Correio da Cidadania

Edição 1021 – 25/07/2016 a 31/07/2016

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Higienismo e violência estatal fazem do inverno apenas o último carrasco de quem mora na rua

Raphael Sanz, da Redação

 

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“Estão morrendo pessoas em situação de rua não por conta do frio, mas de especulação imobiliária. Há diversas moradias ociosas que poderiam ser ocupadas, temos diversos lugares onde poderia haver moradia popular, mas não há. O que vemos são vários prédios que são desocupados e que seguem sem dono e sem cumprir qualquer função social. Não é o frio, são diversos fatores. O frio é apenas o último carrasco”.

 


 

POLÍTICA

 

Deficiente é a sociedade!

Por Frei Betto

 

Não seria mais adequado deslocar a terminologia da limitação física para a sociedade? Ela, sim, é que transforma a diferença em restrição e preconceito.

 


 

Pensando a longo prazo – VI

Por Wladimir Pomar

 

Evidentemente, Sanders não entende que aquilo que supõe aberrações da “elite” está relacionado a leis internas do próprio modo de produção, circulação e distribuição do capital. Como muitos, supõe que a situação que descreve se deve às maquinações daquela elite de 1%.

 


 

O Velho Chico na Velho Chico

Por Roberto Malvezzi (Gogó)

 

Depois os autores passaram por aqui – Edmara Barbosa e o filho Bruno -, conversaram com muita gente, inclusive comigo por umas cinco horas, e pareciam dispostos realmente a ouvir, a fazer uma novela que transparecesse a realidade do Velho Chico.

 


 

Espiritualidade muçulmana

Por Frei Betto

 

Convém recordar que foi o Ocidente “cristão” que exterminou os indígenas da América Latina, promoveu a escravidão, expandiu o colonialismo, desencadeou duas Grandes Guerras e, hoje, idolatra o capital acima dos direitos humanos.

 


 

SOCIAL

 

73% dos mortos por “resistência” na capital paulista são pretos ou pardos

Por Kaique Dalapola, da Ponte Jornalismo

 

De acordo com boletins de ocorrências divulgados pelo governo estadual, o bairro em que mais houve mortes em decorrência de suposta oposição à intervenção policial foi o Itaim Paulista, na zona leste da cidade.

 


 

ECONOMIA

 

Governo do Mefisto: quando pior é impossível

Por Paulo Metri

 

O Brasil de Mefisto será o das empresas estrangeiras mais os poucos capitais nacionais e os rentistas. Contudo, tudo dourado, bem escamoteado, exemplarmente travestido pela mídia alienante. Mídia psicotrópica, alucinante e desfiguradora da realidade.

 


 

INTERNACIONAL

 

Turquia: um golpe by USA-OTAN fracassado

Por Mário Maestri

 

Talvez a grande pergunta que ainda precisa ser respondida é se o projeto de golpe ainda não totalmente detalhado e consolidado foi antecipado para impedir o lançamento da nova orientação diplomática turca. Em todo caso, seu fracasso piorou o cenário que procurava anular, em um nível ainda difícil de determinar. A Turquia é apenas uma jogada importante no xadrez macabro do imperialismo estadunidense pela reconstrução de sua hegemonia.

 


 

Se você duvida que pudesse existir alguém pior do que Trump, conheça seu vice

Por Luiz Eça

 

Donald Trump procurou seu vice com o maior cuidado. E escolheu Mike Pence. Agora, caso Trump se eleja, os norte-americanos rezarão para que nunca – por morte, impeachment ou o que for – ele deixe seu cargo. Para azar do povo do estado de Indiana, ele foi eleito seu governador. Logo tratou de retirar os fundos de programas anti-AIDS. Seria cômica se não fosse trágica uma lei de Mike exigindo funerais para fetos provenientes de abortos.

 


 

A Batalha de Gênova (1): uma cidade-símbolo da globalização

Por Gregório Maestri

 

O Correio da Cidadania republica a partir desta semana uma série análises de Gregório Maestri sobre a violenta repressão da polícia italiana aos protestos antiglobalização em Gênova (Itália), no encontro do G-8 realizado na cidade há 15 anos – entre 19 e 22 de julho de 2001 (e publicado à época dos acontecimentos). O autor elaborou suas análises, à época, a partir de uma incursão na história do país.

 


 

Brasil-Estados Unidos – receio da militarização na fronteira

Por Virgílio Arraes

 

A narrativa oficial para a Casa Branca seria a execução de um remanejamento, algo de que discordava o Planalto até em decorrência do receio do impacto na região amazônica – a militarização em grau mais amplo.

 


 

O racismo de Trump se reflete em todo nós como humanidade

Por Ilka Oliva Corado


Quantos de nós em nossos países de origem demos voto a personagens dantescos como Trump? Personagens que manejam políticas semelhantes contra sua própria gente. Quantos demos nosso voto por estruturas neoliberais como as que oferece Clinton?

 


 

Golpe militar: Erdogan agradece

Por Luiz Eça

 

Dois dias depois das advertências de Kerry sobre a repressão dos rebeldes, os EUA caíram na real. É de se duvidar que Erdogan deixe assim. Também parece difícil que os estadunidenses entreguem Gulen às feras. Mais provável é que sejam obrigados a fazer concessões. Coisa que não estão acostumados. A verdade é que Erdogan está com tudo. Sem nenhuma força capaz de impedir seus planos de expansão de poderes. Ele já ensaiou projetar a Turquia como ator de realce no cenário internacional.

 


 

Argentina depois de Macri: a marcha apressada do capitalismo mafioso

Por Jorge Benstein

 

Simplesmente, o desenrolar de um gigantesco saque protagonizado por forças entrópicas altamente destrutivas que convertem o país burguês em uma república de bandidos.

 


 

MEIO AMBIENTE

 

Uma esquerda latino-americana sem ecologia cairá de novo na crise dos progressismos

Por Eduardo Gudynas

 

O compromisso desta nova esquerda está na justiça social e ambiental, onde uma não pode ser alcançada sem a outra. Isto permite um reencontro com muitos movimentos sociais, um redescobrimento dos problemas reais das estratégias de desenvolvimento atuais e um chamado à renovação teórica. É por isso que nessa íntima associação entre a justiça social e ambiental estão os maiores desafios para a renovação das esquerdas na América Latina.

 


 

Entre Suruí e "Acapú": REDD e dilemas éticos de cientistas

Por Michael F. Schmidlehner

 

Projetos de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) estão sendo impostos em comunidades amazônicas em ritmo acelerado e geralmente com justificativas frágeis e pseudocientíficas. Transparência e análise científica rigorosa e independente de existentes experiências REDD, como o projeto Carbono Suruí, são urgentemente necessárias, a fim de apoiar o processo de tomada de decisão destas comunidades.

 


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