Correio da Cidadania

Contra virulência do capitalismo de Milei, uma Argentina que deseja ir além do peronismo

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Juan Carlos Giordano
Juan Carlos Giordano / Divulgação

O mundo observa com atenção o experimento “anarcocapitalista” conduzido por Javier Milei na Argentina. Cinco meses após sua ascensão à presidência, os resultados socioeconômicos são desastrosos, mas os proprietários da democracia liberal e seus aparatos de convencimento tentam dourar a pílula e destacar números frios que em nada dizem respeito ao cidadão comum. É sobre este quadro de aguda crise que o Correio da Cidadania entrevista o deputado argentino Juan Carlos Giordano, da Izquierda Socialista, bloco político que se propõe alternativa a um país que parece viver em crise permanente.

Na entrevista, Giordano destaca que o caráter das medidas de Milei é inequivocamente autoritário e, o principal, beneficia as velhas elites nacionais. Aqui, mais uma vez o discurso radical de direita “antissistema” se mostra uma imensa fraude, que rapidamente se desgasta perante a opinião pública. Somente nos próximos dias, estudantes prometem uma marcha massiva e o movimento sindical planeja greve para 9 de maio, a segunda grande paralisação no breve mandato do atual presidente.

“Milei ataca o movimento trabalhista, a classe média e também pequenas e médias empresas e economias regionais. Isso causou um choque com os governadores ‘amigos’, que não aprovaram a lei ‘ônibus’ e levou o Senado a rejeitar o DNU (Decreto de Necessidade e Urgência). Ninguém se arrisca, neste cenário, a anunciar grandes "investimentos", exceto para o saque do lítio ou coisas do tipo”, pontuou (quanto a isso, valeria observar os próximos passos da aproximação entre Milei e Elon Musk, maior bilionário do planeta que acaba de entrar em rota de colisão com o Estado brasileiro e cujo interesse por minerais críticos, como o lítio, abundante na Argentina, é notório).

De toda forma, é necessário compreender a razão de a Argentina ter se tornado mais um país cuja crise estrutural capitalista levou as pessoas a optarem por uma alternativa ainda mais radical de capitalismo e suas relações sociais e econômicas. O fracasso peronista é evidente e, como explica Giordano, o governo de Alberto Fernandez, além de sua bancada oposicionista comandada por Cristina Kirchner, repetem o que considera um jogo hipócrita dos governos progressistas da América Latina: socialdemocratas no discurso, neoliberais na prática.

“O peronismo na oposição está se reorganizando. A CGT teve de declarar a primeira greve e no parlamento, o peronismo vota contra as leis de Milei. Cristina Kirchner combina algumas críticas ao plano do governo, enquanto faz gestos a Milei, propondo até uma reforma trabalhista e a privatização de empresas estatais. Mantém o seu discurso duplo, contra o ‘neoliberalismo’, o ‘Estado presente’, ‘a redistribuição da riqueza’, mas sua política central é deixar que Milei continue se desgastando enquanto se prepara para as próximas eleições.

Como explica Giordano, o impacto das medidas de Milei foi tão violento que a reação popular e seus protestos massivos foram os mais rápidos da história argentina. Mas é hora de se arquitetar projetos de poder e governança que vão além do proposto pelo peronismo. Mais explicitamente, passa da hora de se perder o medo de defender alternativas socialistas. A Argentina de Milei é o novo laboratório do liberalismo autoritário que sabota as condições de vida das maiorias. Seu enfrentamento, portanto, não poderia ser comedido.

“O mais importante é que há uma grande mudança, porque começou um aumento da confrontação social que certamente se intensificará. Além disso, há conflitos entre setores patronais, mais crise política, crescente desgaste do governo e perda de expectativas populares. É preciso ver se o governo, diante de novos reveses legislativos ou políticos, tomará medidas mais antidemocráticas. Até agora, tem mostrado uma grande fraqueza estrutural para impor seu plano geral diante de uma classe trabalhadora que não está derrotada e está lutando. A tarefa da esquerda é apoiar as lutas, coordená-las, fortalecer o sindicalismo combativo e postular que a saída virá com um plano econômico completamente oposto”.

Leia a entrevista completa com o deputado argentino Juan Carlos Giordano.

Correio da Cidadania: O que podemos resumir dos primeiros meses de mandato de Javier Milei? Quais são os primeiros resultados?

Juan Carlos Giordano: Após 100 dias da posse do governo ultradireitista e autoritário de Milei, os resultados para o povo trabalhador já eram desastrosos. Por isso começou um processo de lutas muito importantes, inéditas para tão pouco tempo de novo governo. Até mesmo a The Economist publicou um artigo intitulado "Os 100 brutais dias de Javier Milei".

Há estagflação, recessão com alta inflação. A pobreza passou de 45% para 60% (70% em crianças e adolescentes). A perda salarial e de aposentadoria é a pior dos últimos 30 anos. Milei assumiu e a primeira coisa que fez foi desvalorizar a moeda em 118% e dar liberdade de preços, levando a uma inflação de 25% em dezembro, 20% em janeiro e 13,2% em fevereiro. E como todo plano de ajuste brutal não passa sem repressão, ele tentou aplicar um protocolo "antibloqueio", que impede manifestações nas ruas (apenas nas calçadas), com um deslocamento incomum de agentes em cada protesto. Estamos diante de um governo admirador de Bolsonaro, Trump e que viajou a Israel para se abraçar com o assassino Netanyahu no meio do genocídio que está perpetrando contra a Palestina.

Diante disso, em 20 de dezembro começaram as mobilizações, os panelaços e foi arrancada uma greve geral das centrais sindicais peronistas CGT-CTA em 24 de janeiro, que foi bem-sucedida, com milhares nas ruas. Em seguida, ocorreu o 8 de março massivo do movimento das mulheres e neste 24 de março houve um repúdio massivo com as marchas de massa pelo 48º aniversário do golpe militar genocida d 1976.

Correio da Cidadania: Como valorar os elogios, ainda que tímidos e em linguagem vaga, de setores ligados ao mercado, que falam em recuperar "graus de investimento", "atingir déficit zero" e coisas do tipo?

Juan Carlos Giordano: Os grandes empresários, os bancos, as multinacionais e o FMI apoiam o plano de saque de Milei. São os beneficiários do ajuste ultradireitista. No entanto, eles estão muito preocupados com os problemas que um governo recém-assumido já enfrenta. Até mesmo funcionários do FMI duvidam se esse ajuste poderá ser mantido ao longo do tempo. Por exemplo, o déficit zero foi alcançado em janeiro e fevereiro, mas à custa de cortes de 45% nas aposentadorias, eliminação de obras públicas em todo o país e não transferência de fundos para as províncias. O governo até mesmo retirou a comida de 45.000 refeitórios populares.

Milei ataca o movimento trabalhista, a classe média e também pequenas e médias empresas e economias regionais. Isso causou um choque com os governadores "amigos", que não aprovaram a lei "ônibus" e levou o Senado a rejeitar o DNU (Decreto de Necessidade e Urgência). Ninguém se arrisca, neste cenário, a anunciar grandes "investimentos", exceto para o saque do lítio ou coisas do tipo.

Eles dizem a Milei "mantenha o ajuste ao longo do tempo e depois veremos". Além disso, já sabemos que se houver algum investimento, será para os lucros capitalistas, não para trazer uma luz no fim do túnel, como o governo diz falsamente.

Correio da Cidadania: Qual a percepção popular do Governo após os fortes e rápidos surtos de protesto?

Juan Carlos Giordano: O governo alega que obteve 56% dos votos no segundo turno eleitoral para aplicar o ajuste. Diz que nunca aconteceu de um governo prometer um ajuste e as pessoas votarem nele. Mas tudo é mais contraditório. Embora Milei mantenha uma imagem positiva, muitos começam a dizer "eu não votei nisso". Muitos trabalhadores que votaram em Milei, por exemplo, são os primeiros a fazer greves por aumento salarial.

O governo se apresentou como "novo", disse que a elite e os políticos iriam pagar pelo ajuste, que combateria a inflação e iludiu muitos trabalhadores e jovens com a dolarização. Mas agora eles veem que é o povo trabalhador que está pagando pelo ajuste. A "mudança favorável" prometida não está acontecendo; 70% consideram que sua situação econômica piorou desde a posse do governo.

O trágico é que diante do desastre do governo peronista anterior (e dos anteriores), milhões de trabalhadores e jovens votaram erroneamente em um ultradireitista, cansados da decadência do país. Houve uma virada à direita nas eleições, com todas essas contradições. Milhões consideraram que era preciso votar em Milei para se livrar do peronismo, mas sem concordar com toda a sua política. Por isso, a imagem positiva diminuiu, quando todos os governos cresciam em seus primeiros meses. O ódio ao governo anterior é hoje o principal ponto de força deste governo. Certamente, à medida que o ajuste avance, iremos ver uma maior decepção e desencanto dos trabalhadores que votaram em Milei.

Correio da Cidadania: O que levou à queda da lei do ônibus, pacotaço de medidas excepcionais que Milei tentou implantar logo de saída?

Juan Carlos Giordano: A lei ônibus caiu. Embora tenha sido aprovada em geral na Câmara dos Deputados, na mesma sessão o governo teve que retirá-la diante da rejeição dos primeiros artigos pela oposição dos partidos patronais 'amigos' do governo e após a primeira greve geral enfrentada pelo governo 45 dias depois de assumir. Foi uma vitória popular, com milhares de manifestantes em frente ao Congresso e a esquerda participativa.

A lei ônibus tinha 664 artigos. Delegava poderes para que o Executivo governasse por decreto. Previa o fechamento de organismos estatais com milhares de demissões, atacava as aposentadorias, o direito à educação pública, a autonomia universitária, dava liberdade para continuar com a espoliação poluente, permitindo o desmatamento e a mineração em áreas periglaciais. Agora, o governo enviou outra lei mais restrita, mas igualmente prejudicial.

Parte do pacote antipopular também está no Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) que foi rejeitado no Senado, embora ainda esteja vigente. Um megadecreto inconstitucional com 366 artigos que altera 300 leis, retirando direitos históricos da classe trabalhadora, revogou a lei de aluguéis, autoriza a privatização da YPF, Aerolíneas, Banco Nación, Ferrovias e até mesmo dispõe a transformação de clubes esportivos em Sociedades Anônimas.

A lei ônibus caiu após a greve geral da CGT em janeiro, por isso estamos exigindo que seja convocada outra greve geral e um plano de luta nacional CGT-CTA para derrotar o conjunto do plano motosserra de Milei.

Correio da Cidadania: Existem restrições objetivas ao direito de organização e manifestação pelo atual governo?

Juan Carlos Giordano: Sim, existem restrições objetivas ao direito à livre organização e manifestação política. O plano de Milei é repressivo e ataca o direito ao protesto e outras liberdades democráticas. Com o protocolo da ministra Bullrich, ele tenta impedir as marchas nas ruas. No entanto, isso está fracassando. Apesar da repressão, já ocorreram grandes marchas nas ruas que não puderam ser evitadas, como o grande 8 de março protagonizado pelo movimento das mulheres e o 24 de março massivo em um novo aniversário do golpe militar, entre outras ações.

Inicialmente, considerava-se crime a reunião de duas ou mais pessoas, algo que só ocorre em estados de sítio. Impôs multas milionárias às organizações sociais que mobilizaram. Legitima-se a execução sumária policial. Agora, anunciou o envio de uma lei para que as Forças Armadas intervenham na "segurança" interna (algo proibido) e decidiu aumentar as penas para prender os líderes das organizações sociais que realizam marchas e bloqueios de ruas. Tudo isso levou a um 24 de março massivo, resultando em um duro revés para o governo.

Correio da Cidadania: Como descreveria a postura da chamada direita tradicional? Ela se adaptou ao governo anarcocapitalista ou há algum distanciamento entre os diferentes partidos de direita?

Juan Carlos Giordano: Milei ganhou no primeiro turno com 30% dos votos. Depois, chegou a 56% no segundo turno com o apoio da candidata derrotada do PRO e atual Ministra de Segurança, Patricia Bullrich, e do ex-presidente Mauricio Macri. Parte da chamada direita tradicional, agrupada em outros setores, também apoiou o governo. Mas quando se esperava que eles apoiassem as medidas do governo, algumas coisas mudaram. O governo entrou em choque com os governadores. Tratou o Congresso como um "ninho de ratos" e os deputados que votaram contra como "traidores" e coisas do tipo.

O governo é ultradireitista e Milei se autodenomina anarcocapitalista, ou seja, não reconhece ao Estado quase nenhum papel, nem mesmo aqueles que qualquer democracia capitalista tem (emissão de moeda própria, serviços sociais básicos). Uma verdadeira utopia, inviável. Até existe um livro que descreve o fiasco do experimento libertário-anarcocapitalista aplicado em 2004 em Grafton, uma cidade dos Estados Unidos, que levou ao desastre.

Correio da Cidadania: Como você vê o campo peronista? Por que, afinal, Sergio Massa não conseguiu convencer os eleitores a votarem nele?

Juan Carlos Giordano: O peronismo saiu derrotado. Em 2019, pediu votos para enfrentar "a direita" de Macri e quando Alberto Fernández, Cristina Kirchner e Sergio Massa ganharam, deixaram o país em estado de desastre em seus quatro anos de governo, resultado do pacto assinado com o FMI, levando a pobreza a 45% e a uma inflação de 211%. Mesmo assim, muitos votaram neles, mesmo que "tapando o nariz" para que Milei não vencesse, mas não foi suficiente. O peronismo criou o ambiente para que Milei ganhasse. Até mesmo se comprovou que ofereceu candidatos e registros eleitorais para o grupo La Libertad Avanza. Daniel Scioli, ex-embaixador de Alberto Fernández e Cristina Kirchner no Brasil, agora se aliou a Milei.

Agora, o peronismo na oposição está se reorganizando. A CGT teve de declarar a primeira greve e no parlamento, o peronismo vota contra as leis de Milei. Cristina Kirchner combina algumas críticas ao plano do governo, enquanto faz gestos a Milei, propondo até uma reforma trabalhista e a privatização de empresas estatais. Mantém o seu discurso duplo, contra o "neoliberalismo", o "Estado presente", "a redistribuição da riqueza", mas sua política central é deixar que Milei continue se desgastando enquanto se prepara para as próximas eleições.

Milhares de lutadoras e lutadores veem que o enfrentamento consistente contra Milei está sendo proposto pelo sindicalismo combativo e pela esquerda. Nesse contexto, desde a Izquierda Socialista, defendemos a mais ampla unidade de todos os setores para derrotar o plano de Milei, por isso exigimos uma nova greve geral da CGT peronista, enquanto chamamos aqueles que se sentem órfãos do peronismo a se juntarem à luta diária contra Milei.

Correio da Cidadania: Não é necessário que o país tenha opções progressistas além do peronismo? O que explica que tantos setores progressistas argentinos permaneçam sob o guarda-chuva peronista?

Juan Carlos Giordano: Mais do que novas opções "progressistas", o que o povo trabalhador precisa é de uma alternativa de esquerda, revolucionária, forte o suficiente para realizar as transformações fundamentais que o país e a classe trabalhadora precisam, como estamos fazendo com o Frente de Izquierda. Porque as chamadas forças "progressistas", ou "nacionais e populares", como o peronismo se autodenomina, acabaram governando para os grandes empresários, as multinacionais e o FMI.

O peronismo utiliza um discurso "progressista" para encobrir que é apenas mais uma variante dos governos patronais. Embora alguns setores denominados progressistas continuem sob o peronismo, outros o abandonaram e votaram ou se juntaram e estão se juntando ao nosso bloco socialista.

Correio da Cidadania: O que se pode esperar para os próximos meses? Milei avançará em sua agenda autoritária? Os protestos continuarão fortes?

Juan Carlos Giordano: Os próximos meses serão muito turbulentos. Porque o governo está comprometido em intensificar o ajuste, enquanto do outro lado as lutas operárias e populares, das mulheres e dos jovens, continuarão crescendo. Já houve uma greve geral, o 8 de março das mulheres e dissidências e um espetacular 24 de março. E os protestos nos locais de trabalho estão aumentando. Tudo isso levanta várias questões. Será que o governo conseguirá implementar seu plano global? Até quando as pessoas vão aguentar? Será que ele conseguirá chegar ao final do mandato?

O mais importante é que há uma grande mudança, porque começou um aumento da confrontação social que certamente se intensificará. Além disso, há conflitos entre setores patronais, mais crise política, crescente desgaste do governo e perda de expectativas populares.

É preciso ver se o governo, diante de novos reveses legislativos ou políticos, tomará medidas mais antidemocráticas. Até agora, tem mostrado uma grande fraqueza estrutural para impor seu plano geral diante de uma classe trabalhadora que não está derrotada e está lutando. A tarefa da esquerda é apoiar as lutas, coordená-las, fortalecer o sindicalismo combativo e postular que a saída virá com um plano econômico completamente oposto.

Correio da Cidadania: Quais perspectivas a Izquierda Socialista argentina quer apresentar? Quais alternativas você vê para que este país siga um caminho diferente, que signifique bem-estar social para seu povo?

Juan Carlos Giordano: A perspectiva que a Izquierda Socialista argentina deseja apresentar é a luta pela imposição de um governo da classe trabalhadora e da esquerda, com uma Argentina socialista de plena democracia para o povo trabalhador. Nós a defendemos em oposição a Milei e a sustentamos sob todos os governos capitalistas.

Milei promove a falsa campanha de que o "socialismo é o culpado de todos os males". Ele usa os governos latino-americanos da falsa esquerda, como o peronismo, Lula ou o chavismo, para isso. Todos eles defendem o capitalismo. Apenas a esquerda revolucionária luta por uma sociedade diferente, o socialismo.

Na Argentina, todas as variantes patronais governaram. Os radicais, peronistas, o PRO e agora a ultradireita. Todos nos levaram a uma maior decadência, entrega e submissão. Por isso, dizemos que é preciso romper com o FMI, parar de pagar a dívida externa, reestatizar as empresas privatizadas, nacionalizar o petróleo e o gás, por uma YPF 100% estatal, nacionalizar a banca e o comércio exterior. Somente com essas medidas os males do capitalismo serão combatidos.

É importante ressaltar que o Frente de Izquierda Unidad é a verdadeira esquerda na Argentina (não o peronismo). Nós somos a esquerda trotskista, como muitos meios de comunicação indicam. Desde a sua fundação em 2011, o FIT Unidad vem se fortalecendo, com a Izquierda Socialista sendo um dos partidos fundadores.

Com a ascensão de Milei, o Frente de Izquierda se fortaleceu, pois temos enfrentado consistentemente o governo nas ruas e no parlamento, com nossas cinco bancadas de deputados, algo inédito em nosso país. Aspiramos a continuar fortalecendo esta alternativa trabalhadora e socialista para lutar por estas mudanças profundas.

Gabriel Brito é jornalista, repórter do site Outra Saúde e editor do Correio da Cidadania.

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