas fontes de informação, ainda mais com a internet cada vez mais ao alcance de todos?

 

Raimundo Rodrigues Pereira: Eu talvez seja excessivamente otimista, porque, em 1986, quando estes meios estavam mais ou menos delineados – o uso da computação para aprimorar o processamento da informação –, fizemos um jornal diário, que durou dois meses e nos deixou uma dívida monumental, porque achávamos que tinha chegado a hora de avançar, do ponto de vista da técnica. A world wide web ainda não existia, mas fizemos um projeto no FINEP, começando até a transmitir por rádios nossas comunicações...

 

Sempre torcemos pra realidade correr de acordo com nossos desejos. Fizemos esse jornal diário achando ser um momento de avanço com o fim da ditadura, com a idéia de usar tais recursos. No lançamento do projeto estavam Helio Bicudo, Ulysses Guimarães, num prédio do centro de São Paulo

 

Depois, mais recentemente, em 2000, achamos que a conjuntura tinha virado amplamente, quando da crise da Enron, a quebra das Pontocom, e fizemos uma edição da revista que tínhamos à época – Reportagem – intitulada “O vento virou”.

 

Mas a luta é difícil. Os americanos deram a volta por cima com o Bush, que fez aquela coisa escabrosa de aproveitar atentados da extrema-direita muçulmana contra as Torres Gêmeas pra promover duas guerras e ganhar a segunda eleição muito mais facilmente que a primeira. Depois, a crise veio em 2008, o Obama deixou a turma toda lá, pôs dinheiro em todos os bancos e a mesma crise voltou.

 

Já dizíamos em 1997, quando lançamos o projeto da revista Reportagem, que nesses termos o capitalismo não tem vida longa. Mas, às vezes, pensa-se que se trata de três, quatro anos, quando podem ser 15, 20. Os sinais hoje são de que realmente a crise tem esse desdobramento, de que foi se agravando a despeito das tentativas audaciosas de se manter o controle, a hegemonia. Acredito que o quadro futuro continuará se agravando no sentido de criar problemas a esse tipo de hegemonia política existente. Mas, para as idéias novas surgirem e frutificarem, demora tempo. O Iluminismo é anterior à Revolução Francesa, que veio bem depois.

 

Portanto, talvez não tenhamos achado as idéias novas. As pessoas acham que a novidade é o facebook! Nós temos de achar as nossas novidades, que entusiasmem o povo, que correspondam à solução dos problemas que temos pela frente.

 

Correio da Cidadania: Finalmente, mediante esta exposição de idéias, que tipo de postura política poderia, ou deveria, ter o poder público em prol de uma mídia com as características salientadas pelo senhor? Como enxerga as perspectivas do governo Dilma nessa trilha?

 

Raimundo Rodrigues Pereira: Deixa eu responder com um exemplo concreto. Nós, como estamos nessa estrada há muito tempo, ficamos pensando maneiras de obter apoio etc. Fizemos o projeto Retrato do Brasil, em 1984, para viabilizar esse jornal diário, de mesmo nome. Bolamos algo interessante, uma espécie de enciclopédia dos problemas brasileiros. Perguntávamos: “O que a ditadura militar resolveu dos problemas do país? E quais problemas criou?”. Fizemos verbetes, juntamos uma equipe grande. Para se ter idéia, o cartaz de propaganda tinha Lula, FHC, Maria Vitoria Benevides e Raimundo Faoro.

 

O que imaginamos recentemente? “Vamos reeditar o trabalho e vender para o governo”, porque existem mais de 30 mil exemplares nas escolas públicas e já houve Secretaria da Educação que pediu pra reeditarmos o trabalho antigo. Mas até agora não conseguimos vender para o governo. Bati portas, obtive pareceres ultra-favoráveis, porque a obra é realmente muito boa, e não conseguimos.

 

Eu estaria puxando os cabelos aqui se tivesse muita ilusão. Não tenho. Não é que não tentamos. Tentamos. Mas o governo não tem essa visão. Há amigos nossos que estão no poder que costumam dizer “essa mídia não desempenha um papel”, como se você fosse classificar as mídias pela quantidade de público que atinge. Teria que, obviamente, haver esse lado: se quer vender idéias e transformação, o governo deveria ajudar esse tipo de imprensa; se quer vender sabão OMO, vai ter que contratar o Faustão mesmo, porque nós não vamos ajudar nessa. Mas, como disse, esta não é a ótica que prevalece.

 

Continuamos buscando, mas o principal é buscar a unidade das correntes populares, dos jornalistas que trabalham nesses meios, pra ter mais recursos para a prática do jornalismo. Não se consegue, por outro lado, fazer uma publicação de amplo alcance se ela for muito ideológica, reduzida ao campo das idéias, pois os fatos ajudam a educar. A educação política do povo é freqüentemente baseada nos conhecimentos do dia a dia. Por isso a imprensa popular, no sentido burguês, digamos, está sempre em busca do crime mais espantoso, inédito, do herói, do grande atleta. A imprensa de idéias tem que buscar uma vanguarda entre os trabalhadores, os estudantes, o povo.

 

Valéria Nader, economista, é editora do Correio da Cidadania; Gabriel Brito é jornalista.

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