Showmício de Lula em Israel?

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Raymundo Araujo Filho
19/01/2009

 

O que falta para trazer o embaixador brasileiro em Israel de volta ao país? Logo no início deste abominável GENOCÍDIO perpetrado por Israel contra o povo palestino escrevi um artigo, exigindo algo que me parecia óbvio, ainda mais depois do fato de que por uma questão meramente comercial o Brasil, através do chanceler Celso Amorim, sob as ordens de Lula, chamou "para consultas" o embaixador brasileiro no Equador.

 

Depois, Lula foi para a praia brincar de peixinho, enquanto Israel mata palestinos. Enviou o chanceler Celso Amorim para o teatro da guerra, com a lenga-lenga do pedido de paz e cessar-fogo, depois de Israel mostrar a que veio e já tendo desobedecido a diversas resoluções da própria ONU quanto à desocupação dos territórios palestinos, onde caem a maioria dos foguetes de fundo de quintal do Hamas.

 

Ou seja, o Hamas atira em invasores no próprio território ocupado por Israel ILEGALMENTE. E, não precisamos ser partidários do Hamas para perceber e entender isso. O artigo está no link http://inversoeaocontrario.blogspot.com/2009/01/.

 

De lá para cá, a situação piorou muito. Escolas bombardeadas, comboio da própria ONU atingido, 50% de crianças e mulheres entre os mortos e com sarcásticos pedidos de desculpas, posteriores.

 

Um ataque a um galpão da ONU, com bombas de fósforo branco, cujo incêndio é provocado por contato com o ar e não pode ser apagado com água, fez queimar todas as provisões de ajuda humanitária chegadas nos últimos dias, inclusive três toneladas vindas do Brasil.

 

Achei estranha a passividade com que o chanceler Celso Amorim tratou deste assunto.

 

A sua principal frase, em todo este episódio, foi quando, após tratativas que nada produziram, declarou: "Somos considerados OFICIALMENTE interlocutores no conflito." E toma reuniões que nada decidem...

 

E, note-se a omissão da mídia sobre o fato de que as pessoas que se manifestavam contra o Brasil, em frente à embaixada brasileira em Tel-Aviv, não o faziam somente contra a nota do PT. Mas também contra as falas de um membro do gabinete do presidente da República, o Marco Aurélio Garcia, que declarou ser Israel um Estado terrorista.

 

Com o recuo do obediente Marco Aurélio Garcia , que saiu de cena, absolutamente não há mais nenhuma fala firme contra Israel. Ainda mais com a infeliz frase do inefável presidente Lula, que disse que os palestinos MERECEM esta chance, de ter um Estado.

 

Os palestinos TÊM DIREITO, e não merecimento, a um Estado próprio. Assim, transcrevo um artigo postado no CMI (http://midiaindependente.org/), com o nome do autor sem referência de sobrenome, mas que considero muito pertinente e vem corroborar o que penso sobre o chanceler Celso Amorim, ao contrário do que afirmam os Lulo-petistas que o acham "o mais brilhante da história do país e um dos mais competentes quadros do Itamaraty". Nem a Pau, Juvenal!

 

Lamento que as manifestações pelo país, por estarem hegemonizadas por forças que apóiam fisiologicamente o (des)governo Lula, não coloquem como exigência do movimento popular que Lula chame, de imediato, o embaixador brasileiro em Israel.

 

Os motivos estão expostos no artigo abaixo, de autoria de Sergio Luiz, que não forneceu maior identificação.

 

Guerra? Que guerra?! Eu quero é voto!

 

Fazer campanha política em pleno conflito armado só podia ser coisa de brasileiro.

 

O ministro das relações exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse na Jordânia que "o Brasil está mais confortável para ajudar numa solução diplomática no atual conflito protagonizado por Israel e o Hamas. Afinal, o Brasil por não ser membro da OPEP, não sofre nenhuma pressão por parte da poderosa instituição petrolífera. O Brasil não tem interesse em poços de petróleo na região..."

 

O ministro chegou a Israel dizendo que sua missão era falar com a ministra local sobre sua "preocupação com dois brasileiros que estavam em Gaza e para retirá-los de lá". Porém, depois que a imprensa brasileira abriu as cortinas das verdadeiras intenções da viagem do ministro, ele finalmente se abriu: "O Brasil deseja muito ser membro permanente do conselho da ONU, conselho dos países com poder de veto, mas precisa muito dos votos dos países árabes e muçulmanos". Sendo assim, a viagem do ministro é totalmente eleitoreira.

 

O Brasil está fazendo campanha política em pleno e sanguinário conflito armado. Eta país malandro! Não está nem aí para quem morre ou quem vive, quem vai ganhar ou quem vai perder. Tanto faz, o importante é ganhar a simpatia dos "eleitores" e se consagrar naquela tão desejada cadeira no prédio da ONU.

Tomara que o ministro não seja doido de querer fazer um showmício na área com um grupo de pagode.

 

Raymundo Araujo Filho é médico veterinário homeopata e quer chorar e não tem mais lágrimas.

 

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