Correio da Cidadania

Edição 1036 – 07/11/2016 a 13/11/2016

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“Hillary errou ao trocar os votos e ideias de Bernie Sanders pelo eleitor conservador”

Por Gabriel Brito, da Redação

 

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A vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton, contra todos os prognósticos, pode ser considerada a coroação de eventos recentes que marcam uma guinada conservadora nas chamadas democracias ocidentais. Seguida de grande lamentação pela maioria da opinião pública, midiática e intelectual, a vitória do magnata, com suas bandeiras de “volta aos velhos e bons tempos”, e a volta do Partido Republicano ao poder (mesmo sem apoio unanime da própria agremiação) são tema da entrevista que o Correio publica com Virgilio Arraes, especialista em relações internacionais e professor da UnB.

 


 

“Redução de direitos trabalhistas não gerou crescimento econômico em nenhum país”

Por Raphael Sanz, da Redação

 

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Na quarta-feira, 9, o STJ encerrou a sessão ordinária sem encaminhar a votação do projeto que regulariza contratos em regime de terceirização, prevista na pauta que será reagendada. Organizações sindicais protestaram o dia todo na Praça dos Três Poderes contra o projeto, em discussão no Senado e já aprovado na Câmara dos Deputados. Faz parte de um pacote de medidas do governo que busca promover mudanças orçamentárias e no campo econômico – e que ainda conta com a proposta de reforma trabalhista. O Correio da Cidadania conversou com Sérgio Batalha, advogado trabalhista, para entender melhor as razões e desdobramentos destas propostas.

 


 

“A Igreja Universal tem 30 anos de trabalho de base”

Por Gabriel Brito, da Redação

 

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Em meio à crise profunda dos setores que ajudaram a eleger Dilma Rousseff, cujo partido ficou com apenas uma prefeitura nas cidades onde se realiza segundo turno (200 mil eleitores ou mais), publica-se uma miríade de análises para buscar explicação ao fenômeno. Algumas delas, ao lado de manifestações individuais nas redes sociais, causaram polêmica e espanto ao teorizarem uma “culpa da periferia” pela suposta vitória ideológica da direita.

 


 

POLÍTICA

 

Trump, caixa de surpresas

Por Frei Betto

 

A esperança de seus eleitores é que ele aplique mais recursos no combate ao desemprego, nos serviços de saúde e reaqueça a economia interna. Pode ser que, num gesto de lucidez,  reduza o orçamento militar. Hoje, a classe média estadunidense tem renda muito inferior à da década de 1980.

 


 

Um panorama de nuvens para a esquerda brasileira

Por Marcelo Castañeda

 

A esperança está sempre acesa, mas as nuvens estão deixando o terreno difícil de encontrar uma saída, que não deve ser pela esquerda, mas pela moderação que consiga conciliar interesses pelo menos no cenário configurado pela institucionalidade.

 


 

Trump será o Lula da direita: rugidos na campanha, miados no poder

Por Celso Lungaretti

 

O Brasil não se tornou comunista sob Lula, a Itália não voltou ao fascismo sob Berlusconi e é quase impossível os Estados Unidos serem piores sob Trump do que foram durante a guerra ao terror de Bush. Nos três casos os negócios continuaram sendo tocados conforme a lógica do neoliberalismo.

 


 

Trump é o muro, Francisco é a ponte

Por Roberto Malvezzi (Gogó)

 

Se Hillary tem ligação com a indústria das armas, se ajudou montar o golpe no Brasil, agora pouco interessa. Com a eleição de Trump a humanidade revela sua face mais alucinante.

 


 

Capital e singularidade do Brasil

Por Wladimir Pomar

 

Apesar de tudo que já existe sobre o desenvolvimento capitalista no Brasil, o livro A Tolice da Inteligência Brasileira considera que o “núcleo da concepção do Brasil como uma sociedade moderna” permaneceria “não discutido”.

 


 

O esgotamento da esquerda institucional: "é preciso reconhecer a derrota sem se sentir derrotado"

Por Patrícia Facchin, do IHU Online

 

O resultado das eleições municipais expressa “um sinal de esgotamento da esquerda institucional”, diz Marcelo Castañeda em entrevista à IHU On-Line. Isso significa que “a esquerda precisa se reinventar de forma urgente se quiser se fazer competitiva e atraente” daqui para frente, porque o “PT de hoje seria menos do que PP, PR, PSD, entre outros que compõem o Centrão. Um triste fim anunciado”, avalia.

 


 

O presidente do mundo

Por Frei Betto

 

Em 2014, a Suprema Corte dos EUA liberou o financiamento eleitoral por empresas e bancos. Até 19 de outubro, a campanha de Hillary arrecadou US$ 360 milhões e, a de Trump, US$ 147 milhões, dos quais US$ 10 milhões do próprio bolso.

 


 

SOCIAL

 

MST, patrulhamento ideológico e criminalização secundária

Por Plínio Gentil

 

O intérprete, assim imerso na ideologia, costuma policiar, ou patrulhar, quem vê as coisas de modo diferente. E também patrulha os que, por não se saírem bem na distribuição proporcionada pelo arranjo social, contestam “a ordem” e, organizados, se põem em movimento para obter o que entendem lhes ser devido. Ora, se ele patrulha e tem à mão uma lei para interpretar, é natural que vá entender que a norma penal deve ser aplicada ao contestador, assim tornado delinquente, criminoso, malfeitor.

 


 

Um grande delegado de polícia

Por Antônio Visconti

 

Expedito Marques Pereira foi estudioso das questões jurídicas, com invulgar capacidade de trabalho e gosto por conduzir investigações complexas. Desmantelou numerosas quadrilhas de estelionatários de grande tomo, dentre os quais se destacavam os “grileiros” de terras.

 


 

O governo Temer e seu congelamento de gastos: o fim do direito à saúde?

Por Paulo Spina e Francisco Mogadouro da Cunha

 

Como o regime que a PEC pretende implantar não atinge somente a Saúde, é de se esperar que a asfixia financeira afete também as demais políticas públicas, já tão precárias: menos educação, menos assistência social, menos previdência, menos habitação, menos transporte, menos fiscalização do trabalho escravo, menos reforma agrária… Em síntese: teremos uma sociedade ainda mais produtora de adoecimento e de sofrimento, principalmente para os setores mais pobres da classe trabalhadora – e um SUS cada vez menor para dar resposta a essa demanda.

 


 

INTERNACIONAL

 

O sonho Otomano e a contrarrevolução na Turquia

Por Juliana Sassi, especial para o Correio da Cidadania

 

Decretado Estado de Emergência, o governo passou a tratar toda e qualquer voz dissonante como inimiga do povo. Tal dicotomia acarretou - nos últimos quatro meses - em mais de 100 mil professores e funcionários públicos demitidos, mais de 200 meios de comunicação fechados e 37 mil prisões. Erdogan governa desde acima da lei, responsável direto por escolher os reitores das universidades, por exemplo. Na última semana, o governo cortou a internet no sudeste da Turquia e "restringiu" serviços como WhatsApp, Twitter e redes privadas.

 


 

Paraguai: a terra dos delinquentes ambientais

Por Raúl Zibechi

 

O Paraguai ocupa o sexto lugar no ranking mundial de países produtores de soja transgênica, à frente do Canadá, e atrás de China, Índia, Argentina, Brasil e Estados Unidos. Os 9 milhões de toneladas de soja são colhidas de 3,5 milhões de hectares que foram roubados (literalmente) de camponeses, indígenas e de um Estado aliado dos sojeiros.

 


 

Nicarágua: mais 5 anos

Por Gisele Brito

 

Com ampla participação popular (68,2%, superior às eleições anteriores) e a totalidade das urnas apuradas, confirma-se a reeleição do atual presidente Daniel Ortega. O partido da situação também obteve ampla maioria parlamentar.

 


 

Dos tímidos aos pessimistas, como votou a América

Por Bárbara Reis

 

Não há uma explicação, há muitas. Não uma pista, mas dezenas. Capaz de nos surpreender como poucos países, da eleição de Donald Trump emergiu a América que não conhecemos, ou não queremos reconhecer que existe. Não foi só uma questão de rendimentos (que foi decisiva), nem de educação (fundamental) ou de raça (que ajudou). Padrões eleitorais com mais de 30 anos foram virados do avesso. Não foi só a vitória dos angry white men. Não foi só o medo dos imigrantes.

 


 

Nas eleições dos Estados Unidos, qualquer escolha é ruim

Por Luiz Eça

 

As divergências entre os dois candidatos ficam mais agudas quando se trata de política internacional. Aparentemente, com Trump, a política externa seria menos intervencionista, haveria menores chances de guerra com a Rússia. Enquanto que Hillary trataria as questões das minorias e as questões sociais de forma mais humana, além de ter um plano econômico confiável. Já a opinião pública internacional vê Trump como um vilão tão completo, uma ameaça tão grande, que Hillary passou a ser considerada uma excelente opção.

 


 

CULTURA E ESPORTE

 

A volta da empatia

Por Gabriel Brito, da Redação

 

É certo que as dores recentes e a perda da identidade cultural com a seleção continuam na ordem do dia, mas para aqueles que já vinham considerando uma inédita exclusão da Copa do Mundo uma “necessidade histórica”, além de merecida por toda uma corja que tomou – e continua a tomar – nosso futebol de assalto, esta breve obra de Tite já merece registro.

 


 

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