O Primeiro de Maio

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Gilvan Rocha
10/05/2010

 

O primeiro de maio passado, segundo o jornalista Fernando Barros e Silva, do jornal Folha de São Paulo, foi quentíssimo na Grécia, quando os trabalhadores, em manifestação de protesto, foram duramente reprimidos pela polícia em nome da sagrada ordem capitalista.

 

Na Espanha, França, Alemanha, Portugal, Áustria e Suíça houve mobilizações de trabalhadores, seguidas de grandes protestos. No Brasil, as coisas aconteceram de forma diferente. A corrompida Força Sindical promoveu, em São Paulo, uma grande festa com direito a discursos eleitoreiros encabeçados pelo presidente Lula.

 

Esses discursos foram seguidos por sorteios de casas e automóveis, acompanhados de música e dança, numa forma eficaz de anestesiar as massas populares e garantir a paz e a tranqüilidade, tão ao gosto da grande burguesia.

 

Isso sim é o modo "PT de governar", que tanto nos prometiam, como se fosse algo revolucionário, mas o que se tem verificado é a manifestação moderna do getulismo, ou seja, afagos aos pobres com assistencialismo e fartos lucros para a burguesia nacional e internacional.

 

Não foi por acaso que o presidente Barak Obama reconheceu ser Lula "o cara". Não foi por acaso que a cúpula do capitalismo internacional apontou o serviçal metalúrgico como o estadista do ano. Por essa mesma razão Lula foi incluído na lista dos 25 personagens mais influentes do planeta.

 

Diante de tão triste quadro, lamentamos que uma imensa legião de desavisados esteja sempre pronta a apoiar os pleitos eleitorais do PT e companhia. Não compreendem esses companheiros, por desinformação, que fomos enredados numa autêntica armadilha.

 

Como já dissemos, pratica-se no Brasil "a fórmula da trapaça", que consiste em destinar gordas verbas às centrais sindicais e estudantis para que se mantenham engessadas, enquanto se administra uma política populista para as grandes massas e, dessa forma, oferecer paz social aos capitalistas para que possam usufruir lucros sem que haja o menor rugido, o menor protesto dos explorados e excluídos.

 

Gilvan Rocha é presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos (CAEP).

Blog: http://www.gilvanrocha.blogspot.com/

 

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