Correio da Cidadania

Parlamentares participam de ato em repúdio à violência da PM paulista

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O Centro Acadêmico XI de Agosto e professores do Largo São Francisco promovem ato de repúdio invasão da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) em operação violenta da Tropa de Choque da Polícia Militar, sob ordem do diretor João Grandino Rodas, com a participação de parlamentares, entidades docentes e professores, nesta sexta-feira (24/8), às 10h, na Sala dos Estudantes.

 

Depois da ocupação pacífica da faculdade por estudantes e movimentos sociais, em atividade da jornada nacional em defesa da educação pública, os manifestantes foram expulsos de forma truculenta pela Tropa de Choque durante a madrugada de quarta-feira.

Participam os deputados Ivan Valente (PSOL), Aldo Rebelo (PCdoB), José Eduardo Cardozo (PT), Manuela D'Ávila (PCdoB) e Paulo Teixeira (PT), além de representantes da Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Adusp (Associação dos Docentes da USP) e Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).

 

Cerca de 30 pessoas foram feridas durante a ação, com escoriações ou luxações. O assentado Fidelcino Marcos dos Santos, 52, disse ter sido uma das vítimas da violência. "Me arrastaram pela camisa e começaram a me chutar. Pode ver que ainda tem sangue na cadeira", disse.

 

Os organizadores da ocupação também voltam ao Largo São Francisco para participar do ato de desagravo. Participam integrantes do MST, Educafro, UNE (União Nacional dos Estudantes) e Conlute, entre outros que assinaram a convocatória da jornada (veja os pontos abaixo).

 

JORNADA NACIONAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

20 a 24 de agosto

1. Pela erradicação do analfabetismo;
2. QUEREMOS ESTUDAR: garantia do acesso da classe trabalhadora a educação publica de qualidade e socialmente referenciada em todos os níveis.Fim do vestibular e dos processos excludentes de seleção para ingresso;
3. Implementação de políticas de ações afirmativas capazes de reverter o processo histórico de exclusão, com gratuidade ativa e políticas de assistência estudantil para garantir a permanência;
4. Ampliação do investimento público da educação pública para no mínimo 7% do PIB;
5. Em defesa da expansão de vagas com garantia de qualidade e abertura de concursos para professores e técnico-administrativos e infra-estrutura adequada;
6. Autonomia das universidades frente as ingerências de governos e mantenedoras.
7. Em defesa de uma formação universitária baseada no tripé ensino, pesquisa e extensão e contra a mercantilização da educação e da produção do conhecimento;
8. Por uma avaliação institucional de educação superior socialmente referenciada, com participação dos estudantes, profissionais da educação e movimentos sociais, sem caráter produtivista, meritocrático e punitivo;
9. Gestão democrática, com participação paritária de estudantes, técnico-administrativos e docentes em todos os níveis de decisão das instituições e sistemas de ensino;
10. Controle público do ensino privado em todos os níveis. Pelo padrão unitário de qualidade na educação. Pela redução das mensalidades e contra punição dos inadimplentes;
11. Garantia da livre organização sindical e estudantil, em especial, nas instituições privadas. Em defesa do direito a greve;
12. Por um sistema nacional de educação que impeça a fragmentação entre os diversos níveis e garanta a obrigatoriedade no ensino médio publico;
13. Contra a privatização do ensino público e dos hospitais universitários, seja por meio das fundações privadas seja pela aprovação do projeto de criação de fundações estatais;
15.Pelo Passe Livre Estudantil financiado pelo lucro das empresas de transportes;
14. Pela garantia dos direitos conquistados pelos professores e técnico-administrativos das instituições públicas, contra o Projeto de Lei Complementar – PLP 15.Pelo Passe Livre Estudantil financiado pelo lucro das empresas de transportes;
16. Em defesa de um piso salarial nacional para os trabalhadores da educação calculado pelo DIEESE para a jornada de 20 horas;
17. Pela derrubada dos vetos ao PNE 2001. Pela construção coletiva do novo PNE da sociedade brasileira que atenda as reivindicações históricas da classe trabalhadora;
18. Pela imediata implantação da lei 10.639 /2003em todos os níveis educacionais.

Entidades que assinam este documento:

MST, Via Campesina, UNE, UBES, Andes, Conlute, CMP, CMS, CONLUTAS, CONSULTA POPULAR, CONTRAPONTO, CPT, ABONG, CÍRCULO PALMARINO, DCE/PUC-PR, DCE/UFBA, DCE/UFPR, DCE/UFSE, DCE/UNIBRASIL, DCE/Unicam, DCE USP, Educafro, Denem, Enecos, ENEF, ENEFAR, Enen/ Nutrição, Exneto/ Terapia Ocupacional, , FEAB, FEMEH, GAVIÕES DA FIEL, INTERSINDICAL, JULI-RP, LEVANTE POPULAR, MAB, MAIS-PT, MARCHA MUNDIAL DE MULHERES, MCL, MMC, MMM, MOVIMENTO CORRENTEZA, MOVIMENTO MUDANÇA, MPA, MSU, PJR, REPED, ROMPER O DIA, UJC, UJR, UJS, UEE, UEE-SP,SITUFAL,DCE-UFAL,CUT,SINTEAL.

 

Fonte: MST

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