Correio da Cidadania

Plebiscito da Vale do Rio Doce em SP: entrevista coletiva

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As entidades da sociedade civil e movimentos sociais concedem entrevista coletiva sobre plebiscito a respeito da anulação da privatização da Vale do Rio Doce, entre 1º e 7 de setembro em todo o país, e o lançamento do Grito dos Excluídos. A conferência de imprensa acontece na quinta-feira (30/8), às 14h, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - Regional, em São Paulo (SP).

Participam da entrevista coletiva o jurista e professor titular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Fábio Konder Comparato; o integrante da coordenação nacional do Movimento Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues; o membro da comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, o bispo de Jales D. Demétrio Valentini; além de integrantes de outras entidades que organizam a consulta popular.

A campanha pela retomada da Vale, realizada por mais de 60 entidades, acontece em conjunto com o 13º Grito dos Excluídos, que tem como lema neste ano "Isto não Vale: Queremos Participação no Destino da Nação". Em pesquisa do Instituto GPP, realizada em junho deste ano, 50,3% da população se colocou a favor da retomada da Vale, enquanto 28,2% foram contrários e, 21,5%, não souberam responder.

As entidades pretendem superar o número de pessoas do plebiscito sobre a implementação da Área de Livre Comércio para as Américas (Alca), que teve a participação de 10 milhões de votantes. A pergunta do plebiscito popular e informal será a seguinte: "Em 1997, a Companhia Vale do Rio Doce – patrimônio construído pelo povo brasileiro – foi fraudulentamente privatizada, ação que o governo e o Poder Judiciário podem anular. A Vale deve continuar nas mãos do capital privado?".


Em dezembro de 2005, depois de dez anos de tramitação de mais de 90 processos que contestam a venda, o plenário do Tribunal Regional da Justiça Federal, em Brasília, considerou o leilão fraudulento e determinou a sua anulação. "O plebiscito promove o exercício legítimo e legal de decisão sobre temas importantes, como o uso e destino de nossas reservas minerais, e pode ser um indicativo para que os poderes executivo, legislativo e judiciário, a partir dessa decisão judicial, respeitem também a vontade do povo", afirma João Paulo, do MST.

Os movimentos sociais têm denunciado a fraude histórica na privatização da Vale, que promoveu a venda de uma empresa estatal estratégica para o desenvolvimento do país, realizada em 1997 pelo governo FHC. A companhia foi vendida ao capital privado por R$ 3,3 bilhões, tendo um patrimônio estimado no mercado à época em R$ 10 bilhões.


A Campanha "A Vale é nossa" produziu um documentário sobre o processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, que está dividido em três partes e disponível na internet nos seguintes endereços:


http://br.youtube.com/watch?v=LM6oph1muCI
http://br.youtube.com/watch?v=qBEK1Wup0dw&mode=related&search=/
http://br.youtube.com/watch?v=GfwlYZeVjF4&mode=related&search=/

Endereço da coletiva:

 

CNBB Regional - Rua Sebastião Soares de Farias, 57 (5.º andar, Bela Vista - São Paulo)

 

Informações à imprensa:

 

Grito dos Excluídos - 11-2272-0627 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

MST - 11-3361-3866 (Igor Felippe Santos)

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