Correio da Cidadania

Edição 1030 – 26/09/2016 a 02/10/2016

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Luiza Erundina: “teremos um período de instabilidade seguida de ressignificação da política”

Por Gabriel Brito e Raphael Sanz, da Redação

 

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As eleições municipais se aproximam em meio a um “refluxo” político e social, desgastadas pela crescente deslegitimação da classe política. Ao lado disso, as campanhas parecem ter tido seu tempo acelerado em meio a um cenário nacional intenso e traumático, que levou ao impeachment do segundo presidente eleito por voto direto desde a redemocratização do país. Para uma reflexão sobre esse momento, da crise generalizada às eleições municipais, conversamos com Luiza Erundina, candidata a prefeita de São Paulo pelo PSOL, cargo que ocupou de 1989 a 1992.

 


 

 

POLÍTICA

 

Para além de esquerda e direita: a crise da representação se torna aguda

Por Marcelo Castañeda

 

Não há qualquer alternativa no horizonte nacional em termos de novas lideranças, que dirá na escala estadual. O desinteresse pela política produzido pela crise da representação, e acentuado pelo achatamento das eleições municipais sob perspectivas de pouca ou nenhuma mudança das configurações locais (que se projetam nacionalmente), mostra que a inovação e a renovação serão de baixa intensidade agora – e mais ainda em 2018.

 


 

Aproveitar a chance

Por Ronald Barata

 

Devemos sempre procurar mudar essa situação. Há vários candidatos decentes, coerentes, honestos e bons políticos, em vários partidos.

 


 

Sobre a anulação do julgamento dos PMs do Carandiru

Por Aline Passos

 

A redução do político ao jurídico como se este último não fosse, necessariamente, político, mais uma vez, opera contra todos nós. Assim, é preciso debater o Massacre do Carandiru como política de Estado, e não segundo uma ontologia criminal. Afinal, ao fazermos a opção pela última, perderemos sempre, como perdemos em mais essa ocasião.

 


 

Reforma da Previdência e uma legião de walking deads

Por Roberto Malvezzi (Gogó)

 

Daqui alguns anos, uma legião estará na Avenida Paulista, em frente ao prédio da FIESP, pedindo emprego ao Paulo Skaf. Lá estará o pessoal com Alzheimer, Parkinson...

 


 

As Teses de Abril e o Brasil atual

Por Antônio Julio Menezes Neto

 

A defesa de posições avançadas de enfrentamento com as classes burguesas não aparecem no contexto e as massas continuam apáticas e tentando “ganhar a vida”.

 


 

Nós erramos

Por Frei Betto

 

Fomos contaminados pela direita. Aceitamos a adulação de seus empresários; usufruímos de suas mordomias; fizemos do poder um trampolim para a ascensão social.

 


 

Pensando a longo prazo – Capital em crise, aporias marxistas

Por Wladimir Pomar

 

Se prestarmos atenção às discussões que continuam dividindo e embolando tanto os “marxistas” quanto “weberianos”, “keynesianos”, “shumpeterianos”, podemos sugerir que ainda há um vasto caminho a percorrer.

 


 

BRASIL NAS RUAS

 

Alunos que sofreram interferência da PM protestam contra mudanças no ensino

Por Caroline Oliveira

 

Para estudantes, medida provisória do Ensino Médio é golpe na educação do Brasil. Se implementada, haverá uma onda de retrocessos.

 


 

SOCIAL

 

As eleições na construção do projeto popular

Por Frei Marcos Sassatelli

 

Eleitor e eleitora, qual o projeto que você escolhe e quer para o Brasil? Quais os partidos políticos (mesmo pequenos) que hoje (e não no passado) apoiam e lutam pelo projeto popular?

 


 

ECONOMIA

 

Deputado ruralista prevê até 100 mil hectares de terras para cada estrangeiro

Por Alceu Castilho

 

Em entrevista ao InfoMoney, Newton Cardoso Jr (PMDB-MG), cujo pai tem empresas de celulose, fala em aprovação do projeto em 2016, como “presente de Natal para setores agrícola e florestal”.

 


 

Carta, à sociedade brasileira sobre a estratégia da Petrobrás

Por Felipe Coutinho

 

A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) reitera que existem alternativas ao plano de privatização que está sendo realizado e que pode alienar cerca de um terço do patrimônio da estatal. Nenhum país se desenvolveu exportando petróleo por multinacionais. Nenhum país, continental e populoso como o Brasil, se desenvolveu exportando petróleo cru ou matérias primas sem valor agregado, mesmo que através de companhias nacionais, estatais ou públicas.

 


 

Entrevista com um coxinha

Por Paulo Metri

 

Um jovem recém-eleito com seu grupo para o Diretório Acadêmico de uma escola de Engenharia ficou encarregado da área de comunicação. Uma de suas primeiras atividades foi fazer uma entrevista com determinado professor para o jornal do Diretório.

 


 

INTERNACIONAL

 

 

Comissão parlamentar inglesa quer suspender vendas de armas aos sauditas

Por Luiz Eça

 

Boris Johnson, o secretário do Exterior do Reino Unido, baseou-se no inquérito saudita para declarar que dava nota 10 em comportamento para a aviação saudita. Mas os deputados ingleses preferiram dar ouvidos ao relatório da ONU e a denúncias cabeludas de organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch.

 


 

Guerras extrativistas na Bolívia

Por Eduardo Gudynas

 

De um lado o governo e de outro os mineiros, lutando para controlar os excedentes que provêm da exploração de recursos naturais, para assegurarem a maior fatia possível de sua rentabilidade econômica. Nem eles e nem os analistas ou meios convencionais de comunicação estão debatendo, por exemplo, se é apropriado seguir com este tipo de mineração, nem sobre seu custo social e ambiental ou seu real benefício econômico, nem ainda sobre sua inerente violência.

 


 

Turquia: “paquistanização” e o golpe de julho de 2016

Por Ramez Philippe Maalouf

 

Um Oriente Médio implodido e submisso aos EUA era e continua sendo o melhor caminho para apertar o cerco à Rússia e à China, cujas capitulações, se ocorrerem, garantirão o controle absoluto da Eurásia, assim como a hegemonia mundial. Erdogan foi membro do Partido do Bem-Estar, de tendência liberal-conservadora “islâmica”, até este ser banido por um golpe militar “suave” em 1997. Pelo visto, este foi o último golpe militar kemalista a ser autorizado pelos EUA.

 


 

 

A Batalha de Gênova (5): Escola Diaz, a repressão a frio

Por Gregório Maestri

 

O Correio republica uma série análises de Gregório Maestri sobre a violenta repressão da polícia italiana aos protestos antiglobalização em Gênova (Itália), no encontro do G-8 realizado na cidade há 15 anos – entre 19 e 22 de julho de 2001.

 


 

Abbas: independência em 2017

Por Luiz Eça

 

A comunidade internacional tem suas mãos atadas pelo veto de um país que se autointitula “excepcional” e “imprescindível”. Só que é também senhor do mais poderoso exército do mundo e da não menos poderosa economia, qualidades que pesam bem mais do que a justiça. Por tudo isso, é de se crer que, caso Abbas insista em apresentar sua causa ao Conselho de Segurança da ONU, provavelmente não conseguirá nada.

 


 

Brasil e Estados Unidos: a influência do jornalismo tradicional

Por Virgílio Arraes

 

A polêmica veio a lume em decorrência da visita do dirigente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, a Brasília. De acordo com o New York Times, o presidente Obama teria destinado a seu correspondente brasileiro, Lula, uma carta de três páginas.

 


 

México: dois anos da matança de Ayotzinapa

Por Eliana Gilet, da Cidade do México

 

Neste artigo, a autora se reuniu com integrantes do “plantão”, um tipo de acampamento levantado na Cidade do México em memória “de los 43”.

 


 

MEIO AMBIENTE

 

O triste futuro de nossas águas

Por Marcelo Pompêu

 

É possível vislumbrar que no futuro toda massa de água paulista poderá passar pelos mesmos problemas que hoje passam os rios Pinheiros e Tietê e o reservatório Guarapiranga e o braço Rio Grande (Complexo Billings), localizados na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), todos com água de péssima qualidade.

 


 

Um borbônico no Ministério de Minas e Energia

Por Heitor Scalambrini Costa

 

Aqueles que defendem que o país não precisa de energia nuclear não têm nenhum preconceito. Suas posições são determinadas pelo conhecimento dos impactos causados por tal tecnologia, diferentemente do senhor ministro, que nada sabe.

 


 

CULTURA E ESPORTE

 

Futebol-negócio surreal, valores obscenos

Por Irlan Simões

 

A verdade é que o futebol-negócio, tão falado e idealizado no apogeu do neoliberalismo, se existiu mesmo, teve uma vida muito breve. A sujeira que vez ou outra escorria pelas frestas agora nem precisa mais ser questionada.

 


 

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