Correio da Cidadania

O enigmático golpe contra Lula (3)

0
0
0
s2sdefault

Parte III

 

Os governos Lula e o pseudogolpe

 

No desenvolvimento deste tópico, tentarei evitar conceituação, opinião ou análise. Pretendo ater-me a fatos indesmentíveis. Não adentrarei em casos de corrupção, inerente a modelos concentradores e indissociável do capitalismo. Mas também não vou apresentar um texto trincado; nem hipócrita isenção.

 

Lutei muito contra as privatizações tucanas, inclusive tendo que superar a desfaçatez de inúmeros cutistas que nada faziam, principalmente nas privatizações do estado do Rio de Janeiro, no governo Marcello Alencar, como no caso BANERJ e outros. Mas, cinicamente, apresentavam discurso contrário à privataria. Tenho farta documentação.

 

Entretanto, essa é uma etapa das privatizações em que os atores já são bastante conhecidos e desmoralizados. O livro “A Privataria Tucana” desnuda, mais uma vez, as grandes negociatas por detrás daquelas privatizações. É um triste episódio de nossa História que, por ser do domínio público, dispensa comentários neste texto. Vou direto à etapa seguinte.

 

Em 1987, participei de um debate realizado no luxuoso hotel Sofitel, em Copacabana, promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Lula foi o outro sindicalista convidado. Diante da “seleta” plateia, composta por empresários e banqueiros, houve o mais significativo silêncio quanto às minhas falações. Lula conquistou aplausos.

 

Alguns fatos

 

Quero, de início, chamar atenção para dois fatos ocorridos em novembro de 2002, com Lula já eleito, mas não empossado:

 

1º) O jornal Folha de S. Paulo noticiou que Lula passara um fim de semana na fazenda da família Moreira Salles, em Araxá-MG. A família é coproprietária da Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração em sociedade com a multinacional Molybdenium Corporation – Molycorp, subsidiária da Union Oil, por seu turno, empresa do grupo Occidental Petroleum – Oxxi (tudo em casa). Atua também em Amsterdã, Singapura e EUA. Explora o raro mineral NIÓBIO, indispensável para a criação de superaços, fabricação de mísseis, centrais nucleares, turbinas, naves espaciais, aviões, centrais elétricas. Os EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro; não possuem sequer um grama do mineral (exceção da França). A CBMM é dona da maior reserva mineral de nióbio do mundo, em Araxá, com valor não estabelecido, mas calculado em trilhões de dólares.

 

A família vendeu 15% de suas ações à empresa estatal japonesa, Japan Oil, Gas and Metals National Corporation, em parceria com um fundo de investimento coreano que representa os interesses da China. Tudo com a conivência do governo de Minas Gerais. Para as transações, funcionou um gigantesco e fértil campo de corrupção. Pecaminosamente, exporta-se o magnífico mineral desenfreadamente e a preço subfaturado. Porém, enorme quantidade é contrabandeada. Já houve denúncias de várias instituições e personalidades, inclusive de membros das Forças Armadas, mas o governo federal não tomou nenhuma providência e assiste a tudo com complacência e a aprovação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). É muito estranho que essas reservas do mineral estratégico e raro (cerca de 96% das reservas mundiais estão no Brasil) não tenham sido federalizadas. É gravíssima omissão do governo federal. Há grandes reservas em Goiás, Amazonas e em Raposa Serra do Sol. Em outros quatro países, as reservas que possuem não chegam a 4%.

 

2º) AO SAIR DE AUDIÊNCIA com o então presidente George Bush, em Washington, Lula anunciou que o presidente do Banco Central seria o Sr. Henrique Meireles, homem da absoluta confiança das “Think Tanks” das trezentas famílias. Tanto é que foi presidente internacional do Bank Boston (segundo maior credor do Brasil), o que só é possível com indicação ou aprovação do Ministério Rockefeller. Será que todo o Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN) não sabia disso? O banqueiro comandou a economia brasileira durante oito anos, com status de ministro, conferido por Lula, devido a acusações que lhe pesam de evasão de divisas, sonegação fiscal e falsidade ideológica. Acima do bem e do mal, não foi investigado. Cumpriu sua missão: conferiu extremados privilégios ao setor financeiro. Em recentes declarações, Lula afirmou que “nunca na história deste país, os banqueiros ganharam tanto dinheiro”.

 

A dívida pública

 

 

Fernando Henrique assumiu em 1995 com uma dívida de R$ 60 bilhões. Passou o governo a Lula, em janeiro de 2003, com a dívida em R$ 687 bilhões.

 

A Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), competente e sério grupo de voluntários, coordenado pela brilhante economista Maria Lucia Fattorelli, afirma que o estoque da dívida brasileira em 2011 superava a TRÊS TRILHÕES E TREZENTOS bilhões de reais, da seguinte forma: DÍVIDA INTERNA: R$ 2.536.065.586.017,68; DÍVIDA EXTERNA: US$ 492.385.201.828,23 (‘A Dívida Pública em Debate’- ACD - páginas 28/29).

 

Em 2012, pagou mais R$ 1 trilhão de reais referentes a juros e amortizações da dívida e mais a chamada rolagem. O governo apresenta cifra menor, pois considera apenas juros reais, quando o honesto é computar os juros nominais, isto é, incluir a correção; o que é pago, mais as amortizações e despesas com rolagem ou refinanciamento.

 

Entretanto, o mais grave é que a maior parte dessa dívida que começou a crescer em 1970 é ilegal e ilegítima, conforme muitas vezes denunciado e comprovado pela Auditoria Cidadã e pela CPI da Dívida em 2009/10. Há ainda o tal Carry Trade, verdadeira farra dos especuladores que fazem empréstimos no exterior a juros de 0,25% a 2% e trazem os dólares para emprestar ao Brasil, sendo remunerados aos juros mais altos do mundo. E mais: em 2007, quando o governo federal gastou R$ 237 bilhões com juros e amortizações da dívida interna e externa, sem contar o refinanciamento, ou seja, a rolagem da dívida, o governo isentou de Imposto de Renda os rendimentos auferidos por “aplicadores” estrangeiros, só restabelecendo a cobrança ao final do governo. O Banco Central (BACEN) compra os dólares trazidos pelos especuladores, assim como os recebidos pelos exportadores, e aplica em títulos do Tesouro Americano, que rendem menos de um terço dos juros pagos pelo governo brasileiro pelos títulos da dívida interna. Os prejuízos do Banco Central são recorrentes: em 2009, R$ 147 bilhões; 2010, R$ 50 bilhões; 2011(1º semestre), R$ 44,5 bilhões. O Tesouro cobre, isto é, nós, os contribuintes.

 

Apesar de ter assumido compromisso, o governo Lula não realizou auditoria dessa dívida. O Equador fez auditoria, contando com a colaboração do grupo brasileiro da Auditoria Cidadã. Restou comprovado que 70% (SETENTA POR CENTO) do que se apresentava eram manipulados, inexistentes. O presidente Rafael Correa convocou os credores e ofereceu pagamento de apenas 30%, alertando que quem não aceitasse procurasse a Justiça. Noventa e cinco por cento dos credores aceitaram o acordo. Os cinco por cento que não fizeram acordo, nem recorreram à Justiça, sumiram.

 

Outros países começam a estudar a realização de auditoria: Grécia, Argentina e Irlanda. No Brasil há um precedente importante. O governo Vargas, em 1931, mandou auditar a dívida. Comprovou-se que mais de 50% era ilegal e o estoque foi reduzido. Hoje, infelizmente, não há vontade política dos governantes, nem pressão dos organismos sociais, de se levantar a dívida verdadeira. Apesar de a maior parte do orçamento, 47,19%, destinar-se ao pagamento desse absurdo. Elementos simpáticos ao governo contestam esses números, apenas em discursos, sem apresentar comprovações conforme faz a Auditoria Cidadã da Dívida.

 

Petróleo

 

A Lei 9478/1997 pôs fim ao monopólio estatal do petróleo, criou o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), presidido pelo ministro de Minas e Energia, e a ANP (Agência Nacional de Petróleo), autarquia implantada em 1998 pelo Decreto 2455. A ANP concede à sua diretoria (diretor geral + quatro diretores, nomeados pelo presidente da República) autonomia e imensos poderes, inclusive o de elaborar a política nacional de petróleo e gás. O item IV do Decreto atribui à Agência a “Regulação Pautada na livre concorrência, na praticidade....”. Em suma: pode distribuir concessões para exploração de bacias sedimentares, inclusive a empresas estrangeiras, como tem feito. Igual ao Banco Central, suas portarias têm força de lei. Antes, havia o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), criado em 1938, do qual faziam parte os três ministros militares mais o ministro da Fazenda e o do Trabalho. Ao contrário da ANP, estatizou imediatamente todas as operações em curso e só permitiu a iniciativa privada em refinarias. Criada a Petrobras, passou para a empresa todas as informações que detinha. Por sua vez, a Petrobras repassou todas as informações para a ANP. Sessenta por cento (60%) das ações da Petrobras foram privatizadas.

 

A AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobras) e outros organismos têm comprovado, através de competentes trabalhos, a atuação lesiva aos interesses nacionais dessa Agência. Lula prometera restabelecer os princípios da Lei 2004 que criou o monopólio estatal. Todavia, limitou-se à Lei nº 12.351/2010, que não mudou o marco regulatório para os campos abertos (regime de concessão), instituindo o regime de partilha apenas para o pré-sal. Contrariando todos os segmentos nacionalistas, Lula vetou o artigo 64 dessa Lei, que era uma emenda apresentada pelo senador Pedro Simon, que não permitia a devolução em petróleo dos royalties pagos em dinheiro pelo vencedor de uma licitação que produza petróleo. Na prática, é isenção de imposto. A emenda teve inspiração da AEPET e de todos os seguimentos nacionalistas. O Wikileaks, ratificando a AEPET, comprovou que o veto foi por pressão do governo americano e do cartel internacional do petróleo. Assim, concede-se isenção de impostos (devolução dos royalties), cujo montante até 2020 é estimado em US$ 30 bilhões. As alterações do marco regulatório para o pré-sal, através dessa Lei, só foram divulgadas após uma visita de Lula, acompanhado da ministra de Minas e Energia, ao presidente Barack Obama.

 

Já foram privatizados, tirando da Petrobras, 41,7 mil km² da reserva do pré-sal, ou seja, 28% de toda a província. Para conhecer melhor, deve-se acessar o site da AEPET e os trabalhos do geólogo João Victor Campos e do engenheiro Fernando Siqueira. Lula criticava com veemência os leilões de bacias sedimentares, mas realizou vários, suspendendo-os quando da descoberta do pré-sal. Porém, o governo Dilma já anunciou que serão retomados a partir de abril.

 

As privatizações e a oligopolização da economia

 

“É basicamente através do BNDES que nós estamos organizando o capitalismo brasileiro. As pessoas não sabem disso. Mas nós estamos reorganizando o capitalismo brasileiro”, Fernando Henrique Cardoso em entrevista à revista Lua Nova, em 1997.

 

O BNDES concede financiamentos a taxas que vão de 4,5% ao ano (PSI – Programa de Sustentação de Investimento) a outras um pouco superiores, mas sempre abaixo da taxa SELIC. Usa, geralmente, a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), de 6%. Deve destinar os financiamentos às micro, pequenas e médias empresas, apoiar a agricultura, infraestrutura (saneamento, transporte, energia), investimentos sociais (educação, saúde), máquinas e equipamentos fabricados no país, incremento às exportações.

 

Todavia, igual a FHC, Lula e Dilma usaram recursos do banco para financiar privatizações, até para empresas estrangeiras. Em 2011, o governo privatizou o terminal de São Gonçalo do Amarante-RN. Seguiu-se a dos três principais aeroportos do país, que respondem por 30% do fluxo de passageiros e 57% do movimento de carga. O BNDES financiará de 80% a 90% dos itens financiáveis, para entrega do controle por 180 meses para as vencedoras de Guarulhos e Campinas e 240 meses para a de Viracopos. Privatizou 2,6 mil quilômetros de rodovias federais para o grupo espanhol OHL, por 25 anos. Concedeu, por 30 anos, à Vale, 720 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul. Privatizou as hidrelétricas Santo Antônio e Jirau. E algumas reservas petrolíferas. E impõe “parcerias" aos três maiores fundos de pensão do país, de estatais.

 

Prática predatória

 

O TESOURO CAPTA centenas de bilhões de reais pagando juros à taxa Selic (10,75%, 17% etc., conforme o ano), e os transfere para o BNDES, que empresta a empresas a juros baixos, para aquisição de outras empresas, fugindo às finalidades do banco. Recursos públicos usados para criação de megacorporações privadas, inclusive financeiras. FHC oligarquizou o ramo financeiro aplicando essa política. Bancos engoliram outros bancos. Lula praticou essa política em outros segmentos da economia, principalmente empreiteiras (mas não só). Camargo Correia, Odebrecht, Queiroz Galvão, Mendes Junior etc. agigantaram-se graças a juros subsidiados e passaram a atuar em vários setores da economia, como: petroquímica, transportes, administração de estradas, ferrovias, energia, siderurgia, têxtil, calçados, serviços de saúde, fundos de investimentos etc. e passaram a atuar no exterior.

 

A Andrade Gutierrez é dona da Telemar, que é dona da OI, que comprou a Brasil Telecom (Contax) graças ao BNDES ter emprestado R$ 2,6 bilhões em 2008 e R$ 4,4 bilhões em 2009. Na operação, houve denúncias de doações a parentes de pessoas do governo. Essa empreiteira hoje tem também as seguintes empresas: Sanepar, Aeris, Dominnó Holding S.A., Water Port S.A., Corporación Quiport, CCR- Cia. de Concessões Rodoviárias, RME – Rio Minas Energia.

 

A JBS Friboi (carne bovina) recebeu empréstimo de uma só vez de R$ 7,5 bilhões e entrou no mercado de capitais em 2007. Adquiriu a Swift Armour Argentina, a Swift Foods & Co., dos EUA, a Inalca (Itália) e a Tatiara Meat Company, da Austrália. Lançou debêntures e o BNDES adquiriu 65% por R$ 2,2 bilhões. E mais: em 2009 o BNDES jogou na Bertin a fábula de R$ 5,7 bilhões, logo depois comprada pela JBS, surgindo uma nova holding, que comprou a Pilgrim’s Pride. Lançou debêntures no total de R$ 3,4 bilhões e 99% foram compradas pelo BNDES. As operações não criaram nenhum emprego no Brasil.

 

O Banco do Brasil e a CEF também foram usados. O primeiro comprou 49,99% das ações do Banco Votorantim, pagando o preço de todo o banco que estava praticamente falido. E o BNDES concedeu R$ 2,4 bilhões para a Votorantin Papel e Celulose comprar ações da Aracruz Celulose, que estava em dificuldade. Lula não cumpriu a prometida revisão da privatização da Vale (do Rio Doce), das teles e das elétricas, que envolvem a segurança nacional. Sua política foi a mesma de FHC: o Estado fica com os prejuízos e os ganhos ficam com os magnatas.

 

Há muito mais temas para citar, como os privilégios para o agronegócio, a reforma da Previdência de 2003, a “desoneração da folha”, não revalidação da Convenção 158 da OIT... Assinou Acordo Militar com os EUA, ressuscitando o que fora denunciado pelo general Geisel.

 

Encerramento: é Lula um apedeuta?

 

Muitos pensam ser Lula um ignorante, por não ter concluído o curso primário. Não é. Além da qualidade de liderança, tem em seu currículo alguns cursos. Exemplos: em 1968, fez curso de sindicalismo no IADESIL (Instituto Americano de Sindicalismo Livre, criado pela AFL-CIO - American Federation of Labor-Congress of Industrial Organizations –, a central sindical dos EUA, com vínculos com a CIA - Central Intelligence Agency).

 

O instituto instalou-se em São Paulo em 1963, quando a CIA preparava o golpe de 1964. Ministra cursos de sindicalismo com a ideologia do imperialismo norte-americano, com maquiagem de esquerda. Levou a CUT a filiar-se à AFL-CIO, triste episódio numa fatídica plenária nacional da central, da qual participei, posicionando-me contrariamente.

 

Segundo o livro “Jogo Duro” do empresário Mario Garnero (páginas 130/5, Editora Best Seller, 1988 - teve várias edições e nunca foi desmentido), Lula fez curso de sindicalismo, em 1973, na Johns Hopkins University - Baltimore-Maryland, EUA.

 

Logo, Lula não é ignorante. Sua primeira e importante tarefa foi cumprida à risca. Era a de ajudar a impedir a chegada de Leonel Brizola à presidência, pelas razões conhecidas. Inteligente, coloca em prática com mestria os projetos que recebe para desenvolver, mobilizando todas as instâncias políticas, governamentais, empresas, instituições sociais, mídia.

 

Ora, por que razão o governo mundial golpearia tão importante colaborador? Pode até já não mais haver interesse nesse personagem, devido aos profundos desgastes dele, de seu partido e aliados. Poderão descartá-lo, pois não faltam substitutos, nem novos nem os experientes que já governaram e hoje são oposicionistas. Mas, daí a ser um golpe, há uma distância abissal. Os abundantes casos de corrupção, que foram denunciados por insatisfeitos próceres do próprio governo, deixam claro que deve haver dossiês prontos, para serem usados na hora propícia. Problema deles. “Quem com porcos se mistura...”.

 

Em tempo: provavelmente há também grande insatisfação dos acionistas da Petrobras e da Eletrobras, principalmente os estrangeiros, com as pesadas perdas que vêm sofrendo.

 

 

Leia também:

 

O enigmático golpe contra Lula (1)

O enigmático golpe contra Lula (2)

 

Ronald Barata é bacharel em direito, aposentado, ex-bancário, ex-comerciário e ex-funcionário público. Também foi militante estudantil e hoje atua no Movimento de Resistência Leonel Brizola. Autor do livro O falso déficit da previdência.

Comentários   

0 #4 RE: O enigmático golpe contra Lula (3)marcflav 18-02-2013 22:42
A mídia-do-diabo e o ex-Ceo sr Lula da Siva
por Marc Flav, 10 de fevereiro de 2013
... não se pode negar o carisma do cara...ele é daqueles que gostam de falar ao microfone, aprendeu desde cedo a comunicar-se com o microfone, sabe pausar, prender a atenção, contar a estória, um puta comunicador, usando a retórica dos bardos antigos... que imaginação fértll, de homem do interior indo em busca do eldorado perdido chamado emprego, agenda pra cumprir e destino certo pra trilhar!... vive do seu passado, da memória do seu passado, que ninguém pode lhe tirar - e se aproveita naturalmente disso - é a sua vida, dentro do sistema, e ele a representa totalmente, integrado dentro dos meandros do poder... ele ascendeu, faz parte das elites, e se orgulha disso, de ser um vencedor, de ter saído do interior de pernambuco para vencer em sampala... e credita a pecha de burgueses invejosos à oligarquia adversária que o despreza, ou por xenofobia, ou "pelas abobrinhas", ou pelo falso conteúdo moral que naturalmente ele deseja compartilhar, como todos os representantes do sistema, (e que a mídia reproduz, incontesti), ... ora, ora, mas é exatamente assim que funcionam as classes, na luta pelo poder, pelo controle do estado, e os novos mandarins da res-pública o são exatamente por isso, por inveja da burguesia já instalada nas tetas dos cofres públicos, é é assim que tem sido em muitos lugares, em muitas épocas, e chamam a isso de democracia... cabendo à midia escancarar ou esconder as mazelas conforme interesses dos poderosos donos do dinheiro, valendo-se mais ou menos das máscaras da vez do sistema...tem pra todo mundo mas acabou... agora só pra alguns... ano que vem tem mais emprego, concurso, tem mais cargo, tem mais orçamento... tem mais futebol... tem mais eleição... Seu "concorrente maior" seria talvez o silvio santos, que jogava dinheiro pra platéia, num "flagrante" desrespeito à sociedade de massas, numa ostentação digna de um imperador sanguinário, porém ao mesmo tempo outro grande comunicador, circense..... Foi o que me faz refletir sobre a questão do exceo sr lula da silva dizer, sincero,que fala muita abobrinha... soa também como uma artimanha de cordelistas na hora da performance... os bardos aprendem desde cedo a se virar nos 30s, quando falta conteúdo! porisso fica bem visível que ele é simplesmente mais um produto dessa mesma mídia que, ao que ele diz, o magoa, e é injusta... duplo-padrão, ao que parece, ou, usando metáforas pra simplificar, mais ou menos como o significado de farinha & saco, conteúdo & forma, voz & tom, numa espécie de disputa de campeonato, recriadas pela imaginação da ralé como deuses do Olimpo.. E como a Política é encenada, pela mídia, numa consecução mais próxima da politicagem dos combates entre heróis, precisa, para representar as personagens mitológicas, das figuras de um semideus, do mecenas, do protetor patriarcal, e também do ditador, do tirano, e dos novos mandarins da res-publica... pois quem sustenta a "realidade" da agenda do poder concedente do estado é a mídia, ela é quem faz a cabeça e é "fazida" pela cabeça das massas...enfim, se é aceita como válida a hipótese das massas desejando satisfação de se realizarem num vencedor, líder inconteste que as guiará, a multidão silenciosa, através do abismo da vida subordinada à violência autorizada pelo estado, então é aqui que a velha mídia entra, refletindo-se, ora na ralé, ora nas elites, forjando e alimentando-se das necessidades das multidões silenciosas... a mídia é a interlocutora, o diabo que leva-e-traz as notícias entre os palácios e a ralé, é ela quem pode tudo mostrar e tudo esconder no rosto do comunicador.... pois assim que uma personagem entra no circuito midiático ela é rapidamente estereotipada para satisfazer as necessidades do establishment... e se quizermos compreender a carreira, a memória, os feitos e desfeitos do exceo sr lula da silva temos que considerá-lo mais como um resultado da mass media, nessa antropofagia midiática chamada brasil ... deve-se também examinar as tacanhas análises dos ideólogos de plantão: se para alguns é considerado de esquerda por não seguir a agenda do estabilishment , ele será de direita quando seguir a agenda do estabilishment... ou seja, de qualquer forma ele está preso ao sistema, ele não tem um pé dentro do sistema e outro fora do sistema... ele tem os dois pés dentro do sistema, um na agenda do estabishment e outro contra a agenda do estabilishment... e é por isso, e somente porisso, que os ideólogos da mídia o chamam de estadista: costurou um arco de alianças que finge contemplar, ou contempla provisoriamente, os interesses de praticamente todo o sistema brasil, - da qual ainda é presidente - só que agora do conselho de acionistas, digo, dos interesses econômicos que mantém em funcionamento a bocarra insaciável do sistema, dos donos do dinheiro e seus gerentes, sempre precisando urgentemente do regalo do bombocado apetitoso de mais da metade de tudo aquilo que as pessoas desse país produzem.... E, se "deu", ou melhor, proporcionou, através de quem deteve a caneta do poder concedente, para a sociedade de massas, as migalhas, (vejam só, "a usura dessa gente/já virou um aleijão"), pois foi bom aluno no cumprimentoo da agenda da política da ordem e do progresso - vide a carta aos brasileiros - de fato contribuiu para o comércio, para a indústria e para o consumo, inclusive no exterior, mas não para uma cultura da Política, da Etica e da Moral, mesmo porque isso não interessa... interessa é o dinheiro, pelo poder que ele representa, de satisfazer a agenda diária à qual somos todos submetidos
1Curtir · · Seguir (desfazer) publicação · Pr
Citar
0 #3 RE: O enigmático golpe contra Lula (3)Matheus 18-02-2013 17:20
Esse texto ficou mais factual que outros, e ficou melhor assim.

É complicado avaliar as facadas pelas costas, puxões de tapete, maledicência, corrupção, assassinatos por encomenda, etc., que permeiam a política brasileira. No entanto, também me pergunto de onde viria o apoio empresarial e militar para um golpe de Estado ao estilo de 1964. A verdade é que não passa de uma teoria da conspiração, inventada por diversionismo. Os interesses que apoiam o PT hoje (evidentes no financiamento das suas campanhas eleitorais) não diferem em profundidade dos interesses que apoiaram o golpe em 1964.
Citar
0 #2 RE: O enigmático golpe contra Lula (3)Cristiano 16-02-2013 22:29
Excelente texto.
Citar
0 #1 A esquerda de ocasião e pelegosTiTa Ferreira 16-02-2013 20:20
Excelente análise, mas tomo a liberdade de reproduzir aqui algumas palavras de Raymundo Araujo Filho em seu artigo “Lulla e Stanley Gacek: Ligações Perigosas I, II e III”, datado de 3 de setembro de 2009. [http://titaferreira.multiply. com/recipes/item/101], para que a esquerda de ocasião e pelegos espertalhões saibam que tem gente que tem memória.

“E uma advertência aos pelegos de plantão: Estarei lhes apontando esta postura entreguista, e os questionando até que minhas forças acabem.” [3Set20009]

(...) dirigindo-me principalmente a dois tipos de pessoas: Os Lullo Petistas (notadamente os que se dizem de esquerda) e aos conservadores que "viajam na maionese", escrevendo artigos dizendo que Lulla é um subserviente aos "perigosos presidentes bolivarianos e quetais", tentando de forma patética fazer oposição ao Lulla, mais à direita do que ele já é, o identificando com alguma coisa parecida com esquerdismo político.
Portanto, fui pesquisar mais sobre esta Ligação Perigosa do ex operário metalúrgico, atual presidente do Brasil, e seu atual amigo íntimo Stanley Gacek, agente da AFL-CIO, mais precisamente articulador do chamado "braço trabalhista?" deste odiento aparelho do Capital que é esta Central Sindical, a mais poderosa dos EUA.
Deparei-me com as relações igualmente perigosas de Stan (como é chamado na intimidade por Lulla) com Carlos Ortega, presidente da CTV (Confederação dos Trabalhadores Venezuelanos - mais informações sobre o gajo, no link (www.espacoacademico.com.br/012/12col_miro.htm), onde vemos que este, após a fragorosa derrota das forças reacionárias da Venezuela, no plebiscito que confirmou Chávez na presidência em 2000, faz um acordo com a FEDECAMARA (a FIESP de lá) e, custeado pelo chefão empresário venezuelano Pedro Carmona, vai aos EUA se encontrar com quem? Com Stanley Gacek, o Stan de Lulla e do "braço trabalhista" da AFL-CIO estadunidense. Assim, o golpista venezuelano visita seu mentor estratégico nos EUA.
Já é famosa a ida de Lulla , aos EUA, cooptado como inúmeros líderes da AL para a tal reunião do chamado Diálogo Interamericano (D.I.), quase 10 anos antes desta viagem do "sindicalista" Carlos Ortega aos EUA. E foi lá que Lulla conheceu Stanley Gacek, casado com uma "petista de carteirinha", falando bom português e, certamente envolvente e simpático igual ao Lulla e todos os 171 que conheço (simpatia é a alma do negócio desta gente). Este chamado D.I. é a faceta executiva do que ficou apontado no conhecido Consenso de Washington, acontecido cerca de dez anos antes (por volta de 1982), onde ficou acertada a "blitzen" para impor ao mundo, o neoliberalismo transacional e corporativo, com sequestros de Estados e seus políticos, além de vastas lideranças do Movimento Social e Sindical, corrompidos por dólares e altos empregos, além de projeção política. Aliás, James Petras em seu livro Ensaios Contra a Ordem descreve minuciosamente os mecanismos de cooptação, enfim levada a cabo, com a doce permissão dos cooptados.
(...)
No mesmo ano de 2002, o da tentativa de deposição de Chávez, Lulla é eleito para o seu primeiro mandato, já sombreado pela Carta aos Brasileiros (na verdade uma Carta aos Estrangeiros), emitida apenas um mês antes das eleições, onde já apontava para a traição que ora nos impõe. E apoiado por gente que adora dizer que tem história na política brasileira, e ficam chateados quando os chamamos de pelegos.
(...)
É fato que só dois estrangeiros estavam no palanque de Lulla, no comício da vitória. Luiz Favre (que nem no PT goza de confiança) e....Stanley Gacek e sua esposa petista e brasileira...
(...)
De lá para cá é o que sabemos. Não foram contempladas NENHUMA das bandeiras de Reformas Estruturais e Apego à Ética, pregada na campanha deste que, afinal, fora eleito sob uma Agenda Popular e pelas Forças Populares, incapazes de perceber a inflexão já feita por este Ovo de Serpente que se tornou o ex operário de São Bernardo, nascido em Garanhuns mas, ao que parece, tornou-se um agente da elite paulista e brasileira, além da estrangeira.

E sob a figura de Stanley Gacek a fazer sombra ao presidente ex operário brasileiro, Lulla visitou os EUA, antes de sua primeira eleição, para beijar a mão de Bush e, a meu ver, ser convidado para ser o líder dos países pobres, fazendo o contraponto aos radicais presidentes que começavam a serem eleito em nosso continente (o das Veias Abertas). Era o desfecho da cooptação que iniciou-se em Washington, dez anos antes. E assim, Lulla sucede FHC com discurso de oposição, mas para continuar a malfeitoria ao Brasil.

E a figura de Stanley Gacek, sempre presente. E como!

Ora, senhores e senhoras! Com atribuir a alguma paranóia ou às risíveis teses de Conspiração da História, estes fatos (e não imaginações) descritas acima? Como não entender como causa e efeito, unha e carne ou feijão com arroz, esta influência nefasta da AFL-CIO, patrocinadora da tentativa de golpe contra Chávez e das tentativas de desestabilização de tudo que cheire a autodeterminação Latino Americana e Caribenha, esta desnacionalização profunda que Lulla faz das riquezas estratégicas brasileiras, evidentemente em um cenário de algumas concessões às corporações sindicais, ONGs (mamadeiras do erário) e quetais, além das esmolas aos brasileiros excluídos, que são impedidos de não reconhecer Lulla como um ato contínuo de FHC e sua política teleguiada dos EUA, vítimas que são, os extratos populares e os mal informados, da Confusão Programada, agora também executada pela “esquerda” corporativa brasileira.
(...)
E chegamos no Pré Sal, o alvo central (além do Nióbio e outros metais, além da água doce de superfície e reservatórios subterrâneos, além da biodiversidade animal, vegetal e mineral) para nutrir a rapinagem secular que sofremos.

Dia 31 de Agosto de 2009 seria anunciado o modelo de exploração de nossas reservas petrolíferas. Muitas tergiversações e Fundos Soberanos, tudo para mascarar a intenção estratégica de esgotar o Pré Sal em cerca de 15 anos (dados do próprio presidente da AEPET- Assoc. Dos Engenheiros da Petrobrás, que insiste em não ver o Lulla como uma ameaça a tal soberania nacional).

O sindicalismo pelego brasileiro, notadamente os petroleiros, sequer foi ouvido, embora tenham bajulado Lulla e nos chamados de agentes da reação, em tentativas vãs de nos desqualificar ou mesmo intimidar. Até uma pauta prepararam para uma reunião prometida e agendada por Lulla, para antes do anúncio, afinal revogado. Mas, parece que foram outras, as ordens dos EUA, para onde foram a ministra Dilma e o seu par Lobão (Minas e Energia), para anunciar o plano, em primeira mão aos seus chefes ianques, e receber as ordens . Uma semana antes do malfadado anúncio que não houve (parece coisa do Barão de Itararé, o inesquecível Aparício Torelly), com a cara mais lavada do mundo, o presidente da AEPET anunciou no Programa Faixa Livre que o presidente Lulla desmarcou a reunião, deixando todos chupando os próprios dedos, enquanto ficaram a ver navios (petroleiros?) a sumirem no horizonte das promessas não cumpridas.

E, haverá “concessões” no novo texto, como a mudança do termo Concessão, para Partilha e outros pontos absolutamente periféricos, visando o calendário eleitoral (como bem denunciou dia 30-08-2009 o ex presidente defenestrado por telefone da Petrobrás, o Ildo Sauer). Este, deve saber o que diz, e é insuspeito de estar aliado aos interesses estrangeiros, como gostam de aventar o Lullo Petismo, contra todos aqueles que ousam crtíticas à condução política do país.
(...)
Mas, a parte brasileira do plano, na terra do matador Caxias, a meu ver, o Plano vai de vento em popa. Lulla sucede FHC, mas já completamente cooptado (sequestrados fomos nós), e desmonta todo o cartel de reivindicações construídas ao longo de 20 anos, pelas forças progressistas e populares do Brasil.

Mas, as lideranças populares, sociais e sindicais brasileiras (com raras e honrosas exceções, as quais aqui reverencio) não estiveram a altura do papel que lhes era destinado. Desatinaram em uma aliança com o populismo sequer reformista de Lulla, e a troco de muitas nomeações, financiamentos espúrios e nada republicanos, além do aquinhoamento de verbas públicas (jamais d'antes neste país viram tanta grana) para a Rede Sindical e Corporativa (esta do chamado Terceiro Setor). Venderam-se impunemente (ao menos, até agora). E ainda fizeram o terrível e pérfido papel de agentes de proteção ao presidente entreguista, caluniando aqueles que se inconformam com a situação e não se intimidaram em propalar suas opiniões.
(...)
Lulla privatizou os gasodutos, inviabilizando o projeto do Gasoduto Sul, proposto por Chávez, e colocando o Brasil, como um receptador do Gás Nigeriano, comercializado e transportado pela British Petroleum. Impôs a retirada da Petrobrás da parceria da exploração da província petrolífera de Carabobo, “por não ser comercialmente atrativa”, agindo como uma REPSOL qualquer, e depois de ter amarrado Chávez no compromisso com a Refinaria Abreu e Lima, nome dado por sugestão do presidente venezuelano, popularizando valoroso general brasileiro, companheiro de Bolívar, um dos Libertadores da América. O exército brasileiro não perdoa Chávez até hoje, por esta sugestão, Caxienses que são.

Assim, Lulla faz o papel de um verdadeiro traidor, não posicionando-se de forma veemente, senão com panos quentes, contra a ingerência dos EUA no cenário militar da Colômbia e AL, apontado suas armas para a Amazônia. Presta-se ao papel de manter tropas brasileiras a reprimir o povo Haitiano, em nome da "ordem"b (mundial). Lulla se alia ao primeiro mundo em questões estratégicas, com um pequeno viés de discurso populista, mas completamente tergiversador. Não representa nenhuma ameaça aos países ricos.

Compromete-se com a “economia de mercado”, assinando abjeto documento nos EUA. Faz pequenas concessões, em troca de muita entrega de riquezas, através da qual é exaltado como uma Koala Exótica dos ricos, e o “país que menos sofreu com a crise (durante as vacas gordas, crescemos metade que nossos iguais, e agora está previsto o excelente crescimento de 1%, no vigésimo ano da aventura neoliberal iniciada com Collor, o Guloso que comeu cru, continuada por FHC e aprofundada por Lulla). E, a diferença entre os juros praticados e a poupança continua nos mesmos patamares de antes, e com o salário médio do trabalhador brasileiro em queda livre (dados do próprio IPEA governamental). Isto é, a Mais Valia (será que ainda sabem o que é isso?).

Desmantela a assistência e promoção da saúde, continuando o país com índices vergonhosos de doenças típicas de países pobres. Somos um Haiti invadido, nesta área. Privatiza portos, aeroportos e rodovias, contradizendo o seu discurso para a reeleição, onde o privatista era só o concorrente do PSDB. Esperto demais o Lulla! E tão diminuto moralmente, quanto seus “adversários” da direita tradicional, a esta altura preterida pelos EUA, que dá clara mostra de sua preferência pelo Lulla, para operar a entrega do país, com jeitinho de homem do Povo.

Legaliza os transgênicos, inclusive o milho (proibido em seus países de origem), e nada faz pela obrigatoriedade de rotulagem. Paralisa a Reforma Agrária, concede os píncaros de benesses e perdões aos ruralistas e mantém os Sem Terra na base da humilhante Bolsa Família. Impõe a Transposição do Rio São Francisco (impedida agora pelo previsto assoreamento) e de quantas Usinas Nucleares quiserem, sem dar satisfação a ninguém. Compra aviões e submarinos, em claro acordo espúrio com a França do Sarcozy (justiça seja feita, foi o primeiro a dizer sobre o Lulla “essse é o Cara”, só que “en français”).

Transforma um projeto de desenvolvimento PAC, em um Plano de Auxílio às Construtoras. Permanece o BNDES como a viúva rica das corporações privatistas. Triplica a Dívida Interna em seis anos, a juros mais altos que a externa, afinal “paga” ao FMI, e ainda empresta R$10 bi ao Fundo, enquanto recebe igual quantia da China, mas com o compromisso de reserva de mercado de 200 mil barris dia de petróleo, durante 10 anos, exonerando a moeda forte (Petróleo) e acumulando o combalido dólar, em larga escala, em atitude Lesa Povo, por muitas gerações. E pagando este empréstimo a juros de 7% ao ano (atrativos segundo fontes do governo), mas que abaterá em cerca de 30% o preço do barril do petróleo “vendidos” à China (é uma questão aritmética simples).

Faz “acordos de governabilidade” com uma escória política inominável (e inatingível) de sarneys, renans, temers, barbalhos, collors, mozarildos, jucás e Cia (literalmente), que o povo já derrotara eleitoralmente, mas ressuscitados como no clip Thriller, de Michael Jackson, mas sem nenhuma beleza estética.

Faz o PT (a doce virgem complascente) a chafurdar em todos os descompromissos com o Brasil, os quais foram a base de sua já demolida e longínqua construção.

Enquanto isso, troca figurinhas e come churrasco com seu amigo Stan, o macabro Stanley Gacek, o agente internacional de maior importância estratégica para a defesa dos interesses dos EUA na AL. Na recente viagem aos EUA, para se avistar com Obama, e reafirmar o acordo de entrega do país, feito com Bush, não se furtou o nosso presidente traidor, em visitar a sede da AFL-CIO, onde foi recebido pelo sorridente e vitorioso fascínora Stanley Gacek, seu íntimo amigo.

Ora! Se o PT e o governo querem nos enfiar pela goela a versão mentirosa que Lina Vieira, ex chefe da Receita Federal foi “plantada” pelos tucanos (menos o tucano Jorge Rached, que defendeu o governo Lullo-Tucano) no coração do governo brasileiro, por que não posso acreditar que Lulla se deixou cooptar por esta articulação geopolítica de dominação, de alto baixo nível?

Cartas à redação!

E uma advertência aos pelegos de plantão: Estarei lhes apontando esta postura entreguista, e os questionando até que minhas forças acabem.

Não é à toa que não vemos por parte, notadamente das lideranças petroleiras, nenhuma defesa mais peremptória aos movimentos de Chávez em apossar para os venezuelanos, o Petróleo de lá, e fortalecer a PDVSA como impulsionadora do desenvolvimento venezuelano e regional (ALBA), desinteresse este denunciado pelo desinteresse do presidente da AEPET em ir visitar e estreitar laços com a Venezuela, além do SINDIPETRO RJ manter em sua diretoria membros de Partido, o PSTU, que em plena crise de desestabilzação de Chávez, fez eco ao Bush, maldizendo esta tentativa de barrar o Império, que o Povo Venezuelano deposita em Chávez. Dos sindicalistas petroleiros, não tenho dúvida que acham a PDVSA não como uma Co-Irmã, mas uma concorrente. Resta saber o que faz o PSOL nesta diretoria pelega. Ou será que sei? Acho que sim...

E esta crítica a este sindicalismo corporativo não é novidade alguma, e já foi previsto no final do sec.XVII, e mais fortemente a partir do sec. XVIII, isto é, desde que as cor4porações deram anúncio de suas existências.

E, dirijo-me também à direitada que acha (ou diz sem achar) que Lulla é um subserviente ao Chávez, como se o presidente brasileiro fosse de esquerda, (e não um Macbeth pasteurizado da reação), lhes digo que com este discurso histriônico se tornam apenas nos maiores fornecedores de votos para Lulla, tão ridículos que são. Além de serem motivos de felizes chacotas pelos atuais ocupantes do poder.

Como acreditar em algum viés popular, em um governo, o de Lulla, que literalmente dorme (e acorda) com o operador da tentativa de golpe contra Chávez, e membro importante da mais perniciosa entidade sindical pelega do mundo, a AFL-CIO, além de comprovadas políticas populistas e desnacionalizantes de nossas riquezas?

Cartas ao PT e partidos aliados, à CUT e congêneres pelegas!
Citar
0
0
0
s2sdefault