Correio da Cidadania

O caso de Roberto Martino, preso político por lutar contra o sionismo

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Quero contar neste escrito a história de um homem íntegro. Chama-se Roberto Martino e é um lutador popular argentino. Um veterano rebelde que jamais deixou de ser amigo das causas justas daqui, mas também de qualquer lugar onde os cavaleiros da morte tentam aterrorizar os mais fracos. Martino é um companheiro sem duplicidade, e digo assim porque o conheço há muito tempo, sei de sua coragem cívica e também seu comportamento solidário com os ‘de baixo’, com os mais afetados pela miséria.

 

Mas, além disso, este homem que está hoje entre as grades, é um internacionalista, definição maravilhosa, caso haja uma, que significa a existência de homens e mulheres que, mais além de sofrer ou guerrear pelo que se passa em sua vizinhança ou em seu território, também colocam em risco sua liberdade e às vezes sua vida por defender outros povos, tão golpeados como os que habitualmente conhecemos de perto.

 

Vocês se perguntarão por que razão Martino está preso atualmente na cadeia bonaerense de Marcos Paz. É muito simples explicar. Não é surpresa para ninguém que vivemos num país onde o sionismo tem tanta ou mais influência que alguns políticos, juízes ou governantes e até certas instituições que deveriam ser imparciais na hora de tratar de certos assuntos de justiça ou de sentido comum.

 

Há pouco tempo, Martino sentiu seu corpo estremecer e eu diria que até sua alma, e não era para menos: os aviões israelenses tinham bombardeado – outra vez – o povo palestino, lá na inacessível Gaza. As imagens tinham conseguido romper o muro de silêncio que geralmente se constrói para ocultar o holocausto produzido por esse Estado Terrorista chamado Israel, e centenas de cadáveres de crianças, mulheres, homens, idosos apareciam destroçados, queimados por napalm, mostrando ao mundo até onde pode chegar a loucura demente de um projeto imperialista.

 

Frente a esse panorama, e também ante o silêncio cúmplice internacional e um olhar aos que se submetem diariamente ao poder econômico do sionismo, Martino e seus companheiros saíram às ruas. Muitos o fizemos, gritando nossa indignação e raiva diante de tanta impunidade para assassinar.

 

Esse protesto, que deveria ser massivo para de alguma forma proteger a saúde de nossas atribuladas sociedades, neste país é castigado com prisão. Armam-se julgamentos, plantam-se provas falsas e se atemoriza, se encurrala midiaticamente, por fim mandando-se à cadeia quem se anima a levantar sua voz contra a barbárie.

 

Martino, sem dúvidas, é um preso político, mas além disso constitui, como recentemente ocorreu com o basco Ruben Saboulard, da Assembléia dos Povos, ou com Juan Beica, da Convergência Socialista, o exemplo de uma política de perseguição implacável sobre as idéias e a liberdade de opinião.

 

Por obra e graça da pressão sionista, insisto, e como conseqüência da política reacionária do atual governo da cidade de Buenos Aires e da vergonhosa fraqueza de muitos funcionários nacionais que se dizem progressistas, Martino e os outros lutadores populares (não são os únicos porque por esses dias também julgam os militantes de Quebracho por reclamar do professor assassinado Fuetealba) foram acusados de nazistas! Justamente eles que se definem como socialistas, anticapitalistas e anti-imperialistas. Parece uma provocação, mas não é para levar na brincadeira, já que por trás de semelhante absurdo há uma estratégia de criminalização de todo aquele que levante sua voz contra o que não é justo.

 

No caso de Beica, foi condenado a seis meses de prisão em um julgamento realmente tecnicista e fechado, e no que diz respeito a Martino, foi perseguido durante vários meses e enviado à cadeia para esperar julgamento, depois de ser detido em uma invasão noturna de sua casa. Saboulard, que exerceu uma auto-defesa memorável, evocando os judeus revolucionários do Gueto de Varsóvia, contrapondo-os aos sionistas atuais, assassinos de milhares de palestinos, foi absolvido, mas como já o tinham na mira, armaram-lhe outra cilada judicial. Assim caminhamos, nesses dias de Bicentenário. O que diriam Moreno e Castelli de tais comportamentos fascistóides...

 

Por todo o exposto, surge a necessidade de não se deixar Martino sozinho, assim como o resto dos companheiros penalizados pela nova figura jurídica da "prepotência ideológica". Parece piada, já que em seu nome se exerce a prepotência contra todos os que lutam, precisamente, por uma ideologia de mudança revolucionária, que termine com tais comportamentos tão injustos por parte do poder.

 

É necessário que denunciemos este Estado de Indefesa gerado por políticas que buscam fazer-nos abaixar a cabeça e não opinar sobre o terrorismo de Estado que leva adiante o governo sionista contra a nação palestina. Justamente em um país como o nosso, em que 30 mil irmãos e irmãs ofereceram suas vidas em defesa de uma sociedade mais igualitária e em que posturas como a de Roberto Martino eram vistas como exemplares.

 

Tomara que muito em breve possamos conquistar, com nossa luta, esse espaço necessário, onde a rebeldia e a dignidade não sejam tipificadas como delito, senão como expressão mais sã de uma sociedade que não se entrega e se submete.

 

Carlos Aznárez é jornalista argentino e diretor da Resumen Latinoamericano.

 

Publicado originalmente em Resumen Latinoamericano.

Traduzido por Gabriel Brito.

 

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Comentários   

0 #2 O verdadeiro plano andíniaELIAS CERQUEIRA 10-06-2010 05:38
O Plano Andínia e a Fundação Nai Judá
Obs. Isso a mídia esconde e mente culpando os comunistas.
Theodor Herzl, o jornalista judeu que fundou o Sionismo, organizou o Congresso da Basiléia, em Agosto de 1897 cujas atas foram passaram à história com o nome de “Os Protocolos dos Sábios de Sião”.
Tinha o sonho (então quase impossível) de criar o Estado Judaico ou Israel, escolhendo sua localização de entre dois pontos geográficos muito diferentes: a Palestina, o lar bíblico-talmúdico e a Argentina, com um território vastíssimo localizado ao Sul, pouco povoado, imensamente rico mas não bem explorado, projetando-se sobre a Antártida e controlando o caminho entre dois oceanos,
Foi determinado um prazo de 50 anos e em 1948 vemos como, com a ajuda do Barão Maurice de Hirsch e de toda a família Rothschild, Lorde Balfour avaliza a fundação de Israel em território palestino com toda a horrenda seqüela de despojo e morte que inclusive hoje continua destroçando o valente povo árabe.
O interesse por estabelecer um Estado Hebreu na América é centenário, e foi publicamente reconhecido por muitos autores judeus ao longo da história.
Assim admitiu Simon Wiesenthal em alguns de seus livros, nos quais reconhece que a Conquista da América foi propiciada por judeus europeus com Colombo como líder, de maneira que este desejo tem muitos séculos de vida. Algo parecido podemos deduzir do título do livro do judeu Edmundo Waisman: “América do Sul, A Nova Jerusalém”.
No entanto, a localização precisa deste Estado Judaico na América, assim como os passos que na atualidade foram dadas perseguindo sua fundação, são dados de difícil acesso e guardados com extremo cuidado e cautela. Mas em 1882 o judeu russo León Pinsker publicou o livro “Auto-emancipação” para propor o mesmo sonho.
E tinham o apoio da inglaterra e estados unidos com sua base militar nas Malvinas e geórgia do sul.
obs. para os latinos americanos seria um pesadelo cruel.
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0 #1 \"O PLANO ANDíNIA\"ELIAS DIAS CERQUEIRA 09-06-2010 14:40
todos os sulamericanos
devem saber,se esse plano e verdadeiro ou não. ver google pesquise.
"O PLANO ANDíNIA"
Argentina por pouco não virou palestina, ufa Graças a Deus que não conseguiram
se nao essas guerras eram contra todos nos da america do sul.

A profunda penetração comunista no governo argentino e em todas as suas instituições fundamentais não é um a casualidade, nem tampouco um plano isolado; não é uma confabulação recente, nem tampouco improvisada, e sim é um plano cientificamente concebido, coordenado internacionalmente. Sua planificação minuciosa - podemos comprová-lo - parte de 1882, seu estudo e colocação em marcha, de 1897, no Congresso Mundial Judaico na Basiléia (Suíça), e aqui se aprovaram dois planos concebidos pelo judeu Leon Pinsker, em seu livro Auto-Emancipação e a seguir terminado pelo judeu Theodor Herzl, em seu livro O Estado Judaico, ambos consistentes em criar dois Estados judaicos, a saber:

I) Criar um Estado judaico das possibilidades práticas na América, tomando a Argentina como primeiro objetivo. Com tal motivo, de imediato se empreenderam as seguintes ações:
a) o começo da imigração em massa;

b) a compra centralizada de grandes extensões de terras pela Jewish Company Association Colonization, com centro em Londres;

c) a constituição de grandes sociedades anônimas, como a Bemberg, Dreyfus, Bunge y Born S.A etc., que atualmente são donas de enormes extensões de terras como a La Forestal do Chac
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