Correio da Cidadania

Edição 1022 – 01/08/2016 a 07/08/2016

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“No quadro atual, o PT representa um peso para as correntes de esquerda combativa”

Por Gabriel Brito, da Redação

 

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Com os olhos do país voltados às Olimpíadas, o Congresso brasileiro voltou do recesso com novo presidente na Câmara, Rodrigo Maia (DEM), apoiado inclusive por setores outrora governistas, em mais um cambalache da política oficial. Para comentar o tema, além de outras questões de momento, conversamos com Milton Temer, ex-deputado federal pelo PT e atualmente da direção do PSOL. “Parlamentar medíocre, desde sempre colado nas piores iniciativas de Eduardo Cunha – seu papel na recente contrarreforma da lei eleitoral é prova”.

 


 

POLÍTICA

 

Não era contra a corrupção. Vamos capturar pokémons?

Por Plínio Gentil

 

O impeachment, na verdade, é uma luta, com aparência jurídica, por um outro projeto de país. Voltado aos interesses particulares, em favor do capital privado e não dos direitos coletivos. São fatos. "Uma grande regressão para o Brasil", afirma o jornalista Jânio de Freitas, na Folha de 4 de agosto, a fim de mostrar a vergonha que é uma ruptura da legalidade fundada em bases tão frágeis, senão nulas. Não pode haver, diante disso, neutralidade possível. Não existe hoje postura razoável que não seja o grito FORA TEMER! Sinto, professor.

 


 

Escolas sem política, tribunais com crucifixos

Por Henrique Júdice

 

Dois acontecimentos recentes ilustram a desorientação. Um é a torpe tentativa de banir da escola (espaço de socialização e debate público por excelência) a discussão político-ideológica. O outro é a recolocação de crucifixos (símbolos de crença religiosa, algo íntimo e pessoal por definição) em salas de julgamentos e audiências por ordem do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nessa perspectiva, a política deve ser banida dos espaços de sociabilidade e a religião deve presidir os recintos de exercício do poder estatal.

 


 

A vingança dos peixes

Por Frei Betto

 

Mar, para a maioria, só serve para refrescar quem vem à praia. São tão ignorantes que não percebem a relação entre águas despoluídas e a qualidade dos peixes que chegam às suas mesas.

 


 

Pensando a longo prazo – Sobre a ciência

Por Wladimir Pomar

 

Se falamos em luta de classes no momento em que o modo de produção, circulação e distribuição capitalista alcançou uma globalização quase completa, o Brasil dentro dela, não podemos fugir de encarar a necessidade de tratar cientificamente tais assuntos.

 


 

SOCIAL

 

O massacre de indígenas e o silêncio do governador de Mato Grosso do Sul

Por Paulo Marcos Esselin e Jorge Eremites de Oliveira

 

Em Mato Grosso do Sul, unidade da Federação criada em 1977 e implantada em 1979, durante o regime militar (1964-1985), o Estado Democrático de Direito não é para todos. O que vigora nesta parte do Brasil profundo, o Brasil com menos visibilidade e desconhecido pela maioria da população nacional, ao menos para os povos e comunidades tradicionais, é um verdadeiro Estado de exceção.

 


 

ECONOMIA

 

Alternativas ao “entreguismo”

Por Felipe Coutinho

 

Neste trabalho são apresentadas alternativas ao plano de privatização. Os objetivos são: 1) garantir os investimentos requeridos para o desenvolvimento e a segurança energética nacional; 2) lidar com o endividamento na condição macroeconômica atual; 3) preservar o patrimônio, a integração corporativa e o mercado da Petrobrás.

 


 

História do golpe

Por Paulo Metri

 

A Petrobrás está entregando, no período Temer, a preço vil o campo de Carcará para a Statoil. Além disso, Carcará não está sendo entregue através de um leilão, procedimento que diminui a possibilidade de roubo.

 


 

Ruralistas oferecem mercado de terras sem fronteiras e com muita grilagem ao capital estrangeiro

Por Guilherme C. Delgado

 

A jogada da vez é, portanto, a completa internacionalização do patrimônio fundiário. Daí aos acordos bilaterais de investimento, que incluam também as terras brasileiras sob arbitragem de tribunais estrangeiros, vai um passo. A perda de soberania territorial sobre zonas de fronteira idem. Tudo sendo operado sob o manto da “legalização” das muitas criminalidades que acompanham a vertiginosa ampliação do mercado de terras.

 


 

INTERNACIONAL


A guerra norte-americana na Líbia e a balcanização das áreas de produção petrolífera

Por Achille Lollo

 

No dia 29 de julho, os governos de Estados Unidos, França, Inglaterra e Itália oficializaram as operações bélicas contra o Estado Islâmico no Sirte, com os bombardeios seletivos dos F-18 e os Super Hornet, os drones e os foguetes lançados de submarinos e destroyers. Uma campanha militar que, na realidade, visa balcanizar a Líbia com a criação de três pseudo-Estados (Cirenaica, Fezzan e Tripolitânia), estrategicamente controlados por Inglaterra, França e EUA/Itália.

 


 

28 páginas mostram conexão saudita no atentado às Torres Gêmeas

Por Luiz Eça

 

Em 2001, a comissão de 10 congressistas que investigou o atentado de 11 de setembro concluiu que unicamente a Al-Qaeda fora responsável pelo crime; 28 páginas do relatório da comissão foram declaradas secretas, alimentando dúvidas no público. Familiares dos 3 mil mortos no atentado, jornalistas e políticos acreditavam que as 28 páginas tinham sido ocultas por conterem evidências contra a Arábia Saudita. E exigiram sua publicação. Só depois de15 anos, em julho último, isso finalmente aconteceu.

 


 

Pela extradição de Gulen, Erdogan ameaça EUA

Por Luiz Eça

 

Parece que Erdogan, “o sultão”,  não dormirá em paz enquanto não pegar Gulen. Ele considera o movimento do clérigo, o Hizmet, a maior ameaça a seu controle absoluto da Turquia. Para a Casa Branca, brigar com o presidente turco é tudo que ela não quer. A Turquia fica numa posição geopolítica estratégica, entre Oriente Médio e Europa. De outro lado, extraditar um cidadão, que conseguiu asilo político nas terras de Tio Sam para um país onde sabe Deus o que farão com ele, seria desumano.

 


 

MEIO AMBIENTE

 

Debate energético enviesado

Por Heitor Scalambrini Costa

 

Os investimentos em fontes renováveis estão orientados pela lógica capitalista e são tratados como um negócio como outro qualquer, muito rentável, onde o lucro e a justiça são incompatíveis.

 


 

RESENHA

 

A Questão Palestina: guerra, política e relações internacionais

Por Raphael Sanz, da Redação

 


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