Correio da Cidadania

“Cada criança palestina é um terrorista potencial”

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Uma delegação de nove eminentes advogados ingleses, liderados por sir Stephen Sadley, ex-juiz do mais alto tribunal, concluiu que fatos indiscutíveis demonstravam que Israel violava pelo menos seis vezes a convenção da ONU sobre os direitos das crianças.

 

Além disso, o grupo, que incluía a ex-procuradora-geral do Reino Unido, lady Scotland, verificou o desrespeito da quarta Convenção de Genebra na transferência de crianças palestinas presas da Margem Oeste para Israel.

 

Essas conclusões constam do relatório “Crianças sob Custódia Militar”, baseado em observações colhidas em visita a Israel e à Margem Oeste no mês de setembro.

 

O relatório compara o sistema de justiça militar na Margem Oeste com o sistema de justiça civil em Israel. As diferenças entre o tratamento dado às crianças palestinas e as israelenses são chocantes.

 

Enquanto as crianças israelenses presas são levadas a um juiz num prazo de até 48 horas, o prazo das palestinas é de oito dias; 48 horas depois de serem presas as crianças de Israel já podem receber seu advogado. Já as palestinas têm de esperar 90 dias.

 

Tempo para ficarem presas sem acusação: 40 dias para as crianças israelenses e 188 dias para as palestinas. A idade mínima para as crianças israelenses serem condenadas à prisão é 14 anos. Já as crianças palestinas podem ser condenadas à prisão desde os 12 anos.

 

Existe uma evidente discriminação. Particularmente triste por ser imposta por um povo que foi discriminado na Europa durante séculos.

 

Os advogados ingleses se reuniram com autoridades do governo de Israel, advogados, ONGs e membros de agências da ONU. Entrevistaram grande número de ex-prisioneiros infantis e soldados.

Visitaram tribunais militares e a prisão de Ofer, perto de Jerusalém, que costuma abrigar crianças presas.

O relatório revela que as crianças palestinas eram presas pelos soldados em casa, durante a noite. Com os olhos vendados e os pulsos amarrados eram, então, transportadas de rosto no chão do veículo militar para um centro de interrogatórios.

 

A maioria delas sofria agressões físicas e/ou verbais e não era informada de seus direitos a um advogado e de não responder perguntas. Ás vezes, eram confinadas em solitárias e obrigadas a assinar declarações em hebraico, que elas não entendiam. Uma vez em custódia, as crianças tinham acesso limitado à educação e acesso extremamente restrito às famílias.

 

Segundo o relatório: “Cada ano centenas de crianças palestinas ficam traumatizadas, às vezes irreversivelmente... e vivem sob risco constante de punições mais rudes no caso de voltarem a serem presas”.

 

Manter uma criança confinada em solitária por longos períodos de tempo é considerado tortura pela Convenção dos Direitos da Criança da ONU, da qual Israel é signatário.

 

Os advogados ingleses ingressaram na ONU contra Israel por estar cometendo este delito. Uma entre esses advogados, Marianna Hildyard, declarou ao jornal inglês The Guardian que “Israel afirma que é um Estado comprometido com a lei e os princípios internacionais. Para dar autenticidade a esta afirmação precisa oferecer a todas as crianças palestinas um suporte legal de acordo com a Convenção dos direitos da criança e a lei internacional. Medidas urgentes precisam ser tomadas para eliminar o abismo entre o tratamento das crianças israelenses e das palestinas”.

 

O relatório “Crianças sob Custódia Militar” conclui fazendo 40 recomendações para que seja alterado radicalmente o tratamento dado às crianças palestinas por Israel.

 

Reportando-se a um recente relatório sobre esta questão da ONG “Salve as Crianças”, o advogado Greg Davies que o redigiu declarou: “Quando se pensa no trauma causado por ser preso no meio da noite e jogado numa prisão, sem ninguém saber onde você está, seria muito difícil para uma criança não sofrer danos psicológicos”.

 

Davies contou que, embora os membros da sua ONG tenham ficado num tribunal apenas algumas horas, eles assistiram à chegada de uma criança palestina acorrentada pelos pés. “O surpreendente é que eles (as autoridades israelenses) sabiam que nós estaríamos lá naquele dia.”

 

Aparentemente os israelenses acham legítimo o modo brutal com que tratam as crianças palestinas.

Como um procurador militar de Israel observou ao grupo de advogados: ”Cada criança palestina é um terrorista potencial.”

 

Era mais ou menos o que os nazistas alegavam quando criticados por eliminar crianças judaicas em lugares como Dachau ou Auschwitz.

 

Luiz Eça é jornalista.

Website: Olhar o Mundo.

Comentários   

0 #5 Ao Sr. Luiz RamiresAndre 19-07-2012 15:52
Que vergonhaaaa .. estude fatos não falácias, e não venha dar lição de moral sem moral alguma. Atual versão de Auchswitz ? Vai se tratar quem sabe você aprenda algo de historia, em Gaza a expectativa de vida (http://www.indexmundi.com/gaza_strip/life_expectancy_at_birth.html) é maior do que a maioria dos países árabes (segue Turquia http://www.indexmundi.com/turkey/life_expectancy_at_birth.html , Iraque http://www.indexmundi.com/iraq/life_expectancy_at_birth.html e Iran http://www.indexmundi.com/iran/life_expectancy_at_birth.html e veja só é até maior do que no Brasil http://www.indexmundi.com/brazil/life_expectancy_at_birth.html apenas para ilustrar) , ali eles tem Hotel 5 estrelas (http://www.guardian.co.uk/world/2011/aug/08/gaza-first-five-star-hotel) e shopping de Luxo (veja http://www.youtube.com/watch?v=JvOAufwwnAo) , comparar com Auchwitz é no mínimo ignorância .

Em Gaza realmente só entram judeus sequestrados pelo seu querido Hamas, no meu post anterior eu apenas quis dar um exemplo, mesmo porque judeu algum é permitida a entrada em diversos países árabes, isto sim é discriminação. Já os Palestinos podem e entram em Israel para se tratar nos hospitais israelenses por exemplo, obviamente com permissão já que é outro estado, como em qualquer parte do mundo, alias o que difere de qualquer parte do mundo é um vizinho hostilizado receber doentes do vizinho que hostiliza diariamente. Gaza esta desde 2005, 100% nas mãos dos palestinos foi devolvida unilateralmente sem nada em troca deixando estufas, prédios, centros comerciais dados de mão beijada e o que Israel ganhou com isto ? Uma chuva diária de mísseis contra sua população civil , e vem o Sr. chamar isto de resistência para libertação nacional, realmente eles nunca esconderam que querem tudo, Israel inteira do Jordao ao Mediterrâneo, alias esse era o lema dos países árabes quando atacaram covardemente todos juntos o recém reestabelecido Estado de Israel, sem armas sem exercito e sem apoio, diziam “vamos jogar os judeus no mar”, eu chamo de covardia, assassinos sanguinários que realmente ganharam as eleições e depois deram um golpe e trucidaram seus irmãos do Fatah jogando-os do alto dos prédios (http://txt.jt.com.br/editorias/2007/06/14/int-1.94.6.20070614.3.1.xml), isto o Sr. se esquece né ?

A História Real mostra e comprova que sempre houve presença judaica na terra de Israel, sempre ha mais de 3.000 anos (http://pt.wikipedia.org/wiki/Israel#Ra.C3.ADzes_hist.C3.B3ricas), não me venha com falácias islamitas querendo negar o inegável. Quanto aos árabes sempre conviverem bem com os Judeus, estas atrasado pelo menos 5 séculos quando realmente os árabes socorreram os judeus na época da Inquisição, mais recentemente seu querido Mufti De Jerusalém se juntou a Hitler (http://www.youtube.com/watch?v=nSUEx1cKUlg) e ate formaram uma SS muçulmana (http://freerepublic.com/focus/news/747153/posts), antes e após este fato foram inúmeros os ataques de tribos árabes contra vilas judaicas, assassinando mulheres e crianças judias (http://www.fsmitha.com/h2/ch17jeru.html). Sem falar nos mais de 850.000 judeus expulsos de todos os países árabes antes e após 1948, sem direito a nada além da roupa do corpo, foram assassinados e expulsos do Egito, Marrocos, Líbia, Líbano, Siria, Iraque, Iran, Tunísia, entra tantos (http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Axodo_Judaico_dos_Pa%C3%ADses_%C3%81rabes)

Quanto a tratar a bala os imigrantes africanos vê-se mais uma vez sua fraqueza psicológica, Israel é o UNICO pais que recebe estes pobres coitados, na sua maioria muçulmanos do Sudão, que buscam refugio, veja so que ironia, no estado Judaico, ja que seus irmão muçulmanos, principalmente no Egito fazem tiro ao alvo com eles. Em Israel, são tratados, alimentados e ganham trabalho, e caso seja comprovados que sejam refugiados com risco de morte são admitidos em Israel como imigrantes. Já os “refugiados” palestinos são considerados cidadãos de segunda categoria nos países árabes, Líbano por exemplo não lhe da cidadania, e proíbem de votar, ter terras em seus nomes, concorrer a cargos públicos entre outras “facilidades” com seus irmãos de fé. O lugar onde os árabes tem mais direitos e liberdades, vejam só é em Israel, onde arabes-israelense, com cidadania, quase 20% da população de Israel, votam, tem representantes no parlamente Israelense com partidos exclusivamente árabes (http://en.wikipedia.org/wiki/Ahmad_Tibi), tem juízes na suprema corte (http://en.wikipedia.org/wiki/Salim_Joubran), árabes, tem direito a assistência social, saúde e educação como qualquer cidadão israelense, alias a língua árabe é oficial em Israel, todas as placas estão escritas em hebraico e árabe. Pergunta o que acontece com um judeu morando em um pais árabe ?

Pois bem Sr. Luiz Ramires, leia mais, aprenda mais e depois venha nos pedir desculpas.
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0 #4 Opa, nazismo aqui não!Luiz Ramires 18-07-2012 17:09
Como assim é normal prender e julgar crianças em outros países? quais países? faça o favor. e por que diabos as crianças judias iam cair de paraquedas na faixa de gaza, a atual versao de auschwitz? os arabes, donos de direito do territorio, segundo a historia real, nao as ficcões religiosas, sempre conviveram bem com os judeus. quem os expulsa sem parar de seus lares, elabora leis racistas e discricionários e nao tolera o convívio binacinal sao os nazi-sionistas, os mesmos que tao tratando quase na bala a imigração africana por lá residente. no mais, chega desse oportunismo nojento de usar o holocausto pra justificar as atuais barbaridades de Israel, pobres coitados q recebem 4 bilhoes de dólares anuais dos EUA pras suas forças armadas. ja o hamas, sao força rebelde de resistencia e libertacao nacional, portanto, legítima, que inclusive ja venceu eleicoes referendadas pela ONU. fora isso, seu poderio militar é absolutamente risível perto de quem usa armas de fosforo branco pra cima de civis e possui ogiva nuclear. euquanto isso, Israel nao passa de uma farsa ditatorial e imperialista, apoiada, nao à toa, pelo mais violento e poderoso império da humanidade. é incrível a capacidade de mentir e inventar fatos absolutamente invertidos desses sionistas delinquentes. aprenderam direitinho com Goebbels e a Casa Branca. Parabéns ao jornalista Luiz Eça, sempre produzindo excelentes matérias de conjuntura internacional, livre dos vícios e ordens "de cima", que sempre desinformam e manipulam, colocando esses assassinos saqueadores como vítimas de um povo que mal tem água tratada pra beber. é de dar um asco profundo ver essa distorção toda, é a mesma coisa que dizer que os judeus vitimaram e agrediram mto os nazistas durante seus atos de resistência durante a segunda guerra. terroristas
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0 #3 Será ?Andre 18-07-2012 14:16
Caro Sr. Luiz Eça, esquece-se da "pequena" diferença de que as crianças judias eram assassinadas pelos nazistas apenas por serem judias, não eram delinquentes, já as palestinas não são assassinadas, são presas e julgadas por seus delitos, como em qualquer outro pais. Se o tratamento é diferenciado é outra coisa, não tenho como confirmar mas a julgar por outras falácias proferidas aqui, não duvido que seja mentira. Pessoal não tornem-se idiotas uteis, pesquisem e não acreditem em tudo que encontram.

Pergunto o que seria de uma criança judia delinquente em Gaza ? Com certeza seria torturada e morta na mesma hora, fato! Uma vez que eles, principalmente seu querido Hamas, não perdem um só dia a oportunidade de lançar misseis contra a população civil israelense desde Gaza, ha anos, milhares de misseis contra civis israelenses, os traumas destas crianças não contam ? Aaa esqueci, sangue judeu não tem valor ....
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0 #2 A única democracia do OMNelson 13-07-2012 11:34
Quero cumprimentar o jornalista por trazer estas informações, que nos são sonegadas por aqueles que se dizem defensores da livre imprensa.
Os fatos relatados mostram o quanto esta livre imprensa mente e falsifica a realidade tentanto nos convencer de que Israel é a "unica democracia do Oriente Médio".
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0 #1 PalestinaPetrônio Alves Corrê 11-07-2012 13:02
Isso a nossa imprensa "democrática" não mostra. E o duro é que temos um governo dito de esquerda que não toma providências no sentido de regulamentar a imprensa nacional no sentido de democratizar a informação.
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