Correio da Cidadania

Indígenas ocupam Funasa

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Desde o dia 13/11, cerca de 300 indígenas do Pará e do Amazonas estão ocupando as sedes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) nas capitais dos seus estados (Belém e Manaus, respectivamente). Eles querem a revogação da Portaria 2656, publicada pela Fundação em 18 de outubro, que define o repasse de recursos para as redes municipais de saúde atenderem os indígenas.

 

Em Belém, cerca de 150 Tembé estão na sede da Coordenação Regional Funasa. Em reunião com dirigentes da Fundação, os indígenas pediram a presença de um representante da Funasa de Brasília, o que foi confirmado somente para o dia 22 de novembro. Ontem, houve momentos de tensão quando a Polícia Federal chegou ao local e tomou arcos e flechas dos indígenas. A situação foi contornada com a mediação do Procurador Felício Pontes, do Ministério Público Federal, no Pará.

 

Ontem, os Tembé anunciaram que mais 80 indígenas, entre Tembé e Assurini, chegariam a Belém para aumentar a resistência da ocupação. Os indígenas avaliam que os municípios não têm preparo para cuidar da saúde indígena.

 

Despartidarização

 

Em Manaus, cerca de 150 indígenas de diversos povos do estado estão na sede da Funasa. Na manhã de hoje, eles divulgaram um documento listando 20 razões para serem contrários à municipalização do atendimento à saúde indígena.

 

Eles apontam, por exemplo, que a municipalização colocará os indígenas a mercê das oscilações políticas locais. Além disso, os prefeitos não seria obrigados a ajustar as políticas de saúde municipais para oferecer um atendimento satisfatório aos povos indígenas. Também não precisariam obedecer as decisões dos conselhos de saúde indígena. A municipalização também descaracteriza o sistema de distritos sanitários (DSEIs) como espaço interétnico de atendimento.

 

Os indígenas fazem diversas exigências, entre elas, “a despartidarização da Funasa” e a “limpeza ética e moral” dos quadros de servidores da Fundação.

 

Fonte: CIMI

 

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