Correio da Cidadania

Edição 1026 – 29/08/2016 a 04/09/2016

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Da FIESP ao “baixo clero” do Congresso, Temer não conseguirá administrar as pressões ao seu redor

Por Gabriel Brito, da Redação

 

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Após 20 meses, chegou ao fim o segundo mandato de Dilma Vana Rousseff, primeira mulher a presidir o Brasil e destituída num intrincado processo de impeachment. De toda forma, na entrevista que o Correio da Cidadania publica com o cientista político Ruda Ricci, vemos o diagnóstico de uma longa série de erros que mataram o apoio popular, tornaram seu governo natimorto e abriram caminho para uma presidência que pode levar o país ao “esgarçamento social”.

 


 

Acabou a lua de mel da conciliação de classes; Brasil volta à disputa aberta

Por Gabriel Brito, da Redação

 

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Relembrando as noites de junho, a semana registrou protestos em três dias consecutivos na avenida Paulista enquanto se encaminhava o processo de impeachment no Senado. Enquanto a esquerda tradicional bate cabeça e procura novos discursos, setores diversos da classe média progressista, das mulheres, dos LGBT, dos estudantes, da juventude periférica, das artes e cultura, reforçados por alguns movimentos autônomos, devem despontar como baluartes da contestação ao novo governo.

 


 

Manifestação contra Temer é reprimida à base de ilegalidades e restaurante palestino é atacado

Por Raphael Sanz, da Redação

 

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A justificativa oficial para o uso das armas ditas não letais naquele momento era o de que a manifestação não havia comunicado o trajeto para a PM. Esse discurso faz lembrar exatamente o que ocorreu nos últimos anos em manifestações do Movimento Passe Livre, a velha tática de proibir os trajetos e de responder com bombas e balas o mínimo ladrilho pisado além do território concedido. “Foram presos por nada, conduzidos por nada e por policiais que sequer eram testemunhas da suposta agressão”.

 


 

POLÍTICA

 

A favor do dissenso

Por Roberto Andrés

 

Fui percebendo o quanto há de totalitarismo nesse tipo de operação, na verdade um dispositivo de captura que faz com que a única saída possível seja o PT, ou, agora, Lula. Com uma mão te dão o medo e, com outra, a alternativa. Por isso nunca quis comprar a narrativa, como foi vendida, do golpe.

 


 

Dilma: deposição consumada por oposição derrotada

Por Frei Betto

 

Nosso último encontro foi em 26/11/2014. Por mais de uma hora recebeu Leonardo Boff, Márcia Miranda, Maria Helena Arrochellas, Luiz Carlos Susin, Rosileny Schwantes e eu, vinculados à Teologia da Libertação. Entregamos a ela sugestões de profundas reformas.

 


 

O que Temer

Por Letícia Sabatella e Roberto Malvezzi

 

Se com Dilma no governo o futuro dos bens naturais do país, das nossas tribos indígenas, quilombolas, já era preocupante, com Temer não há mais sombras, é tenebroso: é para devastar, saquear e entregar.

 


 

Golpe é a preservação de um sistema político podre contra todos nós

Por Marcelo Castañeda

 

Precisamos resistir e ir além, construir alternativas e, se a seara institucional está cada vez mais fechada e previsível, é na sociedade que poderemos, através de organização e luta, constituir novas possibilidades de construção democrática e mudança social que beneficie a todos, e não somente uma casta. O desafio aumenta e não cabe a depressão, que virá para muitos. Afinal, o golpe foi contra todos nós, ordinários que somos, golpeados a todo instante, uns mais que outros.

 


 

Crônica de um país alheio: o apassivamento cobrou seu preço

Por Milton Pinheiro

 

Por que o PT e a CUT não reagiram ao processo de destruição do seu projeto e às manobras institucionais, com amplas manifestações de rua, paralisações e uma greve geral? Para quem ameaçou pegar em armas, essas seriam ações menos problemáticas e, talvez, de efetiva repercussão política entre os agentes da institucionalidade burguesa.

 


 

Charutos, toque de classe

Por Frei Betto

 

Cuba produz o melhor charuto do mundo, devido à combinação de solo (qualidade da terra) e clima (umidade). Fabrica, atualmente, 285 milhões de unidades/ano, totalmente à mão, dos quais 95 milhões destinados à exportação.

 


 

Pensando a longo prazo – Marx e sua economia política

Por Wladimir Pomar


No Brasil, grande parte dos ativistas que desempenharam papel importante nos recentes 16 anos manteve uma visão distorcida do marxismo. Isso os impediu de analisar melhor as contradições da sociedade, os levou tanto ao economicismo quanto ao culturalismo e os fez escorregar na estratégia e nas táticas.

 


 

A comédia de erros chega ao fim... Até que enfim!

Por Celso Lungaretti

 

Ou a esquerda desperta de sua hibernação reformista e volta aos trilhos revolucionários, ou marchará para a irrelevância.

 


 

Julgamento do impeachment de Dilma é teatro de sombras

Por Luís Leiria

 

Todos os intervenientes desempenham papéis que não representam as suas reais intenções ou ignoram práticas passadas. Na verdade, tal como a direita, o PT também prefere que Temer fique no governo. Mais ainda: o mesmo PT que brada contra o golpe faz alianças eleitorais com os partidos “golpistas”.

 


 

Sobre o golpe

Por Givanildo Manoel

 

A diferença é que um grupo, assumidamente mafioso, assumirá a direção do Estado. Se antes ele mantinha alguma aparência republicana, agora veremos que não mais haverá nenhum tipo de mediação diante dos "conflitos" estabelecidos.

 


 

Que nunca mais tiremos as mãos de nossas armas

Por Helena Silvestre

 

Sabemos muito bem que impeachment não é a solução. Mas sabemos também que as mães que perderam seus filhos nas mãos de uma polícia que o PT não teve coragem de desmilitarizar não vão ficar mais tristes agora do que antes. Já perderam tudo. Sabemos que as mulheres que morreram por fazerem abortos clandestinos, porque o PT não teve coragem de descriminalizá-lo, não lamentarão pelo PT, porque já estão mortas e pra elas não há mais o que lamentar.

 


 

Instantes finais

Por Henrique Carneiro

 

O governo caiu num golpe palaciano, urdido pelos seus próprios aliados e, apesar disso, continua a manter nas eleições municipais alianças com esses mesmos partidos fisiológicos e traiçoeiros.

 


 

SOCIAL

 

Overdose de meritocracia

Por Irlan Simões

 

Matar-se porque perdeu tudo não é tão novo. A crise de 1929 foi recordista em suicídios gerados pelo desespero que é dormir rico e acordar quebrado. O problema mesmo é que tal lógica se estendeu para a base da pirâmide.

 


 

ECONOMIA

 

Reunião na CIA em janeiro de 2015

Por Paulo Metri

 

- Os nativos sabem disso?   - Não. Pouquíssimos brasileiros nacionalistas sabem. Alguns dos nossos aliados no país sabem da possível extensão das províncias petrolíferas que o país possui.   Neste ponto, o coordenador interrompe...

 


 

Ato Fora Temer na Av. Paulista, 31/08

Por Gabriel Brito e Raphael Sanz, da Redação

 

Sete minutos de "Fora Temer!"

 


 

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