Correio da Cidadania

A ilegitimidade do novo golpe-fraude em Honduras

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Com pesar, estamos vendo que as esperanças fundadas em um novo processo eleitoral marcariam um novo rumo, com a esmagadora participação do povo hondurenho em nome dos quatro maiores partidos partidos políticos (dois do bipartidarismo e dois das novas forças emergentes LIVRE e PAC).

 

Mas ficou claro que os partidos pequenos, antigos e recentes, não chegam ainda nem a pequenos. Sempre foram substuindo a vontade popular com suas opiniões equipadas e acompanhadas de regalias econômicas e algumas vantagens na participação de uma casta malígna e tradicioal de funcionários públicos.


É por isso que, diante de um novo golpe de Estado, gerado por fraude oficialista, não há mais como afirmar diante de nacionais e estrangeiros que esta patranha venha a encher de mais ilegitimidade o já ilegítimo mandato de Porfírio Lobo Sosa, que segue prestando-se ao jogo dos golpistas velhos e novos.

 

Não resta mais nada ao povo hondurenho, inclusive aos mesmos eleitores ingênuos do partido do poder, por terem sido manipulados, portanto, são muito poucos os que celebram tanta vergonha. É claro que Porfirio Lobo Sosa, que nunca mostrou sinais de ser um governante, não conseguiu sequer cumprir acordos com os presidentes da América do Sul que o ajudaram a tentar salvar sua ilegitimidade.

 

 

O povo hondurenho nesses momentos já aumenta seus níveis de indignação e os estudantes da Universidade Nacional e da Universidade Pedagógica Nacional responderam com prontidão e coerência, desconhecendo os fatos, pois também têm sido usados como guardas e observadores de um processo que nas urnas manteve uma participação transparente do povo hondurenho.

 

Povo cuja vontade tem sido traída por membros também ilegítimos do Tribunal Superior Eleitoral Hondurenho, que sequer permitiram a oportunidade de alcançar uma maior paridade em sua formação, uma vez que foram demonstradas as novas forças políticas emergentes a partir das eleições internas.

 

Isso os faz ainda mais ilegítimos e o povo hondurenho os vê quase como os únicos responsáveis de qualquer desastre que possa ocorrer, a partir de sua participação na legitimação de uma fraude anunciada por nacionais e estrangeiros.

 

Esperamos que o povo hondurenho e seus organizadores possam portar-se à altura das circunstâncias e conduzir o país a uma saída que venha a reverter um processo fraudulento de contagem das urnas eleitorais, o qual tem sido conduzido com a maior irresponsabilidade.

 

Esperamos que os povos e governos da região e do mundo não continuem prestando o reconhecimento de tanta ilegitimidade, que unicamente acarretará em mais pobreza e dolo material e espiritual ao povo hondurenho.

 

 

Mario Ardon é professor de agro-ecologia e já realizou diversos trabalhos de campo com comunidades tradicionais do país. Trabalha no grupo Ajintem Derechos, que presta auxílio a imigrantes internacionais.

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