Correio da Cidadania

Sentir na igreja: transparência e verdade

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Para os que amamos a Igreja e temos nela e com ela um mesmo sentir, os recentes acontecimentos que a mídia não cessa de explorar minuciosa e, às vezes, um tanto cruelmente são por demais dolorosos. A meu ver, quem melhor expressou isto foi o grande escritor católico francês Georges Bernanos. Residindo na Espanha nos anos 30, assistiu, horrorizado, aos massacres que os católicos perpetravam tanto quanto os comunistas na Guerra Civil Espanhola. E escreveu desolado, referindo-se à sua amada Igreja: "É dela que tudo recebi, nada pode atingir-me senão através dela".

 

Tudo que diremos aqui, portanto, tem este amor e esta dor como pano de fundo e deverá ser entendido sob esta luz e não outra. Sabemos por experiência de nosso próprio pecado quão profunda é a verdade de que a Igreja é santa e pecadora. Santa pelo Espírito que a anima e conduz; pecadora porque, incluindo-nos a todos nós, nos acolhe como somos, com nosso pecado e nossa indigência.

No entanto, esse pecado não nos provoca desesperança, e sim gozo. Podemos experimentá-lo inseparável do perdão e da redenção abundantes com os quais somos ungidos pelo próprio Jesus Cristo em sua Encarnação e Páscoa. Sempre chamada à conversão, e sempre generosamente perdoada por seu Senhor, a Igreja aí permanece, há mais de vinte séculos, sobrevivente a todos os seus detratores e a todas as suas crises.

 

Porém, desta vez, a impressão que me pesa no coração é que há um certo excesso, uma certa exorbitância que torna esta precisa crise diferente e algo mais grave que as outras. Por quê? Por um lado, está a impressão de que delitos muito sérios cometidos por membros do clero, representantes autorizados da Igreja, por ela ordenados para o serviço da comunidade eclesial, foram escondidos, camuflados, colocados à sombra.

Mais graves ainda se tornam esses delitos pelo fato de haverem sido cometidos contra crianças indefesas, muitas delas deficientes, que não podiam defender-se, por medo ou incapacidade. O silêncio das vítimas parece ter sido acrescido e acobertado pelas autoridades eclesiásticas. Não discutimos aqui as intenções: proteger, preservar, tanto as pessoas envolvidas quanto a imagem da própria Igreja. Mas os frutos não deixam de ser amargos e envenenados: as vítimas aí estão, humilhadas e oprimidas durante anos, suportando sozinhas sobre seus ombros a terrível carga do crime que as acossou e violou, sem recurso possível, sem escuta acolhedora, sem medidas enérgicas e concretas que as fizessem respirar aliviadas, sentindo-se finalmente protegidas e resgatadas pela lei dos homens e pela lei da Igreja.

 

Do outro lado está a luz implacável e algo sádica que a mídia se esmera cada dia em direcionar sobre os casos que se multiplicam, em pontos diferentes do planeta, até agora todos no Primeiro Mundo: Irlanda, Holanda, Alemanha, Estados Unidos. Curiosamente, em nossas latitudes ao sul do Equador e nas culturas latinas, esses casos - até o momento pelo menos - aparecem em muito menor proporção. Deve-se isso a uma cultura que lida melhor com a corporeidade? Um modo de ser menos reprimido e puritano que o nórdico e anglo-saxão? Seja como for, o fato é que a mídia noticia com estardalhaço a indignação dos parentes e advogados das vítimas. Noticia igualmente pronunciamentos de teólogos famosos e polêmicos como Hans Küng, mas também prudentes e inatacáveis como o Cardeal Walter Kasper.

 

É em meio a este contexto complexo e difícil que os olhares de todos os católicos se voltam para o Vaticano e para o Papa Bento XVI, esperando uma orientação, palavras claras e medidas enérgicas e concretas. A carta que escreveu à Igreja da Irlanda tranqüiliza em parte. Ali, o Papa reconheceu o delito, o crime, chamou-o pelo nome. Repreendeu energicamente os bispos: "Não se pode negar que alguns de vós e dos vossos predecessores falhastes, por vezes gravemente, na aplicação das normas do direito canônico codificado há muito tempo sobre os crimes de abusos de jovens. Foram cometidos sérios erros no tratamento das acusações".

 

O Papa disse ainda que enviará um visitador apostólico para estudar a situação globalmente, a fim de que sejam pensadas medidas a serem tomadas. Prometeu orações e exortou à oração, à penitência e à conversão. Termina sua carta com uma expressão carregada de amor, dizendo escrevê-la "com o cuidado que um pai tem pelos seus filhos e com o afeto de um cristão como vós, escandalizado e ferido por quanto aconteceu na nossa amada Igreja". Pode-se bem imaginar seu sofrimento.

 

Parece-me, no entanto – com toda liberdade dos filhos de Deus e com todo o amor que sinto pela Igreja –, que é urgente uma declaração muito clara, que não deixe dúvidas de que qualquer caso de pedofilia que for levado ao conhecimento das autoridades eclesiásticas no futuro será punido com todo rigor e exposto com toda verdade e transparência, para que a situação tão terrível que agora vivemos não se repita. Creio que apenas isso poderia ajudar, de fato, as vítimas e trazer paz a seus parentes e amigos.

 

Tranqüiliza-me saber que, ao expressar-me assim, não digo mais do que o mesmo Cardeal Kasper, ilustre teólogo e prelado da Igreja Católica, em entrevista ao jornal La Republica, no dia 6 de março passado: "Chega! É preciso fazer seriamente uma limpeza na nossa Igreja católica condenando os culpados pelos abusos contra crianças... Os abusos sexuais contra crianças praticados por membros do clero são atos criminosos, vergonhosos, pecados mortais inadmissíveis". O cardeal afirma e promete ainda, na citada entrevista, que o Papa terá com todos esses casos tolerância zero e agirá com toda a firmeza que o fato requer.

 

É o que ardentemente esperamos nós também. Só assim poderemos olhar de novo nos olhos da sociedade como Igreja que somos e anunciar com desassombro o Evangelho que nos foi confiado. Só assim poderemos sem vergonha assumir a beleza do anúncio pelo qual temos responsabilidade.

 

Coincidentemente, aproximamo-nos do fim da Quaresma, tempo litúrgico durante o qual a Igreja convoca todos os fiéis a uma profunda conversão, a uma mudança de vida real e sem ambigüidades. É, sem dúvida, um tempo propício para uma declaração por parte das autoridades eclesiásticas, acompanhada por todos nós que nos desejamos seguidores de Jesus Cristo, de nosso propósito de uma total transparência e verdade com respeito a esses tristes episódios que tanto têm enlameado a face da Igreja.

 

Bento XVI lembrou, em sua carta à Igreja da Irlanda, que a verdade nos libertará. Confiantes nisso é preciso falar. Mas não só. Há que agir. Urgentemente. O que está em jogo é a credibilidade da Igreja de Cristo. E, portanto, o futuro de sua missão. A humanidade tem direito de esperar por isso. E a receber, por parte da Igreja, uma posição sem ambigüidades. Tão clara e transparente quanto o Espírito Santo que cremos que preside e conduz a comunidade dos seguidores de Jesus e que não deixará que as portas do Inferno prevaleçam contra ela.

 

Maria Clara Bingemer é autora de "Deus amor: graça que habita em nós" (Editora Paulinas), entre outros livros (http://www.users.rdc.puc-rio.br/agape/.

 

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Comentários   

0 #7 Pedofilia x IgrejaDáltoni 08-05-2010 08:25
Realmente é muito fácil nos colocarmos como juízes e a tudo e a todos julgarmos... Assim como citou a Sra. Marluce Souza. Também é fácil colocarmos o "dedo na cara" desses crimonosos e imputá-los toda a culpa. No entanto, não vemos o combate à pornografia, sensualidade, no que a mídia influência em nossas crianças, como este contra os religiosos pedófilos. Cada vez mais ouvimos jovens com menos de 13 ou 12 anos grávidas, pra não dizer quantos abortos foram feitos devido à criança não ter estrutura psíquica e física para suportar uma gravidez. Será que a falha é apenas dos pais? Ou devemos culpar essas crianças que não tinham "juízo"?
Devemos sim, purgar e purificar a Igreja, pois essa que é a Instituição que desperta a maior confiança no mundo não pode deixar que os protegidos por ela, sejam por ela "destruídos". Porém devemos deixar de ser hipócritas e lutemos para que a nossa sociedade seja menos sensual, que o sexo não seja um comércio, que nossas famílias retomem o valor do amor nas relações sexuais. Pois não adianta somente expurgarmos todos os padres, bispos ou seminaristas pedófilos de nossas igrejas e do nosso meio, se teremos pais, padrastos, tios, que correspondem a mais de 95% dos casos de pedofilia em todo o mundo, efetuando o mesmo crime com nossas crianças!
Para complementar, a Igreja não tem poder de Estado, quem manda prender ou soltar é o Estado. O que compete à Igreja é, eximir o indivíduo de suas atividades pastorais, e comprovados os crimes o mesmo responde à justiça comum, não mais à Igreja.
Deus abençoe a todos!!!
N.S.de Fátima, rogai por nós!
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0 #6 Política da FéRaymundo Araujo Filho 05-04-2010 14:45
Não sou religioso, sendo mais Agnóstico do que Ateu, muito mais por sentir que devo respeitar a crença alheia, do que exatamente possuir esta dúvida sobre existência ou não de Deus.

Penso até que, a meu ver, se Deus existir (e seria humilde o suficiente para reconhecê-lo, caso eu fosse convencido disso) tem sido irrelevante e falha para amenizar a Miséria Humana, aquela que tem origem e efeitos Físicos como a Fome, Indigência Moral e Ética, Diferenças Econômicas e Sociais entre outras, causadas pelas mãos e mentes humanas.

Talvez, a CRENÇA na existência de Deus possa amenizar e dar um certo conforto aos que crêem Nele, e sofrem das iniquidades sociais, ou se padecem dela, sem a sofrerem, mas não sem o risco de um acentuado CONFORMISMO, como se Desígnios de Deus fossem as suas mazelas, aliás, versão muito bem "assinada em baixo" e, decerto, promovida pelo "stabilishment" do Poder religioso do Vaticano, normalmente ocupado hierarquicamente por vetores muito mais políticos, do que relativos a Fé, e ligados a estruturas de Poder, nada celestiais, ao contrário, muito terrena$$$$. O banco Ambrosiano não me deixa mentir...

Poucas vezes, esta hierarquia foi burlada, como foi o caso de João XXIII, Paulo VI e o João Paulo I, este assassinado pelo "stabilhsment" do Vaticano, como tão bem nos demonstra David Yalop, além do livro de um escritor português, que preferiu a forma, digamos, romanceada, para escapar de qualquer tentativa de processo, a partir do Vaticano. E mesmo estes Papas que chamo de dissidentes, ou de uma "oposição" ao stabilishment do Vaticano, não são unanimidades quanto a representarem algum avanço para o Povo Pobre. Mas eu acho (reafirmo que sou um Anarquista bonzinho...).

Sou neto de avó materna, já falecida, católica praticante, frequentadora da Igreja mas que, a meu ver e na minha memória, sempre exerceu como religião não a Política da Fé, mas o genuíno Amor de Cristo, que ensinou aos filh@s e neto@s (e aos outros mais), de forma direta e sem nunca ter sequer mencionado para algumas das crianças de sua família, ou a seus progenitores que "deveriam ser católicos, fazer primeira comunhão, etc..". O negócio dela era exalar Amor...

Assim, nunca se meteu na Política da Fé, e nem na Fé da Política, pois acho que ela não amava exatamente a Igreja de Roma, mas sim o mundo místico da Fé Cristiana. E o fazia de forma própria pois, me contou nesta Páscoa, a minha mãe, que uma vez viu a minha avó a "ralhar com alguns Santos" (acho que foi quando meu pai sofreu grave acidente, quase morrendo).

Assim, prezada Maria Clara Lucchetti, penso que a excessiva reverência à uma Instituição Elesiástica gerida pelo Poder e para o Poder, coloca o possuidor de Fé frente a um falso dilema, fazendo-o temer "cortar na própria carne do Vaticano", por uma relação submissa (= adoradora) da casa de Deus, e não de Cristo exatamente.

E, mesmo sabendo que muitos interesses são movimentados por um "prato feito" destes, promovido por bandidos travestidos de Religiosos com Hierarquia, muito mais importante do que isso, ainda são as mazelas feitas em Nome do Pai, ou da Casa que Representa o Pai.

O Vaticano, na minha opinião, e sem querer ofender os católicos, pois os respeito, desde que não queiram impor seus dogmas através até de Leis ou instrumentos insidiosos, principalmente em crianças, tem sido um valhacouto como outro qualquer, onde o Poder e a Dominação é o mais importante, e a sua função original, relegada a coisa secundária, quando tanto.

O apego excessivo à Instituição Religiosa, e não aos preceitos da Fé, causa nos religiosos algo muito parecido do que acomete, por exemplo (e só para não perder a oportunidade de criticar o óbvio), os Petistas que, ao longo do tempo se apaixonaram muito mais pela agremiação partidária do que pela sua Missão original. É verdade que muitos têm este apego de forma até ingênua e sem "levar vantagen$$$", exatamente, mas com a sua ingenuidade, acabam sustentando uma casta de espertalhões, exatamente como Católicos muito mais apegados à Igreja do que, exatamente, à Fé, fazem em relação ao Vaticano.

Por mim, eu cassava a licença do Vaticano, contrataria uma Organização Independente de Auditagem Material (fiscal, financeira e política) e instituiria, para os faltosos que abusaram de suas posições em proveito próprio e outras safadezas, uma grande Maratona de Reflexões (e para alguns Suplícios bem rigorosos), com exposição pública de seus "feitos" e exoneração da estrutura da Igreja.

Ah! E lhes concederia o Perdão Cristão (relativo à Alma), caso se dissessem e demosntrassem arrependidos .

E o Papa Ratzinger que se cuidadasse, pois a meu ver, é cheio de "culpa no cartório", sendo o Papa mais reacionário, politiqueiro e anti Cristão que já vi.

E, sinceramente, espero que nehum religioso se ofenda com este comentário, solicitando eu, caso se sintam, o Perdão, e não qualquer punição, pois posso garantir que estou com as melhores das intenções. Ao contrário de muitos da hierarquia católica.
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0 #5 padresbraz menezes 05-04-2010 14:09
é engraçado o xerife da fé que puniu severamente os teológos da libertação com silencios e condenações, tenha a condescedencia nazista para não expulsar os opressores de crianças, para ele foi o mais profundo amor de jesus- que vinde a mim as crianças, é como criança que se realiza o reino dos céus, e este padres entenderam mal a mensagem e comentem estas profundas tiranias contras a mais pura existencia.
é horrorizar
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0 #4 A historia se repeteFelipe Sá 05-04-2010 12:30
Inicialmente gostaria de parabeniuzar a autora por excelente texto.
A Igreja de Cristo (Católica ou não) são guiadas e governadas pelo Espírito Santo e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
O que ocorre, porém, é que o homem continua tentando ajudar a Deus, achando que se não tomar as providências que deveríam ser tomadas, a igreja ruirá.
Pelo contrário, Paulo ensinou o que deve ser feito com os falsos que cometem barbáries nas igrejas. Basta ler a 1ª Epístola aos Coríntios, no seu capítulo 5.
A igreja ruirá sim quando continuar acobertando as obras do diabo feitas por falsos homens de Deus.
Jesus vem buscar a Igreja santa, sem mácula, sem hipocrisia e formada por homens e mulheres santas.
Que Deus continue tendo misericórdia de nossas almas.

Parabenizo, também, o Correio da Cidadania por publicar um texto que fala da palavra de Deus, num mundo que tenta expurgar a Palavra de Deus da humanidade. Não se contaminem, também.

Um abraço.
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0 #3 Sentir na igreja: transparência e verdadMa. Isabel Pinto da Silva 05-04-2010 06:03
"Jesus ressuscitou, não encarnou". Morremos com Jesus e com Ele ressuscitamos, a todo que n'Ele crê. "...com os quais somos ungidos pelo próprio Jesus Cristo em sua Encarnação e Páscoa...".
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0 #2 Doutora em Política SocialMarluce Souza 02-04-2010 12:47
Decepciona-me o fato de que a autora, Maria Clara, inicie sua reflexão sobre os crimes cometidos pela Igreja Católica com a frase \"Para os que amamos a igreja...\". Para nós cristãos, inclusive eu, importa que amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo. Portanto, os históricos e permanentes crimes da Igreja Católica devem ser objeto de séria investigação e sanção não apenas por parte do Vaticano, mas pela justiça comum e pelos seus próprios adeptos. Seus membros (criminosos) e autoridades são pessoas esclarecidas, respeitadas, amadas em demasia e conscientes de seus erros e impunidade. Contrariamente, temos os nossos excluídos, marginalizados (que apodrecem nas prisões por crimes menores). Estes não são amados, nem protegidos, nem educados e tampouco respeitados em seus direitos fundamentais. Os membros do clero violentaram suas vítimas (crianças) e destruiram a fé de inumeras famílias. Fragilizaram a sociedade e a própria Igreja.
Tolerância tem limite. É fácil recriminar o Presidente do Irã que afirmou não acreditar no holocausto, não é? É fácil apontar o dedo para Demostenes Torres que acredita que a escravidão negra no Brasil foi consentida. É fácil condenar membros de igrejas evangélicas por cobrança de dízimo, sonegação de impostos e divisa ilegal de dinheiro. É facil massacrar na mídia homens e mulheres que tornam-se vítimas das mazelas do sistema capitalista e são fichados como criminosos quando agem contra o direito de propriedade e da enorme concentração da riqueza no Brasil, não é? Mas é difícil acreditar que a Igreja Católica é declaradamente capitalista, criminosa e autora de diversas atrocidades cometidas contra os indígenas, \"as bruxas\", os indefesos, humildes e pobres, não é? Até quando a Igreja Católica permanecerá pedindo perdão à humanidade?
Em tudo devemos (cristãos e cristãs) ter uma só palavra: sim, sim... não, não.
É momento de gritar NÃO à Igreja Católica por amor a DEUS. Não podemos mais tolerar esta congregação de homens poderosos, reclusos, misteriosos e de interesses duvidosos.
Creio que como boa cristã... você receberá este comentário com o espírito voltado a DEUS e não com o pensamento voltado para um templo de pedras e pessoas.
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0 #1 J. Olímpio 01-04-2010 17:39
Iluminada Profa. Maria Clara.
Enquanto a Igreja tiver com ela leigos com o amor que a senhora transpira em seus textos, ainda haverá muita Esperança na continuidade e na santidade do ministério. Suas palavras são bálsamo e alento, em meio à tempestade dos fatos e sua repercussão.
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